10/09/2014 07h43
- Atualizado em
10/09/2014 08h26
Funcionárias indicaram a ocupação do Cine Marrocos para duas famílias.
Prefeitura diz condenar a prática e que tomará as medidas cabíveis.
Documentos que encaminham famílias carentes e
que foram obtidos pelo Bom Dia São Paulo
que foram obtidos pelo Bom Dia São Paulo
O desempregado Alessandro Feitosa ocupa um quarto na ocupação desde novembro após entrevista com as assistentes sociais. “Eles conversam com você, eles veem a sua situação e dão uma declaração de que você não está em condições naquele momento de bancar um aluguel”, afirmou.
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O documento ao qual a reportagem teve acesso está em papel timbrado,
com carimbo, assinatura e número de registro de duas funcionárias que
trabalham no Centro de Referência Especializado de Assistência Social
(Creas), na Barra Funda, Zona Oeste.A declaração fornecida pelas funcionárias diz ainda que as pessoas encaminhadas não têm "condições de contribuir com o rateio das despesas da ocupação".
O secretário do Movimento Sem-Teto de São Paulo (MSTS), Wladmir Ribeiro Brito, disse que a prática é comum. "A própria Prefeitura me pediu vagas aqui no prédio e a gente deu. Agora a Prefeitura quer jogar essas mesmas famílias na rua", disse.
O garçom Urias Carvalho Neto também foi encaminhado ao Cine Marrocos pelas funcionárias e disse não ter sido procurado pela administração pública. “Vieram uma vez e fizeram um pré-cadastro.
Depois disso nunca mais vieram. A gente se sente meio esquecido”, afirmou.
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