Pressão para votar Luos frustra quórum
Com ausências, o Orçamento poderá ficar para a próxima semana
Millena Lopes
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br
A pressão para se votar a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) frustrou o quórum da sessão de ontem na Câmara Legislativa. De um lado, a líder do governo, Arlete Sampaio (PT), tentava reunir os distritais para votar a pauta acordada no Colégio de Líderes. De outro, os interessados na aprovação do polêmico projeto se articulavam para segurar a votação até que o texto do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano (Conplan) chegue à Casa.
Ocorre que, assim que votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015, os deputados distritais poderão entrar de férias. A previsão inicial era de que isso ocorresse hoje, mas a manobra para votar a Luos deve estender o ano legislativo até a semana que vem.
A bancada do PT já se manifestou contra a votação e o líder, Chico Vigilante (PT), foi à tribuna pedir que o governador Agnelo Queiroz retire o projeto de tramitação. “Por onde ando, escuto muita gente dizendo que há maracutaia nessa proposta”, disse, garantindo que o PT não participará da votação.
Agnelo, dizem os mais próximos, já teria mandado retirar o projeto. Se isso realmente ocorrer, há a possibilidade de o ano legislativo ser encerrado hoje.
Chantagem
Depois que a sessão terminou e ainda no Plenário, Arlete Sampaio gritou, ao telefone: “Eu dou a cara para bater. Eu não vou me submeter a chantagem”. Dizem que ela recebia ligação de um parlamentar interessado no pleito.
Depende do Conplan
Os petistas são unânimes: não querem votar a proposta. E dizem que o governador também não. A pressão viria do PMDB, mas o distrital Robério Negreiros, vice-líder do partido, nega que haja qualquer interesse do partido.
A expectativa era de que o relatório do Conplan fosse votado ontem, na última reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico, da qual Negreiros é presidente. Mas, como o texto não chegou, os trabalhos foram encerrados.
Sem clima
Se, por acaso, o texto chegar, Negreiros diz que a comissão se reunirá no Plenário.
“Não temos clima político para dar à cidade a melhor composição dela”, disparou Chico Leite (PT), no fim da sessão. “É preciso debater mais. Não podemos correr o risco de, ao invés de melhorar a cidade, agradar a especuladores imobiliários. Ou dar a falsa esperança da regularização do que a Luos não pode regularizar”, completou.
O líder do PMDB, Wellington Luiz, admite que não há clima para votar o projeto este ano. Nega que o partido esteja fazendo pressão para que o texto seja votado. “Pelo contrário”.
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br
A pressão para se votar a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) frustrou o quórum da sessão de ontem na Câmara Legislativa. De um lado, a líder do governo, Arlete Sampaio (PT), tentava reunir os distritais para votar a pauta acordada no Colégio de Líderes. De outro, os interessados na aprovação do polêmico projeto se articulavam para segurar a votação até que o texto do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano (Conplan) chegue à Casa.
Ocorre que, assim que votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2015, os deputados distritais poderão entrar de férias. A previsão inicial era de que isso ocorresse hoje, mas a manobra para votar a Luos deve estender o ano legislativo até a semana que vem.
A bancada do PT já se manifestou contra a votação e o líder, Chico Vigilante (PT), foi à tribuna pedir que o governador Agnelo Queiroz retire o projeto de tramitação. “Por onde ando, escuto muita gente dizendo que há maracutaia nessa proposta”, disse, garantindo que o PT não participará da votação.
Agnelo, dizem os mais próximos, já teria mandado retirar o projeto. Se isso realmente ocorrer, há a possibilidade de o ano legislativo ser encerrado hoje.
Chantagem
Depois que a sessão terminou e ainda no Plenário, Arlete Sampaio gritou, ao telefone: “Eu dou a cara para bater. Eu não vou me submeter a chantagem”. Dizem que ela recebia ligação de um parlamentar interessado no pleito.
Depende do Conplan
Os petistas são unânimes: não querem votar a proposta. E dizem que o governador também não. A pressão viria do PMDB, mas o distrital Robério Negreiros, vice-líder do partido, nega que haja qualquer interesse do partido.
A expectativa era de que o relatório do Conplan fosse votado ontem, na última reunião da Comissão de Desenvolvimento Econômico, da qual Negreiros é presidente. Mas, como o texto não chegou, os trabalhos foram encerrados.
Sem clima
Se, por acaso, o texto chegar, Negreiros diz que a comissão se reunirá no Plenário.
“Não temos clima político para dar à cidade a melhor composição dela”, disparou Chico Leite (PT), no fim da sessão. “É preciso debater mais. Não podemos correr o risco de, ao invés de melhorar a cidade, agradar a especuladores imobiliários. Ou dar a falsa esperança da regularização do que a Luos não pode regularizar”, completou.
O líder do PMDB, Wellington Luiz, admite que não há clima para votar o projeto este ano. Nega que o partido esteja fazendo pressão para que o texto seja votado. “Pelo contrário”.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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