Ao contrário da eleição anterior, em que sua votação era
fundamental para determinar se haveria um segundo turno em que ela não
concorreria, a hoje candidata do PSB Marina Silva está com um pé no
segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff, mas vê nos últimos 15
dias de campanha o candidato do PSDB Aécio Neves aproximar-se.
Na eleição de 2010 a votação de quase 20% de Marina foi fundamental para que o tucano José Serra fosse para o segundo turno. Hoje, quem está com cerca de 20% é o candidato tucano, mas não há dúvidas de que haverá segundo turno, por que a presidente Dilma está com uma votação abaixo da média do PT nas eleições anteriores.
Diferentemente de outras eleições, hoje existem dois candidatos de oposição disputando uma vaga do segundo turno, que, juntos, são majoritários. Em 2002 e 2006, a maioria dos adversários de Lula no primeiro turno aderiu à sua candidatura: em 2002, Garotinho, do PSB, teve 17,8% dos votos e Ciro do PPS 11,9%; em 2006, foi a vez de Cristovam Buarque do PDT (2,6%) e Heloisa Helena do PSOL (6,8%).
Em 2010, Marina, pelo Partido Verde, se absteve de apoiar alguém no segundo turno, mas hoje ela dependerá do apoio do PSDB para vencer a eleição, se for para o segundo turno contra a presidente Dilma. Não que os eleitores tucanos não estejam propensos, em sua maioria, a votar nela para derrotar o PT, mas ela precisará mais que os votos.
Vai ter que negociar um apoio programático para dar segurança ao eleitorado de que terá condições de governar o país nos próximos quatro anos. Um acordo em grande estilo com partidos que hoje estão na oposição poderá representar para Marina num provável segundo turno o que a Carta aos Brasileiros representou para Lula em 2002.
Antes, porém, precisa chegar na frente de Aécio Neves, e não é à toa que os dois dizem a mesma coisa a esta altura da campanha: não há mais tempo para ser sutil, é preciso ser explícito para que o eleitor entenda logo a mensagem. Por isso, a campanha de Marina decidiu, a partir deste fim de semana, denunciar o que chama de mentiras da campanha de Dilma Rousseff.
E o candidato do PSDB Aécio Neves está partindo para convencer o eleitor de que votar em Marina é a mesma coisa que votar no PT. Ao mesmo tempo, ele está se dedicando a Minas, jogando em cima do eleitor mineiro a responsabilidade de levá-lo à presidência do Brasil. Ele acredita que se crescer em Minas, ultrapassando a presidente Dilma na corrida para a presidência, ele aumentará as chances de eleger Pimenta da Veiga governador, e de ir para o segundo turno.
Em tese, ele tem também espaço para crescer em São Paulo, onde Marina abriu uma liderança implausível e Dilma Rousseff mantém-se bem votada, apesar de o PT estar mal no Estado. Na pesquisa recente do Datafolha, a diferença de 20 pontos para Marina no levantamento anterior reduziu-se para 13; no Ibope, essa distância era de 16 pontos e caiu para 11.
O comando da campanha de Aécio Neves tem o objetivo de chegar a 25% das intenções de votos na última semana da campanha, um crescimento de seis a oito pontos nas próximas pesquisas, o que significaria que Marina Silva sairia da casa dos 30% para ficar em empate técnico com o candidato do PSDB.
Se isso acontecer, segundo o diretor do Datafolha Mauro Paulino, Aécio teria crescido além de seu limite máximo, que é de 21% hoje, e Marina teria caído abaixo de seu piso, que se encontra em 27% dos votos segundo aquele instituto. Assessores de Aécio argumentam que esses limites são móveis, e mudam de acordo com a votação dos candidatos. Portanto, a evolução da campanha é que os dita, à medida que os fatos acontecem.
Uma análise da votação por regiões do Datafolha mais recente mostra mudanças significativas a esta altura da campanha. Na região que tem o maior número de eleitores, o Sudeste, Dilma conserva os mesmos 28% de pesquisas anteriores. Já Marina teve uma queda de quatro pontos, caindo de 37% para 33%. Parte dessa queda foi para Aécio, que subiu de 18% para 20%.
No Sul, enquanto Dilma se mantém estacionada em 35%, Aécio subiu 6 pontos, indo de 16% para 22%, aumentando mais do que a queda de Marina, que foi de 5 pontos, de 30% para 25%. No Nordeste, a candidata do PT garante uma grande votação, na casa dos 50%, e Marina continua em segundo lugar com 32%. O candidato Aécio Neves cresceu um pouco, de 5% para 8%.
A Região Norte, com o menor eleitorado, é onde existem as maiores mudanças nos últimos 15 dias: Dilma subiu de 38% para 49%; Marina caiu de 32% para 28%, e Aécio também caiu de 14% para 9%. O norte e o nordeste continuam sendo os grandes bastiões da candidatura Dilma, e é onde o candidato tucano tem sua pior performance. E Marina continua à frente de Aécio em todas as regiões, mesmo onde está em queda.
