Lula com Emílio Odebrecht, ainda vivo em visita ao futuro estádio do Corinthians.
Lula fazendo lobby para projeto da Odebrecht na África: abrindo portas para o parceirão.
Lula e Emílio Odebrecht inaugurando mais uma Braskem em Paulínia, SP
Olha só a turma inaugurando uma "parceria" da Odebrecht com a Petrobras...
A Lava Jato chegou o maior antro de corrupção. Os contratos da
OdebrechPT com o governo. Desde os tempos em que surgiu a Braskem, um
negócio de pai para filho montado por Lula para a construtora. Mais os
contratos internacionais. Mais o jatinho emprestado e as palestras
contratadas junto ao ex-presidente. Sem falar o Porto de Mariel, em
Cuba. A Lava Jato está chegando ao grande mar de lama: a OdebrechPT.
(Estadão) Três contratos envolvendo a
construtora Norberto Odebrecht nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco, estão sendo investigados pela Operação Lava Jato. Os
acordos, assinados entre julho de 2007 e dezembro de 2009, tiveram 61
aditivos que elevaram em R$ 960 milhões o valor final – de R$ 5,1
bilhões para cerca de R$ 6 bilhões – pago pela Petrobrás. Além de
desvios, a Polícia Federal apura se houve cartelização.
Em um desses contratos, referente às obras de unidades de
hidrotratamento e de geração de hidrogênio (UHDT e UGH), foram firmados
19 aditivos, que elevaram em R$ 539 milhões o valor contratual. O valor
inicial saltou de R$ 3,19 bilhões para R$ 3,73 bilhões. No outro,
assinado no mesmo dia – 10 de dezembro de 2009 -, para obras da unidade
de destilação atmosférica (UDA), o valor inicial foi de R$ 1,48 bilhão
para R$ 1,77 bilhão, com 25 aditivos. O terceiro contrato, firmado em 31
de julho de 2007, referente a obras de terraplanagem, subiu de R$ 429
milhões para R$ 534 milhões – após um total de 17 aditivos.
Essas informações fazem parte de uma sindicância interna da Petrobrás
sobre as obras da Abreu e Lima, aberta após a deflagração da Lava Jato.
O documento da estatal, anexado ao inquérito, afirma que houve elevação
de custo e “necessidade de grande quantidade de aditivos contratuais”
em decorrência de um plano de antecipação das obras, para 2010, que teve
como figura central Costa.
Nesse período, o delator era diretor de Abastecimento – indicado pelo PP – e o primeiro presidente do Conselho de Administração da companhia criada para gerir a construção de Abreu e Lima. Segundo o TCU, há problemas de sobrepreço e de projeto que elevaram os custos gerais.
Nesse período, o delator era diretor de Abastecimento – indicado pelo PP – e o primeiro presidente do Conselho de Administração da companhia criada para gerir a construção de Abreu e Lima. Segundo o TCU, há problemas de sobrepreço e de projeto que elevaram os custos gerais.
A PF suspeita que valores supostamente desviados das obras da Abreu e
Lima podem ter abastecido o caixa da propina movimentada pelo esquema
de corrupção na estatal. Por isso, vai aprofundar as análises técnicas
dos contratos e dos apontamentos de irregularidades identificados pelo
Tribunal de Contas da União (TCU) e pela própria Petrobrás.
Primeiro delator do processo, o ex-diretor de Abastecimento Paulo
Roberto Costa confessou ter recebido US$ 23 milhões em propina da
Odebrecht. O valor foi pago entre 2008 e 2009 por meio de uma conta
aberta na Suíça, por indicação de um executivo do grupo, afirmou ele em
sua delação premiada.
A sindicância apontou outros dois problemas nos contratos assinados
em 2009.
Um dos problemas foi o de “relicitação” ocorrida no decorrer do
processo de contratação, que fez com que os “contratos assinados no
‘topo’ da estimativa”, indicando “cartelização”. “A Comissão
identificou, analisando o comportamento dos resultados destes processos
licitatórios (primeira e segunda rodadas de licitação), que o valor das
propostas aproximou-se do ‘teto’ (valor de referência mais 20%) das
estimativas elaboradas pela Diretoria de Engenharia”, informa a Comissão
de Sindicância em seu relatório final.
Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e outras empresas que participaram das
obras iniciadas em 2007, alvos da sindicância, integram o suposto
cartel de empreiteiras – autodenominado “clube” -, que fatiava os
contratos da Petrobrás, mediante pagamento de propina.
“Estes fatos, associados às declarações do Sr. Paulo Roberto Costa,
indicam a possibilidade da existência de um processo de cartelização
relativo às empresas indicadas nos processos analisados”, registra
documento interno da estatal. Na semana passada, a PF cobrou da presidente da Petrobrás, Graça
Foster, o envio dos documentos com detalhes dos contratos da estatal com
a Odebrecht nas obras de Abreu e Lima.