Retrospectiva Maio: parque ecológico de Sobradinho segue abandonado
Reforma prometida pelo Ibram não saiu do papel e não tem data para acontecerluis.nova@jornaldebrasilia.com.br
Em maio deste ano, o Jornal de Brasília mostrou o estado de abandono do Parque Ecológico e Vivencial de Sobradinho. No local, a área verde dividia espaço com vestígios do uso de drogas, com a sujeira e com as construções irregulares. Procurado pela reportagem na época, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) anunciou que haveria a reforma de todos os parques do DF até o fim deste ano. Mas na prática, não foi isso que aconteceu. A área, considerada de preservação ambiental, permanece em condições precárias e os investimentos previstos ainda parecem uma realidade distante.
O descaso com o local continua sendo motivo de preocupação para a população, que além de não ter condições adequadas para usufruir do espaço, lamenta a falta de responsabilidade ambiental dos órgãos que têm a função de zelar pela área. Uma funcionária do Instituto Brasília Ambiental, que preferiu não se identificar, confirma o cenário de descaso. “Lá está do mesmo jeito que a reportagem mostrou no começo deste ano. Abandonado e com muitos invasores”, afirma.
Invasões
Os espaços destinados à sede do parque e a guarita são usados como refúgio para os usuários de entorpecentes e para moradores de rua. A cerca de delimitação está completamente deteriorada e há lixo espalhado por toda a parte. Com a falta de proteção, as invasões também têm sido constantes. As criações de galinhas e porcos continuam sendo comuns, como mostrado na reportagem de maio.
O único local preservado dentro do parque é o Santuário da Eterna Aliança. A Irmã Nana, conta que, além de cuidar do templo, tenta preservar a área, mas encontra dificuldades Ela relata que tentou diversas vezes o contato com as autoridades e acabou desistindo. “O problema no parque não é falta de súplica. Eu pedia sempre”, desabafa.
De acordo com a missionária, há um conjunto de equívocos em toda a estrutura. “Desde a entrada está errado. A pista é estreita e dificulta a passagem de carros. A criminalidade está em alta. Por aqui, é possível ver até desmanche de carros. Os invasores queimam lixo e prejudicam a natureza. No dia a dia, temos que conviver com o tráfico de drogas e, às vezes, com tiros. O templo, por exemplo, já foi furtado na área externa”, conta.
Sem previsão
O Ibram informou que o parque será revitalizado por meio de compensação ambiental. Porém, ainda não há previsão de quando isso vai acontecer. “Não há ainda a definição de recursos específicos e nem data definida”, explica. “O Ibram fiscaliza e autua as invasões denunciadas e monitora para evitar que novas aconteçam”, esclarece.(Desde quando o IBRAM fiscaliza e monitora alguma coisa? Conversa para boi dormir!RSS...)
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