quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Assembleia Geral da ONU começa sob a sombra da ofensiva contra o EI



EUA usarão discurso e reuniões paralelas em busca de maior apoio internacional à coalizão que bombardeia extremistas na Síria e no Iraque. Na abertura, Dilma deve levar temas de campanha ao palanque em Nova York.

A Assembleia Geral da ONU começa nesta quarta-feira (24), em Nova York, com a presença de líderes de 193 países e sob a sombra da ofensiva internacional contra o Estado Islâmico, que possivelmente será tema de vários discursos.
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Clima, Estado Islâmico e ebola dominam reunião da ONU 

23.set.2014 - O secretário de Estado dos EUA, John Kerry (à dir.), cumprimenta nesta terça-feira o secretário-geral da Organização para a Cooperação Islâmica, Iyad bin Amin Madani (à esq.), durante reunião antes do início da Assembleia Geral da ONU (Organizações das Nações Unidas). A assembleia reúne líderes mundiais a partir desta quarta-feira (24) Darren Ornitz/Reuters
 
Como é tradição, a presidente Dilma Rousseff fará o primeiro discurso. Ela deve usar o espaço para ressaltar os avanços sociais do Brasil nos últimos anos e o êxito obtido no combate à pobreza e à fome – progressos que constituem a base de sua campanha à reeleição.

Ela será seguida no palanque pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, segundo a discursar na condição de anfitrião. Sua fala será possivelmente centrada na busca por maior apoio internacional à ofensiva contra os extremistas na Síria e no Iraque.

Na terça-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, assegurou que mais de 50 países já declararam apoio à ofensiva comandada pelos EUA, incluindo a Turquia. Em reuniões paralelas durante a assembleia, Washington já sugeriu que vai tentar consolidar a coalizão internacional que combate o EI.

Os países latino-americanos reforçarão seu pedido por uma reforma da ONU, e muitos devem apoiar a proposta argentina de estabelecer um marco regulatório internacional para operações de fundos de investimento especulativos.
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Momentos polêmicos da Assembleia Geral da ONU

Em discurso boicotado pelos Estados Unidos, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse, em 2012, que seu país vivia sob a ameaça militar de "bárbaros sionistas", em uma alusão direta a Israel e à pressão internacional sobre seu programa nuclear. Antes, em 2007, ele tinha acusado os EUA e seus aliados de "criar prisões secretas, sequestrar pessoas e realizar julgamentos e punições secretas sem qualquer respeito pelo devido processo". E fez o "V" da vitória após discursar Leia mais Richard Drew/AP
 
Os líderes mundiais tentarão igualmente unir esforços para combater o ebola, que o Conselho de Segurança já classificou como uma ameaça à paz mundial; para reconstruir Gaza após uma devastadora guerra de 50 dias; e para encorajar o fim dos combates na Ucrânia entre tropas de Kiev e separatistas pró-Rússia.

"Há muitas razões para estarmos incomodados por causa do estado do mundo. Mas também há muitas razões para termos esperança", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O plenário da Assembleia Geral da ONU termina em 30 de setembro.
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Avanço do Estado Islâmico provoca nova onda de violência no Oriente Médio

24.set.2014 - Refugiados curdos caminham para cruzar a fronteira entre a Síria e a Turquia na cidade de Suruc, na província de Sanliurfa. A ONU alertou que 400 mil pessoas devem tentar entrar na Turquia fugindo da violência do Estado Islâmico Murad Sezer/ Reuters

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