Ato em Copacabana reúne mais de duas mil pessoas em repúdio à morte de PMs
O DIA
Atualizada às
Militares exigem blindagem e
cabines de UPP, agilidade na concessão de benefícios, entre outras
medidas. Bolsonaro foi à manifestação acompanhado de seu filho
Helio Almeida
Rio - Mais de dois mil policiais militares e
seus familiares se reuniram neste domingo na orla de Copacabana, na Zona
Sul da cidade, num ato de repúdio à morte de policiais. A manifestação
começou por volta das 10h na altura do Posto 6 e seguiu pela pista junto
à orla, que já fica fechada aos domingos como área de lazer.
Mais de duas mil pessoas participaram de ato em Copacabana em repúdio à morte de policiais militares
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Os PMs reivindicam a blindagem dos
contêineres das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e o direito de
levarem a arma do trabalho para casa. Atualmente, eles são obrigados a
deixarem o armamento no quartel ao término do expediente e voltarem para
casa desarmados. Além disso, os militares cobram agilidade na concessão
de benefícios, como pensão pós-morte às suas famílias. Eles alegam que o
atual processo é muito longo, levando de um a dois anos para ocorrer a
liberação, que quando ocorre, é feita sem que seja pago o valor
retroativo à data da morte do militar.
PMs, familiares e população participam de ato contra a morte de policiais em serviço em Copacabana
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Outras exigências dos policiais é uma
escala de serviço menos apertada, que os possibilite um tempo maior de
descanso. Organizadora do ato, a cabo Flávia Lousada, lembrou da
importância do movimento.
"Esse ato é para conscientizar a
sociedade sobre os crimes que vêm ocorrendo contra os policiais, ao
mesmo tempo que serve para reivindicar direitos da categoria", disse a
cabo.
Os militares cantaram o hino da
Polícia Militar e prestaram homenagens aos colegas de farda, vítimas da
violência do Estado do Rio. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ)
compareceu ao protesto. Ele foi assediado por militares e por seus
familiares, que pediram para tirar fotos com o parlamentar.
Deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi assediado por policiais e seus familiares em ato em Copacabana
Foto: Hélio Almeida / Agência O Dia
"Esse movimento é o termômetro de que
a sociedade cansou da criminalidade agindo no Estado do Rio e pede
medidas rápidas e severas contra os criminosos", afirmou o deputado, que
foi acompanhado de seu filho, o deputado estadual Flávio Bolsonaro
(PP-RJ).
"Sou contra a greve dos policiais,
mas acredito que o agente tem o direito de dar sua opinião em redes
sociais sem sofrer sanções", lembrou o deputado da Assembléia
Legislativa do Rio de Janeiro. Atualmente, o comando da Polícia Militar
proíbe os policiais de emitirem sua opinião publicamente.
Policiais
reivindicam diversos benefícios, como agilidade na concessão de pensão
para as famílias de militares mortos, por exemplo
Nenhum comentário:
Postar um comentário