Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
O Ministério Público Federal apresentou nesta quinta-feira denúncia contra 35 investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Dessa lista, 22 são executivos ligados a seis grandes empreiteiras do país – Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Engevix (INFRAMERICA que tem a concessão do aeroporto de Brasilia), OAS, UTC e Mendes Junior –, que integravam o chamado “Clube do Bilhão”, o cartel formado para partilhar contratos públicos.
O Ministério Público Federal apresentou nesta quinta-feira denúncia contra 35 investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal. Dessa lista, 22 são executivos ligados a seis grandes empreiteiras do país – Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Engevix (INFRAMERICA que tem a concessão do aeroporto de Brasilia), OAS, UTC e Mendes Junior –, que integravam o chamado “Clube do Bilhão”, o cartel formado para partilhar contratos públicos.
Também foram acusados o ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, pivô do maior
esquema de desvios e lavagem de dinheiro já descoberto no Brasil. Os
dois assinaram acordos de delação premiada e prestaram uma série de
depoimentos às autoridades em troca de possível redução da pena pelos
crimes praticados.
Conforme as palavras do procurador
Deltan Dallagnol, que integra a força-tarefa do Ministério Público no
Paraná, afirmou que as denúncias anunciadas hoje “são apenas o primeiro
pacote”: abarcam somente o desvio de 286 milhões de reais da
Diretoria de Abastecimento da Petrobras, no período de 2004 a 2012. São
154 acusações de crimes de corrupção e 105 de lavagem de dinheiro. Os
procuradores exigem nas ações penais a devolução de quase 1 bilhão de
reais – 971,5 milhões de reais.
“Asseguro que novas acusações serão
feitas, inclusive sobre crimes de improbidade administrativa”, disse
Dallagnol. Os próximos “pacotes” de denúncias deverão contemplar crimes
ocorridos em outras áreas da Petrobras, como a Diretoria de Serviços,
comandada por Renato Duque, solto na semana passada.
Chefe do Ministério Público,
o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acompanhou o anúncio em
Curitiba e referiu-se ao conteúdo das denúncias como “uma aula de
crime”. “Essas pessoas roubaram o orgulho dos brasileiros”, afirmou. “A
complexidade dos fatos nos leva a intuir a dimensão desta investigação.
Seguiremos de forma serena e equilibrada, mas de forma firme e
contundente. Cada pessoa, pela disposição legal, responde pelo ato que
praticou. Esta investigação chegará até o final dela”, completou.
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