10/02/2015 15h10
Mais de 150 funcionários do Comperj participam da manifestação.
Às 13h57, tanto o sentido Niterói quanto o Rio foram liberados.
Funcionários do Comperj protestam na Ponte Rio-Niterói. (Foto: Reprodução/ TV Globo)
interditaram nesta terça-feira (10) as duas pistas da Ponte Rio-Niterói. O ato na via durou cerca de duas horas e causou reflexos em vários pontos do tráfego da capital e de Niterói. Apesar da Polícia Rodoviária Federal ter enviado reforços ao local, não houve confronto até 14h08.
De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, 300 trabalhadores participam da manifestação. Já de acordo com a CCR-Ponte, 150 manifestantes participam do protesto. Eles dizem que não recebem salários há três meses.
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Perto das 14h os dois sentidos da ponte foram liberados. Os motoristas encontram trânsito confuso nos dois sentidos.Agentes da Polícia Rodoviária Federal acompanham a manifestação. A polícia disse que a dispersão no local era difícil e tentou evitar situação de tumulto entre manifestantes e motoristas. Seis ônibus da PRF foram levados ao local para a retirada dos manifestantes.
Funcionários terceirizados do Comperj continuam a protestar na Ponte Rio-Niterói.
(Foto: Reprodução/ TV Globo)
A Secretaria Estadual de Transportes determinou o reforço imediato no serviço de barcas para atender à população prejudicada pelo protesto.
Uma hora e meia após o começo da manifestação, a CCR Barcas já registra aumento de 20% na demanda na travessia Rio-Niterói. Por enquanto, a operação segue normal, com intervalos de 20 minutos na linha Rio-Niterói.
O Centro de Operações Rio pede que os motoristas evitem acessar o Centro do Rio, pois já são sentidos reflexos do engarrafamento causado pela manifestação nas principais vias da região.
Também há lentidão na Avenida Brasil, nas pistas sentido Centro, até a altura de Manguinhos. Os motoristas também enfrentam movimento lento na Via Binário, sentido Avenida Brasil, desde a Cidade do Samba. Ainda há problemas em toda a extensão da Avenida Francisco Bicalho, pista sentido Avenida Brasil.
Mesmo após a liberação da pista sentido Niterói, o Centro de Operações Rio informava que ainda havia lentidão na Avenida Brasil e na Linha Vermelha.
Motoristas estão presos em engarrafamento no acesso à Ponte Rio-Niterói, sentido Niterói. (Foto: Mateus Almeida/ EGO)
Este é mais um protesto dos funcionários terceirizados do Comperj que afirmam não receber salários há três meses. Eles reivindicam o pagamento dos direitos trabalhistas, tanto dos efetivos quanto dos recentemente demitidos, e uma definição por parte da empresa sobre a continuidade do trabalho no complexo, que foi interrompido.
Segundo o sindicato, cerca de 2,5 mil pessoas estão com os salários atrasados, sendo que 127 não recebem desde novembro de 2014. Desde o início dos protestos, na quinta-feira (8), os acessos às obras são bloqueados provocando a paralisação das atividades.
O Sintramon entrou na Justiça do Trabalho de Itaboraí com uma medida cautelar para garantir o pagamento dos trabalhadores. A empresa pagou apenas duas das três parcelas do que havia acertado no Ministério Público do Trabalho para a quitação das verbas rescisórias de cerca de 200 demitidos.
A decisão de entrar com as ações na Justiça aconteceu devido a impossibilidade de acordo, já que os representantes da Alumini não compareceram à audiência. A empresa comunicou, no dia 13 de janeiro, ao MPT sua ausência na audiência, porque não poderia propor novo acordo. Devido ao bloqueio das verbas da Alumini, por conta de uma ação movida por trabalhadores da empresa que atuam na Refinaria Abreu e Lima.
Segundo a Alumini, esse bloqueio deixou a empresa impossibilitada de pagar os salários de dezembro aos trabalhadores ativos, assim como, de cumprir a terceira parcela de acordo firmado no dia 11 de dezembro com o MPT-RJ e os sindicatos para o pagamento das rescisões e férias a 469 empregados dispensados.
De acordo com o MPT, os ex-empregados que participaram da audiência informaram que também não receberam passagens terrestres ou aéreas para retornarem as suas cidades, conforme estava previsto no acordo inicial, e que estão sendo despejados de seus alojamentos.
Lava Jato
Segundo reportagem do Jornal Nacional, relatórios internos da Petrobras revelam indícios de que os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque interferiam na escolha das empresas que iriam participar da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e tomaram decisões que aumentaram os custos da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
A comissão interna de apuração da Petrobras constatou que mais da metade desses contratos ficou com as empresas investigadas na Operação Lava Jato. De acordo com depoimentos de funcionários da Petrobras, os ex-diretores Paulo Roberto Costa e Renato Duque acompanhavam passo a passo as licitações.
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