FOLHA DE SP - 27/10
SÃO PAULO - O Brasil desta década, em vários aspectos, é quase outra nação se for comparado ao do início dos anos 2000. Cada US$ 100 do PIB de 2002 se tornaram US$ 190.
Para cada R$ 100 que o governo federal gastava na época, desembolsa R$ 200 agora. Para cada 100 pessoas empregadas, hoje há 130.
Se fosse um país, o mercado de trabalho brasileiro, de quase 100 milhões de indivíduos, seria maior que qualquer nação da Europa. O crédito explodiu, o consumo foi catapultado, a atividade empresarial foi catalisada e o empreendedorismo floresceu. Multiplicou-se o acesso à informação.
Estão matriculados na faculdade 180 brasileiros para cada 100 há dez anos. O ensino básico atinge picos de universalização, e melhora o desempenho no principal teste mundial de conhecimento, apesar de os alunos ainda mostrarem domínio sofrível dos principais conteúdos.
Foram às urnas neste pleito 120 eleitores para cada 100 que compareceram ao escrutínio de 2002, expansão de 20 milhões de almas.
O Brasil mudou de escala. Deu um salto quântico para outra realidade, embora esteja ainda muito distante do portal do desenvolvimento, humano e econômico.
Deve ser difícil para o PT e a presidente reeleita, Dilma Rousseff, reconhecer que a maior parte do crédito pelo notável avanço é da sociedade, e não do governo. A riqueza que levou a esse salto surgiu da labuta diária de homens e mulheres, e as determinantes de sua partilha foram cimentadas na constituição da democracia ao longo de 30 anos.
Que a vitória apertadíssima deste domingo e as condições agrestes de governo que se apresentam sirvam de alerta para a necessidade de contenção no exercício da Presidência. O presidente da República no Brasil pode muito, mas não pode tudo. A presidente Dilma, dado o contexto econômico e político em que se reelegeu, poderá menos.
SÃO PAULO - O Brasil desta década, em vários aspectos, é quase outra nação se for comparado ao do início dos anos 2000. Cada US$ 100 do PIB de 2002 se tornaram US$ 190.
Para cada R$ 100 que o governo federal gastava na época, desembolsa R$ 200 agora. Para cada 100 pessoas empregadas, hoje há 130.
Se fosse um país, o mercado de trabalho brasileiro, de quase 100 milhões de indivíduos, seria maior que qualquer nação da Europa. O crédito explodiu, o consumo foi catapultado, a atividade empresarial foi catalisada e o empreendedorismo floresceu. Multiplicou-se o acesso à informação.
Estão matriculados na faculdade 180 brasileiros para cada 100 há dez anos. O ensino básico atinge picos de universalização, e melhora o desempenho no principal teste mundial de conhecimento, apesar de os alunos ainda mostrarem domínio sofrível dos principais conteúdos.
Foram às urnas neste pleito 120 eleitores para cada 100 que compareceram ao escrutínio de 2002, expansão de 20 milhões de almas.
O Brasil mudou de escala. Deu um salto quântico para outra realidade, embora esteja ainda muito distante do portal do desenvolvimento, humano e econômico.
Deve ser difícil para o PT e a presidente reeleita, Dilma Rousseff, reconhecer que a maior parte do crédito pelo notável avanço é da sociedade, e não do governo. A riqueza que levou a esse salto surgiu da labuta diária de homens e mulheres, e as determinantes de sua partilha foram cimentadas na constituição da democracia ao longo de 30 anos.
Que a vitória apertadíssima deste domingo e as condições agrestes de governo que se apresentam sirvam de alerta para a necessidade de contenção no exercício da Presidência. O presidente da República no Brasil pode muito, mas não pode tudo. A presidente Dilma, dado o contexto econômico e político em que se reelegeu, poderá menos.
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