segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Imprensa internacional repercute queda da Bovespa após eleição



Bolsa brasileira chegou a registrar queda de 6% nesta segunda-feira.
Dilma Rousseff foi reeleita na véspera e mercados reagem à resultado.

Do G1, em São Paulo
Reportagem sobre a quedas das ações no Brasil (Foto: Reprodução/La Nacion) 
Reportagem sobre a quedas das ações no Brasil

 
A imprensa internacional repercute nesta segunda-feira (27) o desempenho do principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que reage ao resultado das eleições presidenciais. Nas primeiras horas do pregão, o índice chegou a cair mais de 6%.


O jornal argentino "La Nación" afirma que os mercados reagiram com resistência à eleição da presidente Dilma Rousseff. "Os mercados afundam, o real se desvaloriza e as ações das empresas dão piruetas. Leia aqui.


Reportagem da Bloomberg cita a queda do Ibovespa e das ações da Petrobras, que chegou a 13%, segundo aponta o texto. Leia aqui.


Reportagem da Bloomberg (Foto: Reprodução/Bloomberg) 
 
Reportagem da Bloomberg


Os mercados financeiros do Brasil reagem de maneira negativa ao resultado das eleições para a Presidência da República no Brasil, mas se afastam das piores cotações, registradas na abertura. Com 51,6% dos votos, venceu a atual presidente, Dilma Rousseff (PT). O mercado preferia o candidato de oposição, Aécio Neves (PSDB). As correções de rota são vistas em todos os mercados: ações, câmbio e juros.

A tônica dos comentários nessa manhã mostra que os mercados só não estão caindo mais porque já haviam embutido parte da vitória e porque os investidores aguardam - e torcem - por anúncios de mudanças em quadros do governo.

Bolsa
O Ibovespa opera em queda forte nesta segunda-feira pós-eleições. O índice caía 3,88% às 13h37, para 49.926 pontos.

Os comentários de gestores e nas mesas de operação hoje convergem para um ponto principal: a necessidade e expectativa de que o governo anuncie mudanças em seus quadros logo. "A partir de agora, importam para os movimentos de mercado as sinalizações de mudança", afirma a Guide Investimentos em nota que resume as declarações de especialistas.

Câmbio
O dólar segue em firme alta ante o real, mas já se afastou das máximas em quase seis anos. A valorização da moeda americana nesta sessão é ditada basicamente por investidores locais, mas é amortecida pela ação de estrangeiros, que aproveitam os patamares elevados da cotação para montar posições.

A acomodação da taxa de câmbio confirma previsão de profissionais de que a desvalorização do real perderia fôlego após uma abertura mais pressionada.

De modo geral, o discurso da presidente ontem após a confirmação da vitória foi recebido de forma cautelosamente positiva. Em suas primeiras considerações públicas após reeleita, Dilma se disse mais disposta ao diálogo e parceria com todas as forças produtivas, comprometendo-se a estimulá-los o mais rápido possível. Segundo analistas, o principal ponto a ser monitorado pelo mercado agora é a escolha do ministro da Fazenda.

Às 13h37, o dólar comercial subia 2,94%, a R$ 2,5301. Logo após a abertura, a moeda bateu a máxima do dia, disparando 4,19% - a maior apreciação intradiária desde 22 de setembro de 2011 (+5,25%). A cotação alcançou R$ 2,5603, máxima desde 5 de dezembro de 2008 (R$ 2,6210).

Apesar de distante das máximas, o real, de longe, é a moeda de pior desempenho frente ao dólar hoje, considerando 34 divisas. O rand sul-africano caía 0,21%, enquanto o peso mexicano e a lira turca oscilavam em leve alta de 0,2%.

Juros
O mercado de juros teve uma manhã de intenso ajuste, que jogou as taxas para cima. Mas, logo no início dos negócios, se afastou das máximas, demonstrando que não é momento para pânico.

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