FOLHA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse em conversa com Marina Silva (PSB) na manhã de quarta-feira (8) que foi contrário à "tática de guerrilha" utilizada nos programas de TV do PT e do PSDB para tentar desconstruir a imagem da então candidata ao Planalto no primeiro turno das eleições.
Na reunião que durou cerca de meia hora, no apartamento do tucano, na zona oeste de São Paulo, Marina se disse magoada com os ataques que recebeu, principalmente do PT, mas também da candidatura de Aécio Neves (PSDB), que passou as últimas semanas antes de 5 de outubro em terceiro lugar nas pesquisas tentando garantir seu lugar contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno.
Segundo relatos, FHC lamentou que o PSDB tenha produzido programas em que dizia que "Marina é a Dilma com outra roupa", por exemplo, e afirmou que espera uma campanha menos agressiva no segundo turno.
O tucano se colocou à disposição para ser o canal de diálogo entre Marina e Aécio.
Desde domingo (5), a ex-senadora ensaia anunciar apoio ao candidato do PSDB à Presidência mas ainda não se pronunciou publicamente.
Nesta quinta-feira (9), aliados de Marina entregaram um documento a interlocutores de Aécio com pontos que a pessebista espera ter o compromisso do tucano antes de oficializar a aliança.
Questões como rever a proposta de redução da maioridade penal, uma das principais bandeiras de Aécio, o fim da reeleição, a limpeza da matriz energética, a reforma agrária e a demarcação de terras indígenas com a manutenção do poder nas mãos da FUNAI são temas que aparecem como fundamentais para Marina e seu grupo político, a Rede.
Após a conversa com FHC, Marina espera um movimento de Aécio em direção a bandeiras tradicionais de esquerda, o que daria, segundo aliados, mais coerência à aliança.
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