sábado, 1 de novembro de 2014

Valter Pomar diz provar que não existe traição à Pátria e violação da soberania nacional por causa do Foro de São Paulo. Vamos “dialogar” com o texto dele?

pomar
Valter Pomar é um dos principais articuladores do PT. Ele pertence à ala mais barra-pesada. Aquela que depois das eleições está parecendo cachorro atrás de cadela no cio em busca de aprovar os projetos mais totalitários possíveis.

Em seu texto Curso de leitura rápida para direitistas eleprofere “argumentos” que supostamente refutariam aqueles que tem denunciado tanto a traição a Pátria como a violação da soberania nacional praticados pelo PT.

É claro que depois do Foro de São Paulo, e com a chegada do PT ao poder, o Brasil virou uma verdadeira mãe para republiquetas baseadas em opressão e barbarismo, como Venezuela e Cuba.

Essa verdadeira festa da uva, inteiramente patrocinada com nosso dinheiro, é evidentemente uma violação da soberania nacional, pois os interesses de outros países (que não nos dão nada em troca) são levados em conta, em detrimento do interesse do povo brasileiro.

Mas se é essa obviedade que Pomar quer negar, hora de avaliarmos sua “argumentação”:
Um companheiro escreveu avisando que fui citado por certo cidadão. Os links em que sou citado cá estão:

http://politicasemfiltro.wordpress.com/2014/10/06/o-foro-de-sp-nas-palavras-de-um-petista/
https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10152777659282192

O supracitado conclui que o PT “se configura imediatamente num partido ilegal”, que “dentro das leis eleitorais brasileiras, estariam (sic) impedidos de participar das eleições do Brasil”.

Os motivos?

Segundo o referido, o PT estaria “articulado com uma entidade estrangeira, que influencia diretamente nas eleições de diversos países latino-americanos, e que, sendo parte deste esquema, compactua com suas políticas de intervenção às soberanias nacionais destes países, incluindo o próprio Brasil.

O PT considera esta entidade sua prioridade, colocando-a acima dos próprios interesses do povo brasileiro”.

Vou repetir seguindo o método tatibitati.
O PT…

1) seria articulado com uma entidade estrangeira;

2) entidade que influencia diretamente nas eleições de diversos países latinoamericanos;

3) compactua com suas [da entidade] políticas de intervenção às soberanias nacionais destes países, incluindo o Brasil;

4) considera esta entidade sua prioridade, colocando-a acima dos próprios interesses do povo brasileiro.

Como em todo discurso cavernícola, há sempre uma entidade no meio.
A entidade em questão é o Foro de São Paulo.

O PT participa do Foro de São Paulo desde 1990.

O Foro de São Paulo não tem nenhum tipo de centralismo, portanto quem participa do Foro faz aquilo que suas instâncias próprias, 100% nacionais, decidem.

O PT participa do Foro por estar convencido de que a integração latinoamericana e caribenha é extremamente importante para o Brasil e para o povo brasileiro.
Os blocos como “instâncias próprias, 100% nacionais” e “nenhum tipo de centralismo” já foram refutados por Nicolas Maduro e Cristina Kirchner ao usarem o termo “Pátria Grande” após a reeleição de Dilma.

Como Pomar não combinou o jogo com esses dois (ele podia ao menos ter pedido: “por favor, não usem mais esse termo, pois senão o pessoal pode perceber a subordinação do Brasil a interesses que vão além do seu povo”), a desculpa dele pode ir para a lata do lixo.

Agora, veja o argumento central desse infeliz, convertido em silogismo (algo que ele provavelmente nem sabe o que é):
  1. A soberania do Brasil seria violada se os interesses do Brasil e do povo brasileiro fossem desrespeitados em prol dos interesses de outras nações
  2. O PT diz acreditar que a integração é feita para o interesse do Brasil e do povo brasileiro
  3. Logo, não há violação a soberania nacional
É mole?
Ele simplesmente pratica uma falácia da validação pessoal (ex. “algo é verdade por que estou convencido que é verdade”), que mereceria expulsão de qualquer sala de lógica.

Ora, para provar que a soberania nacional é respeitada bastaria ele mostrar indicadores mostrando os ganhos que temos com a priorização de alianças com Argentina e Venezuela, por exemplo. Como ele sabe que não tem como mostrar qualquer tipo de benefício, tenta enganar o leitor com um ardil até infantil.
E aqui neste continente, quem pratica intervenção e desrespeita a soberania nacional são os Estados Unidos. País em que reside Olavo de Carvalho. Ao menos é o que informa o Google [...] Mas o Google, é claro, pode estar sob controle do Foro de São Paulo.
A cara de pau desse sujeito é de “estarrecer”, para usar um termo bem caro à chefa dele.
Não existe nenhuma “intervenção dos Estados Unidos” em nossa soberania nacional. Se existisse, ele poderia ao menos tentar provar. Será que conseguiria? Será que seu partido iria em público dizer que os Estados Unidos “violam sua soberania nacional”? Quais as provas disso?

É exatamente o mesmo joguinho utilizado por Hugo Chavez e Nicolas Maduro: todas as atrocidades da ditadura bolivariana são justificadas por que “os Estados Unidos estão querendo sabotar a soberania nacional”. Sim, e os russos também diziam que os Estados Unidos jogavam besouros da batata nas plantações da União Soviética, nos tempos de Stalin. Provas disso que é bom até hoje nada.

Especificamente no caso de Pomar, não passa da tática do “acuse-os do que fazemos”. Enquanto o PT e seus amigos do Foro violam a soberania nacional (e temos provas disso, pois basta ler as atas do Foro de São Paulo e visualizar os empréstimos para Cuba e outros países dessa tropa), eles inventam um inimigo inexistente. Acusação para a qual eles não possuem provas.

A coisa piora ainda quando eles citam Olavo de Carvalho, que tem o mérito de ter desmascarado todo o Foro de São Paulo em uma época em que os petistas negavam a existência da organização.

Com raivinha, Pomar diz que Olavo não pode apresentar provas e argumentos de tudo que o Foro de São Paulo faz por morar nos Estados Unidos.

Esse é o nível da argumentação da liderança petista. Pura palhaçada.

Alias, pelo fato de Olavo morar nos Estados Unidos, diminui a chance dele depender de verba estatal do governo brasileiro, ao contrário de Pomar e sua turminha, que pensam dia e noite no dinheiro público.

Claro que os líderes de Argentina, Venezuela e Cuba também pensam no dinheiro público dos brasileiros. Exatamente por isso a aliança do PT com esses países, especialmente depois das negociatas suspeitas feitas sempre em benefício destes países (e prejuízo do nosso povo), só pode ser avaliada como traição à Pátria e violação da soberania nacional.

E o discurso de Pomar só pode ser avaliado como mau caratismo mesmo.

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