Do UOL, em São Paulo
A reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT)
consolida um processo iniciado em 2002, a partir da eleição de Luiz
Inácio Lula da Silva, primeira vitória do PT numa disputa presidencial:
enquanto o PT amplia seu eleitorado do Nordeste, o PSDB fica mais
dependente do Sudeste.
Com 62 milhões de eleitores, o Sudeste responde por 44% do eleitorado brasileiro. O Nordeste vem logo atrás, com 38,3 milhões de eleitores (27%), seguido pelo Sul, com 21,1 milhões (15%), Norte, com 10,8 milhões (8%) e Centro-Oeste, com 10,2 milhões (7%).
Em 2002, quando Lula derrotou José Serra (PSDB) no segundo turno, 25% dos votos no petista vieram do Nordeste. Neste ano, 37% dos eleitores de Dilma --20,2 milhões-- vivem na região, o maior percentual que um candidato petista já conquistou. Em 2006 e 2010, 33% dos votos em candidatos petistas vieram do Nordeste.
A participação dos votos do Sudeste no eleitorado de candidatos petistas caiu de 47% em 2002 para 36% --19,9 milhões-- em 2014, prejudicado pelo mau desempenho de Dilma em São Paulo nestas eleições.
A votação atual do partido no Nordeste contrasta com a de décadas anteriores. Antes da primeira vitória de Lula, o PT enfrentava resistência do eleitorado nordestino e tinha bom desempenho entre a classe média das grandes cidades do Sudeste e Sul.
Naquele período, o combate à corrupção figurava como uma das principais bandeiras do PT, que até então não havia se envolvido em grandes escândalos.
O ponto de inflexão na trajetória petista foi o escândalo do mensalão, que veio à tona em 2005. Desde então, o partido passou a perder eleitores no Sudeste e Sul. A queda foi compensada com o aumento do apoio no Nordeste graças a um conjunto de políticas sociais na região.
Em 2002, 44% do eleitorado tucano estava no Sudeste. Em 2006, na derrota de Alckmin para Lula, o percentual chegou a 49%. Em 2010, quando Dilma venceu Serra, oscilou para 48%.
No mesmo período, o PSDB viu despencar sua base de votos no Nordeste. Em 2002, 25% dos eleitores de Serra eram da região. Nas eleições atuais, mesmo com apoio da família Campos e do PSB, sigla forte no Nordeste, apenas 16% dos votos de Aécio --8 milhões-- vieram da região.
A participação de Norte e Centro-Oeste no eleitorado tucano permaneceu estável no período. O Sul, por sua vez, passou a responder por 19% dos eleitores do PSDB em 2014, ante a 17% em 2002. O maior patamar da região ocorreu em 2006 (21%).
Com 62 milhões de eleitores, o Sudeste responde por 44% do eleitorado brasileiro. O Nordeste vem logo atrás, com 38,3 milhões de eleitores (27%), seguido pelo Sul, com 21,1 milhões (15%), Norte, com 10,8 milhões (8%) e Centro-Oeste, com 10,2 milhões (7%).
Em 2002, quando Lula derrotou José Serra (PSDB) no segundo turno, 25% dos votos no petista vieram do Nordeste. Neste ano, 37% dos eleitores de Dilma --20,2 milhões-- vivem na região, o maior percentual que um candidato petista já conquistou. Em 2006 e 2010, 33% dos votos em candidatos petistas vieram do Nordeste.
A participação dos votos do Sudeste no eleitorado de candidatos petistas caiu de 47% em 2002 para 36% --19,9 milhões-- em 2014, prejudicado pelo mau desempenho de Dilma em São Paulo nestas eleições.
A votação atual do partido no Nordeste contrasta com a de décadas anteriores. Antes da primeira vitória de Lula, o PT enfrentava resistência do eleitorado nordestino e tinha bom desempenho entre a classe média das grandes cidades do Sudeste e Sul.
Naquele período, o combate à corrupção figurava como uma das principais bandeiras do PT, que até então não havia se envolvido em grandes escândalos.
O ponto de inflexão na trajetória petista foi o escândalo do mensalão, que veio à tona em 2005. Desde então, o partido passou a perder eleitores no Sudeste e Sul. A queda foi compensada com o aumento do apoio no Nordeste graças a um conjunto de políticas sociais na região.
PSDB depende do Sudeste
Processo inverso ocorreu com o PSDB no mesmo período. Nas eleições atuais, exatamente a metade dos votos --25,5 milhões-- de Aécio Neves (PSDB) vieram do Sudeste, maior percentual da história do partido na região.
Em 2002, 44% do eleitorado tucano estava no Sudeste. Em 2006, na derrota de Alckmin para Lula, o percentual chegou a 49%. Em 2010, quando Dilma venceu Serra, oscilou para 48%.
No mesmo período, o PSDB viu despencar sua base de votos no Nordeste. Em 2002, 25% dos eleitores de Serra eram da região. Nas eleições atuais, mesmo com apoio da família Campos e do PSB, sigla forte no Nordeste, apenas 16% dos votos de Aécio --8 milhões-- vieram da região.
Outras regiões
Nas demais regiões, os eleitorados de PT e PSDB oscilaram, mas não de forma tão significativa. A participação da região Norte nos votos petistas saltou de 6% para 8% entre 2002 e 2014. No mesmo período, a participação dos sulistas no eleitorado do PT diminuiu de 15% para 12%. No Centro-Oeste, variou de 7% para 6% nestes 12 anos.A participação de Norte e Centro-Oeste no eleitorado tucano permaneceu estável no período. O Sul, por sua vez, passou a responder por 19% dos eleitores do PSDB em 2014, ante a 17% em 2002. O maior patamar da região ocorreu em 2006 (21%).
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