Josias de Souza
A
pregação eleitoral do Pastor Everaldo não atraiu o rebanho de eleitores
que o presidenciável do PSC desejava. Mas rendeu-lhe uma inimizade
eterna. Dilma Rousseff guerreia no Tribunal Superior Eleitoral para
ocupar o horário eleitoral do pastor. Reivindica o direito de responder à
propaganda acima, levada ao ar em 13 de setembro. Nela, Everaldo diz
coisas assim:
“Lamentavelmente, no Brasil de hoje, bilhões de reais somem no ralo da corrupção. O meu, o seu, o nosso dinheiro está sendo roubado por esse bando de ladrões. Hoje fica claro, o mensalão foi apenas o começo da maior roubalheira da história desse país. Agora, novamente vemos membros ligados ao governo do PT envolvidos em um escândalo ainda maior.”
Em representação protocolada no TSE, Dilma queixou-se de que a propaganda do pastor lhe atribui, de forma injusta e ilegal, a responsabilidade por supostos atos de corrupção praticados na Petrobras.
Acha que o comercial induz o eleitor a tomar como verdadeira a tese segundo a qual haveria no governo um esquema permanente de desvios de verbas, tramado por um “bando de ladrões.”
Chamado pelo TSE a manifestar-se sobre a pendenga, o procurador-geral da República Rodrigo Janot deu razão a Dilma. Em parecer enviado ao ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, relator da representação contra Everaldo, o chefe do Ministério Público Federal considerou a propaganda “caluniosa e injuriosa”. E opinou a favor do deferimento do pedido de resposta de Dilma.
O caso agora será levado ao plenário do TSE, composto de sete ministros. O mesmo colegiado que julga um pedido de Marina Silva para responder à propaganda em que a campanha de Dilma sustenta que a independência do Banco Central faria sumir a comida do prato dos pobres.
No comercial que abespinhou Dilma, o Pastor Everaldo indaga: “Será que o Brasil aguenta mais quatro anos dessa roubalheira?” Ele insinua que falta responsabilidade à presidente que, até outro dia, contava com o apoio do PSC no Congresso. “Chegou a hora de mudar para um governo responsável,” diz agora o pastor. Na peça, ele faz uma promessa: “Como presidente, você jamais vai me ouvir dizer a frase: ‘eu não sabia de nada’.”
De fato, Everaldo não repetirá o bordão de Lula e Dilma. Não que seu hipotético governo vá extinguir o regime da ilicitocracia. O problema é que Deus, embora exista, ainda não foi convencido de que a Presidência do irmão Everaldo deva existir. Seja como for, deve-se torcer para que Dilma prevaleça no TSE. Será divertido assistir a mais um sermão do discípulo João Santana.
“Lamentavelmente, no Brasil de hoje, bilhões de reais somem no ralo da corrupção. O meu, o seu, o nosso dinheiro está sendo roubado por esse bando de ladrões. Hoje fica claro, o mensalão foi apenas o começo da maior roubalheira da história desse país. Agora, novamente vemos membros ligados ao governo do PT envolvidos em um escândalo ainda maior.”
Em representação protocolada no TSE, Dilma queixou-se de que a propaganda do pastor lhe atribui, de forma injusta e ilegal, a responsabilidade por supostos atos de corrupção praticados na Petrobras.
Acha que o comercial induz o eleitor a tomar como verdadeira a tese segundo a qual haveria no governo um esquema permanente de desvios de verbas, tramado por um “bando de ladrões.”
Chamado pelo TSE a manifestar-se sobre a pendenga, o procurador-geral da República Rodrigo Janot deu razão a Dilma. Em parecer enviado ao ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, relator da representação contra Everaldo, o chefe do Ministério Público Federal considerou a propaganda “caluniosa e injuriosa”. E opinou a favor do deferimento do pedido de resposta de Dilma.
O caso agora será levado ao plenário do TSE, composto de sete ministros. O mesmo colegiado que julga um pedido de Marina Silva para responder à propaganda em que a campanha de Dilma sustenta que a independência do Banco Central faria sumir a comida do prato dos pobres.
No comercial que abespinhou Dilma, o Pastor Everaldo indaga: “Será que o Brasil aguenta mais quatro anos dessa roubalheira?” Ele insinua que falta responsabilidade à presidente que, até outro dia, contava com o apoio do PSC no Congresso. “Chegou a hora de mudar para um governo responsável,” diz agora o pastor. Na peça, ele faz uma promessa: “Como presidente, você jamais vai me ouvir dizer a frase: ‘eu não sabia de nada’.”
De fato, Everaldo não repetirá o bordão de Lula e Dilma. Não que seu hipotético governo vá extinguir o regime da ilicitocracia. O problema é que Deus, embora exista, ainda não foi convencido de que a Presidência do irmão Everaldo deva existir. Seja como for, deve-se torcer para que Dilma prevaleça no TSE. Será divertido assistir a mais um sermão do discípulo João Santana.
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