segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Ato em Copacabana reúne mais de duas mil pessoas em repúdio à morte de PMs

O DIA

 Atualizada às

Militares exigem blindagem e cabines de UPP, agilidade na concessão de benefícios, entre outras medidas. Bolsonaro foi à manifestação acompanhado de seu filho

Helio Almeida

 
Rio - Mais de dois mil policiais militares e seus familiares se reuniram neste domingo na orla de Copacabana, na Zona Sul da cidade, num ato de repúdio à morte de policiais. A manifestação começou por volta das 10h na altura do Posto 6 e seguiu pela pista junto à orla, que já fica fechada aos domingos como área de lazer.

Mais de duas mil pessoas participaram de ato em Copacabana em repúdio à morte de policiais militares
Foto:  Severino Silva / Agência O Dia

Os PMs reivindicam a blindagem dos contêineres das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e o direito de levarem a arma do trabalho para casa. Atualmente, eles são obrigados a deixarem o armamento no quartel ao término do expediente e voltarem para casa desarmados. Além disso, os militares cobram agilidade na concessão de benefícios, como pensão pós-morte às suas famílias. Eles alegam que o atual processo é muito longo, levando de um a dois anos para ocorrer a liberação, que quando ocorre, é feita sem que seja pago o valor retroativo à data da morte do militar.

PMs, familiares e população participam de ato contra a morte de policiais em serviço em Copacabana
 
 
Foto:  Severino Silva / Agência O Dia

Outras exigências dos policiais é uma escala de serviço menos apertada, que os possibilite um tempo maior de descanso. Organizadora do ato, a cabo Flávia Lousada, lembrou da importância do movimento.

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"Esse ato é para conscientizar a sociedade sobre os crimes que vêm ocorrendo contra os policiais, ao mesmo tempo que serve para reivindicar direitos da categoria", disse a cabo.

Os militares cantaram o hino da Polícia Militar e prestaram homenagens aos colegas de farda, vítimas da violência do Estado do Rio. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) compareceu ao protesto. Ele foi assediado por militares e por seus familiares, que pediram para tirar fotos com o parlamentar.


Deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi assediado por policiais e seus familiares em ato em Copacabana
Foto:  Hélio Almeida / Agência O Dia

"Esse movimento é o termômetro de que a sociedade cansou da criminalidade agindo no Estado do Rio e pede medidas rápidas e severas contra os criminosos", afirmou o deputado, que foi acompanhado de seu filho, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP-RJ).

"Sou contra a greve dos policiais, mas acredito que o agente tem o direito de dar sua opinião em redes sociais sem sofrer sanções", lembrou o deputado da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Atualmente, o comando da Polícia Militar proíbe os policiais de emitirem sua opinião publicamente.

Policiais reivindicam diversos benefícios, como agilidade na concessão de pensão para as famílias de militares mortos, por exemplo
Foto:  Severino Silva / Agência O Dia

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