02 de janeiro de 2015 • 12h16
• atualizado às 12h56
Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Criticado pela falta de conhecimento para assumir o
Ministério do Esporte, George Hilton (PRB) disse nesta sexta-feira, ao
receber o cargo de Aldo Rebelo, que tem possui capacidade de ouvir,
dialogar e aprender. “Posso não entender profundamente de esporte, mas
entendo de gente”, discursou, em cerimônia no auditório do ministério.
Apresentador, radialista, animador e teólogo, George
Hilton é líder do PRB na Câmara dos Deputados. A indicação da presidente
Dilma Rousseff foi criticada por atletas e pessoas ligadas ao esporte,
já que o ministério é considerado estratégico às vésperas das Olimpíadas
de 2016. “Eu me comprometo com o legado dos Jogos Olímpicos”, disse.
Hilton usou sua experiência como líder de bancada para
enaltecer sua capacidade de ouvir diferentes ideias e dialogas. “Eu sei
ouvir as pessoas, eu sei dialogar, sei criar convergência e usarei essa
capacidade em favor do esporte brasileiro”, afirmou. “Respeito as
críticas, as críticas não me abatem”, acrescentou.
Em um auditório lotado por dirigentes de entidades
esportivas, apenas um atleta foi anunciado pelo cerimonial do
ministério: Emanuel Rego, medalhista olímpico do vôlei de praia. Casado
com a ex-jogadora de vôlei Leila Barros – filiada também ao PRB e atual
secretária de Esporte do Distrito Federal -, o esportista foi convidado
para sentar à mesa, ao lado do novo ministro.
Em
seu primeiro discurso como ministro, George Hilton prometeu fortalecer
os quadros técnicos do ministério e renovar a Lei de Incentivo ao
Esporte, que vence este ano. Ele também colocou como prioridade a
formação de atletas de base em programas escolares. “Esporte de base,
essa será a tônica do ministério. O Brasil precisa ser campeão também lá
na base”, disse. Apesar de prometer diálogo, o novo ministro deixou a
cerimônia sem falar com a imprensa.
Hino a capela
Antes da transmissão de cargo para o novo ministro, o Hino Nacional foi cantado a capela pelas autoridades e convidados. Não foi nenhuma referência ao espetáculo das torcidas durante a Copa do Mundo, que concluía o hino sem a base instrumental, mas uma falha no sistema de som do auditório.
Antes da transmissão de cargo para o novo ministro, o Hino Nacional foi cantado a capela pelas autoridades e convidados. Não foi nenhuma referência ao espetáculo das torcidas durante a Copa do Mundo, que concluía o hino sem a base instrumental, mas uma falha no sistema de som do auditório.
Terra
1 Comentário:
Anônimo
Leiam abaixo reportagem feita pela GLOBO sobre o novo Ministro do Esporte:
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Anônimo
Leiam abaixo reportagem feita pela GLOBO sobre o novo Ministro do Esporte:
Deputado mineiro diz que jamais nomearia George Hilton
ministro
Gustavo Corrêa (DEM-MG) lembra do episódio em que Hilton
foi preso no aeroporto de Pampulha com R$ 600 mil
por Maria Lima
29/12/2014 20:24
BRASÍLIA - Se atletas campeões e tradicionais aliados da
presidente Dilma Rousseff não digerem a indicação do pastor deputado George
Hilton (PRB-MG) para comandar a pasta de Esporte, conterrâneos do futuro
ministros que conhecem a fundo sua rasa biografia política também ainda não
acreditam que ele foi mesmo escolhido para integrar o ministério.
Ex-correligionário de Hilton no antigo PFL, o hoje deputado estadual Gustavo
Corrêa (DEM-MG) lembra que ele teve expulsão em rito sumário do partido quando
foi preso no aeroporto da Pampulha portando 11 caixas recheadas com R$ 600 mil.
- O processo de expulsão do PFL correu em rito sumário, sem
direito de resposta. Teve uma reunião da Executiva e a decisão foi tomada em
função das posições do partido. Um cara aparece com uma mala de dinheiro, não
tinha como continuar no partido - contou o democrata.
A fraca atuação política e falta de sustentação política é
explicada pela campanha - descrita por conterrâneos como “uma tragédia” - pela
prefeitura de Contagem em 2012: entre cinco candidatos George Hilton foi o
quarto colocado, com apenas 15.076 votos, 4,8% do quarto maior colégio
eleitoral de Minas Gerais.
- Lamento a escolha da presidente Dilma. É difícil de
acreditar que o ministro será o deputado George Hilton. Se fosse eu, não
nomearia. Uma coisa eu posso dizer: a única coisa que ele não entende é de
esporte - diz o deputado que foi secretário da pasta no governo tucano de Minas
Gerais.
Como candidato a prefeito de Contagem, o PRB de George
Hilton não conseguiu se coligar com nenhum outro partido e concorreu isolado,
apenas com o apoio da Igreja Universal.
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