sábado, 3 de janeiro de 2015

Hilton: posso não entender de esporte, mas entendo de gente ( e de desvio de verba?)

02 de janeiro de 2015 • 12h16 • atualizado às 12h56


George Hilton (PRB), novo ministro do Esporte
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Criticado pela falta de conhecimento para assumir o Ministério do Esporte, George Hilton (PRB) disse nesta sexta-feira, ao receber o cargo de Aldo Rebelo, que tem possui capacidade de ouvir, dialogar e aprender. “Posso não entender profundamente de esporte, mas entendo de gente”, discursou, em cerimônia no auditório do ministério.


Apresentador, radialista, animador e teólogo, George Hilton é líder do PRB na Câmara dos Deputados. A indicação da presidente Dilma Rousseff foi criticada por atletas e pessoas ligadas ao esporte, já que o ministério é considerado estratégico às vésperas das Olimpíadas de 2016. “Eu me comprometo com o legado dos Jogos Olímpicos”, disse.



Hilton usou sua experiência como líder de bancada para enaltecer sua capacidade de ouvir diferentes ideias e dialogas. “Eu sei ouvir as pessoas, eu sei dialogar, sei criar convergência e usarei essa capacidade em favor do esporte brasileiro”, afirmou. “Respeito as críticas, as críticas não me abatem”, acrescentou.
Em um auditório lotado por dirigentes de entidades esportivas, apenas um atleta foi anunciado pelo cerimonial do ministério: Emanuel Rego, medalhista olímpico do vôlei de praia. Casado com a ex-jogadora de vôlei Leila Barros – filiada também ao PRB e atual secretária de Esporte do Distrito Federal -, o esportista foi convidado para sentar à mesa, ao lado do novo ministro.

Em seu primeiro discurso como ministro, George Hilton prometeu fortalecer os quadros técnicos do ministério e renovar a Lei de Incentivo ao Esporte, que vence este ano. Ele também colocou como prioridade a formação de atletas de base em programas escolares. “Esporte de base, essa será a tônica do ministério. O Brasil precisa ser campeão também lá na base”, disse. Apesar de prometer diálogo, o novo ministro deixou a cerimônia sem falar com a imprensa.



Hino a capela
Antes da transmissão de cargo para o novo ministro, o Hino Nacional foi cantado a capela pelas autoridades e convidados. Não foi nenhuma referência ao espetáculo das torcidas durante a Copa do Mundo, que concluía o hino sem a base instrumental, mas uma falha no sistema de som do auditório. 
Terra

1 Comentário:

Anônimo

Leiam abaixo reportagem feita pela GLOBO sobre o novo Ministro do Esporte:   

Deputado mineiro diz que jamais nomearia George Hilton ministro
Gustavo Corrêa (DEM-MG) lembra do episódio em que Hilton foi preso no aeroporto de Pampulha com R$ 600 mil
por Maria Lima
29/12/2014 20:24


BRASÍLIA - Se atletas campeões e tradicionais aliados da presidente Dilma Rousseff não digerem a indicação do pastor deputado George Hilton (PRB-MG) para comandar a pasta de Esporte, conterrâneos do futuro ministros que conhecem a fundo sua rasa biografia política também ainda não acreditam que ele foi mesmo escolhido para integrar o ministério. 


Ex-correligionário de Hilton no antigo PFL, o hoje deputado estadual Gustavo Corrêa (DEM-MG) lembra que ele teve expulsão em rito sumário do partido quando foi preso no aeroporto da Pampulha portando 11 caixas recheadas com R$ 600 mil.


- O processo de expulsão do PFL correu em rito sumário, sem direito de resposta. Teve uma reunião da Executiva e a decisão foi tomada em função das posições do partido. Um cara aparece com uma mala de dinheiro, não tinha como continuar no partido - contou o democrata.


A fraca atuação política e falta de sustentação política é explicada pela campanha - descrita por conterrâneos como “uma tragédia” - pela prefeitura de Contagem em 2012: entre cinco candidatos George Hilton foi o quarto colocado, com apenas 15.076 votos, 4,8% do quarto maior colégio eleitoral de Minas Gerais.


- Lamento a escolha da presidente Dilma. É difícil de acreditar que o ministro será o deputado George Hilton. Se fosse eu, não nomearia. Uma coisa eu posso dizer: a única coisa que ele não entende é de esporte - diz o deputado que foi secretário da pasta no governo tucano de Minas Gerais.


Como candidato a prefeito de Contagem, o PRB de George Hilton não conseguiu se coligar com nenhum outro partido e concorreu isolado, apenas com o apoio da Igreja Universal.

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