quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Decisão da PWC de não auditar a Petrobras sem o afastamento de um diretor que estava abafando falcatruas desnuda a corrupção do governo Dilma.


Ao exigir o afastamento de Sergio Machado da presidência da Transpetro como condição para auditar o balanço da Petrobras, a PriceWaterhouseCoopers contribuiu para o avanço da democracia no Brasil.A avaliação é do auditor Francisco Eduardo Ribeiro, diretor do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado do Rio. Para ele, a imposição à estatal estimula outras auditorias a fazer o mesmo, servindo de exemplo de independência.

Essa exigência, explica Antônio Ranha, vice-presidente de Controle Interno do Conselho Regional de Contabilidade, é a única maneira de deixar “o trabalho dos auditores correr à vontade”. Os responsáveis pela análise do balanço, segundo ele, não podem ter qualquer restrição de acesso a documentos e instalações da Transpetro. A presença de Machado na empresa, neste caso, poderia colocar o trabalho em risco.

— A pressão do honorário é forte. O cliente das auditorias, geralmente, quer um resultado bonito, mas nem sempre isso é possível — concorda Francisco Ribeiro. As denúncias de corrupção reveladas por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, devem levar a Price a aprofundar os testes nas contas da Petrobras, um trabalho que pode durar de dois a três meses, na avaliação de Antônio Ranha. Ele estima que a auditoria comece com um levantamento de tudo o que está acontecendo no momento, para compará-lo à situação anterior. Ele não descarta a intenção da Price de ter acesso ao conteúdo da delação premiada.

Outra preocupação, destacou Francisco Ribeiro, é com a responsabilidade civil dos auditores. Ele disse que, no mercado, existe um trauma provocado pelo escândalo da Enron Corporation, companhia de energia americana que quebrou, em dezembro de 2001, com uma dívida de US$ 13 bilhões e arrastou consigo a Arthur Andersen, que fazia a sua auditoria.

Na época, as investigações revelaram que a Enron havia manipulado seus balanços financeiros com a ajuda de empresas e bancos. — Existe uma expectativa grande com relação a esse trabalho da Price. Portanto, ela se cercou de todos os cuidados. Deve solicitar complementos, fazer exames que normalmente não faz. O trabalho será frio e independente — diz Ribeiro.


Se não aceitasse a exigência da PWC, uma gigante que fatura mais de U$ 30 bilhões e audita as maiores corporações do mundo, a Petrobras teria sérios problemas na Bolsa de Nova Iorque. É vergonhoso que uma empresa de auditoria comprove aos olhos do mundo a lama que envolve o governo petista. Até quando este corrupto continuaria roubando com a complacência de Dilma Rousseff, ela mesma suspeita de estar envolvida nos escândalos da Petrobras? (Com informações de O Globo)

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