BLOG do SOMBRA
Meire Poza prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato no Paraná.
Em depoimento, contadora citou a empresa Sanko Sider e a empreiteira Engevix. - Ailton de Freitas / Agência O Globo...
Meire Poza revelou ainda que via muito dinheiro em espécie entrando e saindo do escritório da GFD em São Paulo:
— Lá tinha cofre e entrava muito dinheiro.
Ela contou também que em uma ocasião acompanhou funcionários da GFD levando uma mala de dinheiro no escritório da OAS.
A empresa Sanko Sider nega envolvimento em irregularidades e alega que
os pagamentos foram feitos segundo notas emitidas regularmente.
Procurada, nos últimos dois dias, a OAS ainda não deu retorno.
Ao contrário de Meire Poza, outros investigados pela Justiça preferiram
se calar. O doleiro Alberto Youssef e dois de seus colaboradores
Leandro Mereilles e Esdras de Arantes Ferreira se negaram a prestar
esclarecimentos. Por orientação dos advogados, no dia do interrogatório
disseram que fariam uso do direito de permanecer calados.
— Pela nossa lei, o sr tenho direito de permanecer em silêncio, mas
também é oportunidade de o senhor falar no processo. O senhor prefere
falar ou ficar em silêncio? — indagou do juiz Sergio Moro, da Justiça
Federal do Paraná.
— Excelência, vou continuar em silêncio por conta da suspeição — respondeu Youssef.
A defesa do doleiro já tentou arguir, sem êxito, a suspeição do juiz
Moro que coordena todos processos envolvendo a operação Lava Jato.
A OPERAÇÃO
A Polícia Federal indiciou 46 pessoas por lavagem de dinheiro e evasão
de divisas, entre elas o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor da Petrobras e o
doleiro atuaram juntos na área de consultoria a empresas que têm
negócios com a Petrobras. Dono da empresa Costa Global, Paulo Roberto
Costa havia se associado a Youssef para a compra da Ecoglobal, empresa
que obteve um contrato de R$ 443,8 milhões com a estatal, segundo a
investigação. Esse contrato foi apreendido na sede da Petrobras.
Pelas investigações da PF, Youssef e outros três doleiros movimentaram
aproximadamente R$ 10 bilhões de forma atípica. Alguns indiciados foram
apontados também por corrupção, formação de quadrilha e tráfico de
drogas.
Fonte: Por FRANCISCO LEALI. O Globo - 17/09/2014 - - 08:27:04
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