Edição
do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por
Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Não
foi à toa que Ricardo Lewandowski assumiu ontem a Presidência da República
Federativa do Brasil, durante viagens de Dilma e Temer, e impedimentos
políticos-pessoais de Renan e Alves. O presidente do Supremo Tribunal Federal
teve a espinhosa missão de também presidir ontem uma tensa reunião que tratou
das delações premiadas resultantes dos vários processos da Operação Lava Jato –
que investigam lavagens de dinheiro que ultrapassam R$ 10 bilhões.
A
tensão ficou mais alta na reunião com a confirmação de que o doleiro Alberto
Youssef voltou atrás e agora também deseja embarcar na delação premiada adotada
pelo seu parceiro Paulo Roberto Costa. O caso ganhou preocupação infernal
porque o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, rejeitou o que definiu
como “cartel de leniência coletivo” proposto pelas empreiteiras e fornecedores
da Petrobras apanhados, com provas, na Lava Jato. A temperatura do inferno subirá
quando se mexer com os bancos que agiram como lenientes parceiros de Youssef e
Paulo Costa.
Tudo
que o PT não desejava era que tal acordo fosse fechado antes do primeiro turno
da eleição – no qual as pesquisas amestradas indicam a vitória de Dilma Rousseff.
O temor gigante é que denúncias comprometedoras da Lava Jato vazem agora e,
pior ainda, depois, em meio à guerra de foice no escuro do segundo turno. O
azar dos petistas é que a pressão de bastidores feita por eles parece ter
conseguido o efeito contrário. Apavorou o doleiro Alberto Youssef – que já
estava amedrontado com as revelações de Paulo Roberto Costa, da contadora Meire
Poza, de seu sócio Carlos Alberto Pereira da Costa e da doleira Nelma Kodama.
Quem
definiu, objetivamente, a atitude de Youssef foi seu advogado Antônio
Figueiredo Basto – que é contra a delação premiada: “Bateu o desespero”. Basto
analisou que Youssef aceitou colaborar com a força-tarefa por pressão da
família e porque, de repente, viu-se cercado de delatores. Outro advogado de
Youssef, o estelar Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também justificou
a reação de Youssef: “Quebraram a resistência do cara com uma prisão de seis
meses. Ele está alquebrado. Tínhamos uma tese imbatível, mas a pressão falou
mais alto”.
O
advogado Basto revelou que Youssef decidiu fazer acordo de delação ontem à
tarde – coincidindo com a tensa reunião comandada pelo sorridente Presidente
Lewandowski, em Brasília. Nesta quarta-feira, Basto e Youssef terão um novo
encontro na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Em seguida, o
advogado deverá apresentar ao Ministério Público Federal a proposta de acordo.
Se
realmente toda sujeira vier à tona, o Brasil será obrigado a passar por uma
faxina geral. O problema atual é que o departamento de limpeza não demonstra,
claramente, disposição de começar o trabalho efetivo. Por isso, é altíssimo, o
risco de o escândalo bilionário acabar punindo apenas alguns bodes expiatórios,
para que muitos políticos poderosos, da base aliada do governo, sejam poupados.
É enorme a chance de se repetir o que aconteceu com o Mensalão. Agora, quase
todos os condenados estão soltos, desfrutando do que faturaram, sem que se
tenha chegado ao verdadeiro chefão da quadrilha (que o Supremo Tribunal Federal
decidiu que nem existiu).
Por
enquanto, quem paga o pato calado é o publicitário Marcos Valério Fernandes de
Souza. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolatto,
continua preso na Itália – e a petralhada nem quer que se lembre dele nestes
tempos eleitorais. Só se Valério e Pizzolato quebrarem o silêncio forçado pelas
pressões é que algo muito grave pode acontecer (ou não) na República
Sindicalista do Brazil, até logo mais governada pelo sorridente ministro
Ricardo Lewandowiski.
Por onde anda o Lobão?
Dever de casa
Disputa
infernal
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