Na eleição de 2010 a votação de quase 20% de Marina foi fundamental para que o tucano José Serra fosse para o segundo turno. Hoje, quem está com cerca de 20% é o candidato tucano, mas não há dúvidas de que haverá segundo turno, por que a presidente Dilma está com uma votação abaixo da média do PT nas eleições anteriores.
Diferentemente de outras eleições, hoje existem dois candidatos de oposição disputando uma vaga do segundo turno, que, juntos, são majoritários. Em 2002 e 2006, a maioria dos adversários de Lula no primeiro turno aderiu à sua candidatura: em 2002, Garotinho, do PSB, teve 17,8% dos votos e Ciro do PPS 11,9%; em 2006, foi a vez de Cristovam Buarque do PDT (2,6%) e Heloisa Helena do PSOL (6,8%).
Em 2010, Marina, pelo Partido Verde, se absteve de apoiar alguém no segundo turno, mas hoje ela dependerá do apoio do PSDB para vencer a eleição, se for para o segundo turno contra a presidente Dilma. Não que os eleitores tucanos não estejam propensos, em sua maioria, a votar nela para derrotar o PT, mas ela precisará mais que os votos.
Vai ter que negociar um apoio programático para dar segurança ao eleitorado de que terá condições de governar o país nos próximos quatro anos. Um acordo em grande estilo com partidos que hoje estão na oposição poderá representar para Marina num provável segundo turno o que a Carta aos Brasileiros representou para Lula em 2002.
Antes, porém, precisa chegar na frente de Aécio Neves, e não é à toa que os dois dizem a mesma coisa a esta altura da campanha: não há mais tempo para ser sutil, é preciso ser explícito para que o eleitor entenda logo a mensagem. Por isso, a campanha de Marina decidiu, a partir deste fim de semana, denunciar o que chama de mentiras da campanha de Dilma Rousseff.
E o candidato do PSDB Aécio Neves está partindo para convencer o eleitor de que votar em Marina é a mesma coisa que votar no PT. Ao mesmo tempo, ele está se dedicando a Minas, jogando em cima do eleitor mineiro a responsabilidade de levá-lo à presidência do Brasil. Ele acredita que se crescer em Minas, ultrapassando a presidente Dilma na corrida para a presidência, ele aumentará as chances de eleger Pimenta da Veiga governador, e de ir para o segundo turno.
Em tese, ele tem também espaço para crescer em São Paulo, onde Marina abriu uma liderança implausível e Dilma Rousseff mantém-se bem votada, apesar de o PT estar mal no Estado. Na pesquisa recente do Datafolha, a diferença de 20 pontos para Marina no levantamento anterior reduziu-se para 13; no Ibope, essa distância era de 16 pontos e caiu para 11.
O comando da campanha de Aécio Neves tem o objetivo de chegar a 25% das intenções de votos na última semana da campanha, um crescimento de seis a oito pontos nas próximas pesquisas, o que significaria que Marina Silva sairia da casa dos 30% para ficar em empate técnico com o candidato do PSDB.
Se isso acontecer, segundo o diretor do Datafolha Mauro Paulino, Aécio teria crescido além de seu limite máximo, que é de 21% hoje, e Marina teria caído abaixo de seu piso, que se encontra em 27% dos votos segundo aquele instituto. Assessores de Aécio argumentam que esses limites são móveis, e mudam de acordo com a votação dos candidatos. Portanto, a evolução da campanha é que os dita, à medida que os fatos acontecem.
Uma análise da votação por regiões do Datafolha mais recente mostra mudanças significativas a esta altura da campanha. Na região que tem o maior número de eleitores, o Sudeste, Dilma conserva os mesmos 28% de pesquisas anteriores. Já Marina teve uma queda de quatro pontos, caindo de 37% para 33%. Parte dessa queda foi para Aécio, que subiu de 18% para 20%.
No Sul, enquanto Dilma se mantém estacionada em 35%, Aécio subiu 6 pontos, indo de 16% para 22%, aumentando mais do que a queda de Marina, que foi de 5 pontos, de 30% para 25%. No Nordeste, a candidata do PT garante uma grande votação, na casa dos 50%, e Marina continua em segundo lugar com 32%. O candidato Aécio Neves cresceu um pouco, de 5% para 8%.
A Região Norte, com o menor eleitorado, é onde existem as maiores mudanças nos últimos 15 dias: Dilma subiu de 38% para 49%; Marina caiu de 32% para 28%, e Aécio também caiu de 14% para 9%. O norte e o nordeste continuam sendo os grandes bastiões da candidatura Dilma, e é onde o candidato tucano tem sua pior performance. E Marina continua à frente de Aécio em todas as regiões, mesmo onde está em queda.
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