sábado, 3 de janeiro de 2015

PIMENTEL NOMEIA PASTOR DA MALA DE DINHEIRO E RÉU NO MENSALÃO TUCANO


 


Pimentel imita Dilma na escolha do Secretariado

O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), anunciou nesta terça-feira (30) os nomes que vão compor sua equipe. Entre os escolhidos estão figuras envolvidas em escândalos, ex-ministros e o relator da CPI do Cachoeira.

O deputado estadual Carlos Henrique da Silva (PRB-MG), por exemplo, vai ocupar a Secretaria de Esportes, que será desmembrada da pasta de Turismo. Ele e o novo ministro dos Esportes, deputado George Hilton (PRB-MG), foram detidos pela Polícia Federal ao desembarcarem em Belo Horizonte, em julho de 2005, com onze volumes, entre malas e caixas com cheques e maços de dinheiro, trazidos em dois aviões fretados.

Ambos são pastores da IURD (Igreja Universal Reino de Deus) e não tem ligação com esportes. Silva exerceu três mandatos de vereador em Belo Horizonte e ocupa seu segundo mandato como deputado estadual.
É membro efetivo das comissões de Minas e Energia e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte. Procurada pelo UOL, a assessoria de Silva informou que o parlamentar está viajando, sem contato, e que não poderia comentar a escolha do seu nome para compor o secretariado de Pimentel.

Além dele, o novo secretário da Fazenda de Minas Gerais será José Afonso Bicalho, réu no processo do mensalão tucano. Ele ocupou o mesmo cargo quando Pimentel foi prefeito de Belo Horizonte, era presidente do Bemge (extinto Banco do Estado de Minas Gerais), durante o governo de Eduardo Azeredo (PSDB), e é acusado de desviar recursos para a campanha de reeleição do tucano, por meio do esquema montado pelo empresário Marcos Valério em suas agências de publicidade.

SECRETARIA DE GOVERNO

Já o deputado federal Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cachoeira, vai para a Secretaria de Governo e fica responsável pela articulação política da nova administração. Relator da CPI do Cachoeira em 2012, ele definiu como “uma pizza lamentável” as conclusões da comissão, que após oito meses de investigações, decidiu derrubar o seu relatório de 5.000 páginas, aprovando texto substitutivo de duas páginas, que não propôs o indiciamento de nenhum dos investigados.

O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Nilmário Miranda (PT-MG) vai ocupar a Secretaria de Direitos Humanos em Minas Gerais. Já a Secretaria de Cultura será ocupada pelo ex-ministro da Cultura do governo Itamar Franco, Ângelo Oswaldo, que foi também secretário da mesma pasta quando o ex-presidente ocupou o governo mineiro. Oswaldo foi também prefeito de Ouro Preto (MG).


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