segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Petrolão De novo atrasada, CGU anuncia ação contra compra de Pasadena



Nove meses depois, CGU vai agir contra superfaturamento em Pasadena
Publicado: 15 de dezembro de 2014 às 8:12 - Atualizado às 8:16

Jorge Hage faz caras e bocas de seriedade, mas sua CGU só atua a reboque dos fatos


Nove meses depois da deflagração da Operação Lava Jato e pelo menos um ano e meio após as primeiras denúncias da compra superfaturada da refinaria de Pasadena (Texas), nos Estados Unidos, o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou que a Controladoria “vai processar os responsáveis” na Petrobras. O ministro revelou ao programa Fantástio que o relatório concluído pela CGU na semana passada confirmou o que todos já sabiam: houve prejuízo para a estatal e para o País na transação.


Criada para prevenir a corrupção, daí sua denominação, a Controladoria-Geral da União (CGU), comandada pelo velho militante petista Jorge Hage, somente toma providência a reboque de denúncias já tornadas públicas e objeto de investigações na Justiça, no Ministério Público Fedferal e na Polícia Federal. No caso da Lava Jato, a CGU permaneceu à margem durante meses, enquanto se seguiam as espantosas revelações sobre o maior escândalo de ladroagem da História.


“O relatório está concluído, foi concluído essa semana, a Petrobras já se manifestou sobre ele.

Infelizmente não podemos aceitar a maioria das justificativas, estamos confirmando que houve prejuízo e estamos abrindo os processos contra os responsáveis”, afirmou Hage ao Fantástico.
A conclusão da Controladoria é diferente da revelada pela CPMI da Petrobras no Congresso, que em relatório final divulgado na semana passada, afirmou que mesmo que tenha ocorrido pagamento de propina na compra da refinaria de Pasadena, tal compra ocorreu dentro dos parâmetros do mercado.



O ministro afirmou que o Brasil pode baixar os níveis de corrupção e ressaltou que a impunidade no País “começou a acabar”. “A corrupção causa males em todos os níveis e em todos os tamanhos. Não importa que ela seja de bilhões ou que ela seja alguns milhares lá na ponta, em uma prefeitura onde nós costumamos fiscalizar”, disse Hage. O ministro pediu demissão da CGU e deve deixar o cargo no dia 31 de dezembro.

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