quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Comissão internacional autoriza cota de caça de baleia à Groenlândia


France Presse 15/09/2014 18h23 - Atualizado em 15/09/2014 18h23


Groenlândia poderá caçar 200 baleias por ano para subsistência.
ONGs ambientalistas afirmam que quantidade é excessiva.

Da France Presse
Imagem mostra baleia-azul (Foto: Divisão Antártica Australiana/AFP)Imagem mostra baleia-azul, que continua ameaçada (Foto: Divisão Antártica Australiana/AFP)
 
 
A Comissão Baleeira Internacional (CBI) autorizou nesta segunda-feira (15) a caça de mais de 200 baleias por ano para os habitantes da Groenlândia, em nome da subsistência dos povos aborígenes, informaram várias ONGs, que criticaram esta decisão.

Os 88 países da CBI iniciaram nesta segunda-feira, em Portoroz, na Eslovênia, sua 65ª sessão para debater a situação da moratória de caça às baleias a pedido do Japão e Groenlândia, e a criação de santuários no Atlântico Sul.

Com 46 votos contra 11 e três abstenções, os países membros concederam uma cota anual de mais de 200 baleias à Groenlândia.

"Tememos que esta nova cota conceda à Groenlândia mais carne de baleia do que necessita seu povo autóctone para sua subsistência e que a sobra seja vendida comercialmente, inclusive para turistas", lamentou o Animal Welfare Institute (AWI).

A Groenlândia afirmou necessitar de 800 toneladas de carne de baleia anuais para a subsistência da população autóctone, mas estudos acadêmicos mostram que os inuit - grupo indígena que habita o país - consomem cerca de 500 toneladas por ano, segundo a ONG.

Desde que foi aprovada uma moratória sobre a captura de baleias em 1986, as populações desses cetáceos aumentaram globalmente. Apesar disso, algumas espécies continuam ameaçadas, como a baleia cinza do Pacífico noroeste e a baleia azul, o maior animal do planeta.

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