segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Depois de protesto legítimo contra Memorial Luiz Carlos Prestes, surge mais um jogo político sujo da extrema-esquerda

memorialprestes
Ontem, ocorreu uma manifestação contra o Memorial Luiz Carlos Prestes, prédio de Porto Alegre projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Veja imagens da manifestação, pacífica e legítima, no vídeo abaixo:

Assistiu?

Agora veja como a Zero Hora tratou o caso no texto Memorial Luiz Carlos Prestes é alvo de protestos contra o comunismo:
A data escolhida tem relação com os 25 anos da queda do Muro de Berlim, conforme o cientista político Paulo Moura, que ajudou a promover o ato.
— Ele (Prestes) está sendo vendido como um herói da pátria, aquele local será objeto de visitação pública. As pessoas que estão promovendo o evento acham que aquilo é para idolatrar um líder comunista que tentou produzir um golpe em 1935 com a Coluna Prestes — afirma o coordenador do curso de Ciências Sociais da Ulbra.
Os cartazes e faixas fixados na grade do prédio iam de “abaixo ao comunismo” até “devemos derrubar o memorial ao comunista Prestes” e “tear down this wall (derrube este muro, em inglês)”.
— Era um ambiente raivoso de ódio. Constatei à tarde, fui chamado por quem passou por aqui e viu. Claramente, foi uma manifestação com dizeres agressivos à democracia, contra o Foro de São Paulo, os comunistas, o Luiz Carlos Prestes, a libertação dos povos — critica Edson Santos, presidente do Instituto Olga Benário Prestes, que não chegou a ver a movimentação de pessoas, apenas o material deixado por elas.
Manifestação em SP pede impeachment da presidente e intervenção militar
Santos diz que serão estudadas providências do ponto de vista jurídico e político para o que ele chamou de “ato fascista”:
— Foi uma manifestação de direita, com símbolos da suástica, do nazifascismo, da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade).
Moura salienta que não tem como responder por quem fez esse tipo de cartaz e que, nas manifestações políticas atuais, cada um escreve o que quer.
— Uma das características das manifestações hoje em dia é que as pessoas manifestam seu desejo individual. Você não controla o que cada um bota no seu cartaz. Ninguém é dono da verdade de ninguém — explica o cientista político, acrescentando sua contrariedade à aprovação da doação do terreno por parte da Câmara de Vereadores.
Rafael Bonfá, um dos participantes da manifestação, afirma, por e-mail, que a intenção dos cartazes não era enaltecer o nazismo:
— Havia sim um cartaz com uma suástica, mas ela estava colocada ao lado da foice e martelo representando os regimes totalitários que tanto mal trouxeram ao mundo
Na página do Facebook criada para organizar o ato, havia o pedido para que não fossem levados cartazes e faixas pedindo intervenção militar. As sugestões eram para inscrições como “nossa homenagem às vítimas do comunismo”, “fora Foro de São Paulo”, “Prestes assassino”, “queremos liberdade e democracia” e “fim do Muro de Berlim na Europa e no Brasil”.
Quem foi Luiz Carlos Prestes
— Luiz Carlos Prestes nasceu em Porto Alegre no dia 3 de janeiro de 1898. Aos 26 anos, rebelou-se contra o governo de Arthur Bernardes e formou a Coluna Prestes, movimento que, a partir do Rio Grande do Sul, marchou por 25 mil quilômetros pelo Brasil e lutou 53 combates ao longo de dois anos e meio. Exilou-se na América Latina, quando teve contato com a doutrina marxista, e morou na União Soviética durante três anos, onde conheceu a militante alemã Olga Benário, com quem se casou.
— De volta ao Brasil e já integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi preso com a mulher que, grávida, foi deportada para a Alemanha nazista. Cassado após o golpe de 1964, exilou-se na antiga União Soviética. Após a redemocratização, apoiou a candidatura de Brizola à presidência da República, em 1989. Morreu no ano seguinte.
Um leitor fez um excelente resumo sobre a matéria da ZH, que compartilho aqui:
  1. Descreve resumidamente o que ocorreu.
  2. Chama alguém de esquerda para criticar o protesto e dão bastante espaço para a crítica.
  3. Ponto que mais chama atenção na crítica: “Foi uma manifestação de direita, com símbolos da suástica, do nazifascismo…”
  4. Após dizer que os manifestantes levaram símbolos nazistas, deram a entender que Paulo Moura justifica os tais símbolos. (“Moura salienta que não tem como responder por quem fez esse tipo de cartaz”)
  5. Finalizaram explicando brevemente a Coluna Prestes, sem contar as partes ruins.
Que imagem alguém tem ao ler isso? Que nazistas fizeram um protesto contra uma importante figura nacional. Na peça de propaganda do ZH, o crítico esquerdista é quem deveria nos salvar da tirania (“Santos diz que serão estudadas providências do ponto de vista jurídico e político para o que ele chamou de ‘ato fascista'”).
O organizador Paulo Moura ainda comentou, segundo fontes deste blog:
Na entrevista que dei por telefone à noite, o repórter me perguntou sobre esse cartaz que fala em derrubar o memorial e em nenhum momento falou da presença de símbolos fascistas. Minha resposta se referia a esse cartaz apenas. Mas, a maneira com a matéria foi editada faz parecer que eu disse que não dá para controlar a presença de cartazes com símbolos fascistas. O único cartaz que vi com uma suástica colocava esse símbolo ao lado de uma foice e martelo sugerindo igualdade entre nazismo e comunismo. Mas o repórter, que não foi ao evento, apoiou-se na versão do entrevistado comunista, que também não foi ao evento.
Claramente o ZH está praticando desinformação, endossando um crime de difamação.
É preciso mostrar a foto do cartaz com a suástica (clique aqui) e usar termos fortes e contundentes. Exemplo:
O nazismo matou 6 milhões de inocentes. O comunismo matou 100 milhões. Ambas são doutrinas de extrema-esquerda. Cinicamente, um ultra-esquerdista, Edson Santos, veio simular que estávamos a favor do nazismo por criticá-lo junto com comunismo. O truque dele é usar a imagem fora de contexto para usar o crime de denunciação caluniosa. Na verdade, o símbolo do nazismo é tão podre quanto o do comunismo. A mitomania de Edson Santos é um dos motivos pelos quais rejeitamos as doutrinas de extrema-esquerda aqui denunciadas: comunismo e fascismo.
Em seguida, é preciso que os organizadores do protesto processem Edson Santos por crime de difamação, exigindo que o Zero Hora dê direito de resposta aos ofendidos.
É urgente que essa gente pare de receber o benefício político de maquiar a realidade e praticar crimes monstruosos de difamação contra cidadãos que exercitam seu direito de manifestação. Caso contrário, Edson Santos e a extrema-esquerda vão se dar bem de novo.

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