quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aécio é ignorado em manifesto a favor de tucanos de SP

Artistas e intelectuais ignoraram o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, no manifesto divulgado ontem em apoio às candidaturas de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo e a José Serra ao Senado.

O documento foi lido durante um evento organizado pela equipe de campanha de Alckmin e alguns artistas e foi marcado para que a classe divulgasse o apoio a toda a chapa majoritária tucana. Apenas o governador e Serra estavam presentes no evento.


"Queremos declarar nosso apoio a José Serra para senador e ao governador Geraldo Alckmin como nosso candidato ao governo do Estado de São Paulo", diz o texto lido durante um encontro realizado no cinema da Livraria Cultura, na Avenida Paulista. O manifesto menciona os tucanos paulistas quatro vezes e chega a citar até o ex-governador Mário Covas. O documento também continha demandas da categoria para o setor, como ampliar participação da sociedade civil na elaboração de políticas de cultura e de fortalecimento de projetos que já estão em andamento.

Ele foi elaborado por um grupo de artistas, dentre eles o maestro Amilson Godoy, que atribuiu a falha a um "erro de digitação". "Foi um erro de digitação de quem datilografou o documento. O nome do Aécio tinha que estar lá", disse Godoy, que leu o manifesto durante o evento ao lado de outros três artistas, a atriz Beatriz Segall, o artista plástico Gilberto Salvador e o diretor de teatro Sergio Ferrara. Segundo o maestro, os artistas devem fazer uma retificação e explicar o ocorrido à cúpula do PSDB. O local do evento estava enfeitado com material de campanha de Aécio, Alckmin e Serra. O mestre de cerimônias pediu voto aos três tucanos várias vezes. Alckmin e Serra também não se esqueceram de mencionar Aécio nos seus discursos e pediram votos para o correligionário.

Antes do início do evento, Beatriz Segall disse que não votará em Aécio e que apoia a candidata do PSB, Marina Silva. Beatriz também reclamou da postura dos adversários, que nas últimas semanas fizeram críticas a Marina. O encontro contou também com a presença do apresentador Rolando Boldrin, do maestro Júlio Medaglia e do cineasta João Batista de Andrade. No evento, Serra prometeu modificar a Lei Rouanet, mas evitou detalhar a proposta porque "poderia perder votos".

"Não vou abrir o jogo antes porque gera uma polêmica infinita", disse. "É melhor tratar do assunto depois de eleito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadao Conteudo  Jornal de Brasilia

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