The Economist: Dilma deixou uma herança maldita para si mesma.
Depois de declarar seu apoio a Aécio Neves numa reportagem de capa sobre as eleições no Brasil, a britânica The Economist,
a bíblia dos investidores globais, publicou na edição desta semana, que
chegou nesta quinta-feira às bancas, uma reportagem sobre a vitória da
presidente Dilma Rousseff. Com o título Dura de Matar Dilma (Diehard
Dilma), o artigo aborda as limitações e os desafios que ela terá pela
frente para tirar o Brasil do limbo no segundo mandato.
“Seu desempenho no primeiro mandato não justificou sua vitória. A
herança que ela deixou para si mesma é problemática”, afirma a
reportagem. “Ela inclui recessão, inflação acima da meta do Banco
Central, contas públicas opacas, dívida pública crescente e uma eminente
redução na classificação de risco do Brasil, assim como um déficit em
conta corrente de 3,7% do PIB (Produto Interno Bruto), que é o maior
desde 2002 e é financiado parcialmente pelo ‘hot money’ (cujo ardor
provavelmente vai diminuir com a sua vitória).”
Segundo a revista, Dilma tem de nomear um ministro da Fazenda
competente, com poder para fazer o seu trabalho sem interferências do
Palácio do Planalto, para reforçar seus tímidos esforços para atrair
investimentos privados na área de infraestrutura, e promover uma reforma
tributária. O risco, de acordo com a Economist, é Dilma
trilhar um caminho mais tortuoso e o Brasil se tornar uma sociedade em
que o Estado ofereça benesses para seus aliados, como a Venezuela. “Uma
olhada na Venezuela deve dissuadir a senora Rousseff de perseguir essa
trilha”, diz a Economist.
A revista destaca, ainda, a proposta de diálogo feita por Dilma, mas
afirma que 16 anos de poder para um único partido é ruim para qualquer
democracia. “Largamente conhecida como obstinada, a senhora Rousseff
insiste que aprendeu a ouvir e a mudar. Esperamos que ele esteja falando
sério.”
Leia mais em http://www.economist.com/news/leaders/21629384-after-her-narrow-victory-divided-country-president-must-heed-opponents-well?fsrc=nlw|hig|30-10-2014|LA
(Revista Época)
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