Segundo o delator do petrolão, o doleiro Alberto Youssef, "eles sabiam de tudo". |
Olhem
aqui: é importante não confundir alhos com bugalhos. Vocês vão ler em
toda parte que governistas e oposicionistas fizeram um acordo na CPI
Mista da Petrobras para não convocar políticos, restringindo os
requerimentos a pessoas ligadas à Petrobras e ao doleiro Alberto
Youssef. Aqui e ali, já li até que um pizzão estaria em curso. Bem, de
vez em quando, a gente consegue dar uma boa notícia. Não é nada disso.
De
fato, entre possíveis convocados, que ficaram fora da lista, estão
medalhões como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o tesoureiro do PT,
João Vaccari Neto. Havia também a possibilidade de se convocar Leonardo
Meirelles, ex-operador de Youssef, segundo quem Sérgio Guerra, já morto,
ex-presidente do PSDB, também teria recebido propina. Os parlamentares
entenderam que esses nomes, se aprovados — e, claro!, seria preciso
passar pela sólida maioria governista — iriam monopolizar as atenções da
comissão, e todo o resto pareceria irrelevante.
Acho o
argumento procedente. Até porque, convenham, os nomes dos políticos,
para valer, devem sair da delação premiada. Não creio que verdades
bombásticas venham à tona no âmbito na comissão. Nesse caso, mais
importante é entender, se possível, a mecânica da quadrilha.
Ou alguém
acredita que Gleisi ou Vaccari possam dar alguma contribuição relevante?
A
comissão tem até 22 de dezembro para votar o relatório. Nada impede — e
as oposições já estão comprometidas com isto — que se instaure outra CPI
na nova Legislatura. Aliás, isso parece fatal.
Na
segunda é que se vai ver se a base governista continua a sabotar a CPI:
serão votados os requerimentos para ouvir Sérgio Machado, presidente
licenciado da BR Distribuidora, e Renato Duque, o petista que comandava a
diretoria de Serviços. Segundo Paulo Roberto Costa e Youssef, era ele
quem cuidava da propina para os petistas, em parceria com Vaccari.
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