segunda-feira, 20 de abril de 2015

Redução da maioridade penal: questão proibida para os politicamente corretos.Ou a culpa é sempre da sociedade, que corrompe os indivíduos, e não dos criminosos, que dela são "vítimas":


Denis Rosenfield saúda a mudança na Câmara dos Deputados em relação à redução da maioridade penal para 16 anos, assunto que constitui um anátema para a praga politicamente correta dos setores ditos "progressistas". Na verdade, são filhotes de Rousseau: a culpa é sempre da sociedade, que corrompe os indivíduos, e não dos criminosos, que dela são "vítimas":


A discussão sobre a redução da maioridade penal tem o condão de despertar clivagens ideológicas que, na verdade, só existem na cabeça dos que partem de opiniões ancoradas no politicamente correto. Enquanto as iniciativas anteriores foram praticamente eliminadas graças a um conjunto de deputados que comunga dessas platitudes, esta nova está bem respaldada na Câmara dos Deputados. De fato, a sociedade não mais suporta a injustiça e a impunidade.

O deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, grande propulsionador desta nova iniciativa, foi imediatamente vilipendiado, sendo taxado de “conservador” pelos que se autointitulam, evidentemente, de “progressistas”. Pior ainda, a sua confissão religiosa foi posta em causa, quando ser evangélico significa aqui tão simplesmente ser justo.

A questão, de fato, não reside na religião, pois fosse ela católica, protestante, judaica ou muçulmana, o problema seria o mesmo, a saber, a defesa da justiça e a luta contra a impunidade. O abuso da irresponsabilidade está, finalmente, e felizmente, encontrando limites.

O discurso dos “progressistas” não deixa de ser hilário, como se um menor aos 16 anos não fosse capaz de discernir os seus atos. Se tem o direito de votar para presidente da República, ato supremo de escolha de quem vai representar a “polis”, se é capaz de discernir entre as várias propostas e candidatos aquela ou aquele que vai melhor lhe representar, como não seria capaz de discernir um ato moral e legal de um ato imoral e criminoso? (Continua no jornal O Globo).

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