Por
falar em Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara (ver post
anterior), não deixou der ser curioso ler detalhes de uma manifestação
de “ativistas” — o antônimo deve ser “passivistas” — contra o presidente
de Câmara e sua dita “pauta conservadora”. Compareceram ao ato cerca de
200 pessoas!!! Os convidados de honra eram os deputados federais Érica
Kokay (PT-DF), Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP). Huuummm…
O
mestre de cerimônias foi o cartunista Laerte, não sei se no papel de
homem ou de mulher. A sua versão feminina chama Sônia e tem cara de
professora socialista da Anpocs (Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Ciências Sociais) ou, sei lá, de pensadora da escola
estética de Marilena Chaui…
Segundo
leio, a salada russa teórica deu o tom do encontro. Os “ativistas” se
opõem, por exemplo, a uma proposta do deputado que cria o “Dia do
Orgulho Heterossexual”. Também acho uma besteira. No mesmo saco de
gastos pardos, no entanto, criticam o “Estatuto do Nascituro”. Nesse
caso, já se muda radicalmente de tema, pois estamos falando é de aborto.
Mas nem entro nesse mérito agora. Já escrevi a respeito.
O que
realmente foi encantador foi ver essa fração do esquerdismo esconjurando
Cunha para 200 gatos-pingados, dois dias depois de a Venezuela ter
sequestrado e mandado para o cárcere um opositor da ditadura. Nenhum dos
bacanas presentes soltou um pio a respeito. Afinal, são todos
simpatizantes da tirania bolivariana.
No da seguinte, quem protestou contra a prisão de Antonio Ledezma foi justamente Eduardo Cunha…
Que coisa,
né? No regime que Eduardo Cunha defende, esquerdistas como Wyllys,
Kokay e Valente podem se reunir e protestar. No regime que Wyllys, Kokay
e Valente defendem, quem contesta vai para a cadeia. Mas esses
patriotas estão certos de que são os progressistas, e de que o
presidente da Câmara é que é o reacionário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário