BRASIL, O FILHO PRÓDIGO CAIU EM SI?
Quando decidi
renovar meu velho blog, dando a ele o formato atual em www.puggina.org,
escolhi duas frases para aparecerem intermitentemente na “testa” do
site: “O bom liberal sabe que há princípios e valores que se deve
conservar” e “O bom conservador deve ser um defensor das liberdades”.
Creio nisso e me vejo, como católico, identificado com as duas vertentes. A liberdade é um dom esplêndido, que Deus respeita como atributo de suas criaturas muito mais do que elas mesmas costumam respeitar. E as responsabilidades que obviamente advêm da liberdade recaem sobre os indivíduos, sobre as pessoas concretas e não sobre grupos sociais, coletivos ou sistemas como alguns querem fazer crer.
É aí que entram os valores que balizam as condutas individuais e, por extensão, a ordem social e os códigos. É socialmente importante saber conservar o que deve ser conservado e mudar o que deve ser mudado. O bom conservador rejeita a revolução, a ruptura da ordem, a substituição da política pela violência, reconhece o valor da tradição e aprecia a liberdade como espaço para realização digna dos indivíduos e dos povos.
Não é por outro motivo que o movimento revolucionário e os que com ele colaboram atacam vigorosamente uns e outros. Liberais e conservadores são identificados, corretamente, como os adversários a serem vencidos. Essa batalha se trava no mundo da cultura.
Creio nisso e me vejo, como católico, identificado com as duas vertentes. A liberdade é um dom esplêndido, que Deus respeita como atributo de suas criaturas muito mais do que elas mesmas costumam respeitar. E as responsabilidades que obviamente advêm da liberdade recaem sobre os indivíduos, sobre as pessoas concretas e não sobre grupos sociais, coletivos ou sistemas como alguns querem fazer crer.
É aí que entram os valores que balizam as condutas individuais e, por extensão, a ordem social e os códigos. É socialmente importante saber conservar o que deve ser conservado e mudar o que deve ser mudado. O bom conservador rejeita a revolução, a ruptura da ordem, a substituição da política pela violência, reconhece o valor da tradição e aprecia a liberdade como espaço para realização digna dos indivíduos e dos povos.
Não é por outro motivo que o movimento revolucionário e os que com ele colaboram atacam vigorosamente uns e outros. Liberais e conservadores são identificados, corretamente, como os adversários a serem vencidos. Essa batalha se trava no mundo da cultura.
Gramsci
descobriu isso e fez escola. Seus discípulos brasileiros, ditos
intelectuais orgânicos, em poucas décadas tomaram o sistema de ensino
das mãos dos educadores cristãos, inclusive na maior parte das
instituições confessionais.
Nos anos setenta, incorporaram-se a essa tarefa inúmeros novelistas, diretores e produtores de programas de televisão em canal aberto. Tratei deles em meu artigo anterior “Acabou! Acabou! ”
(http://www.puggina.org/artigo/puggina/acabou-acabou/3234).
Nos anos setenta, incorporaram-se a essa tarefa inúmeros novelistas, diretores e produtores de programas de televisão em canal aberto. Tratei deles em meu artigo anterior “Acabou! Acabou! ”
(http://www.puggina.org/artigo/puggina/acabou-acabou/3234).
Enquanto o
comunismo era propagandeado como expressão sublime da bondade humana
(!), coube àqueles profissionais a tarefa de destruir os valores da
sociedade, em ação de lago espectro.
Assim, foram
zombando do bem, exaltando o mal, pregando a libertinagem e depreciando
tudo que merecesse respeito. Foi um longo e bem sucedido processo de
destruição moral do qual a corrupção que hoje reprovamos é mero
subproduto. A população de patifes, canalhas e sociopatas aumentou em
proporções vertiginosas.
Houve um
relaxamento até mesmo entre as consciências bem formadas. Gravíssima a
omissão de quantos a isso deveriam resistir, nas famílias, nas escolas,
nas igrejas e nas instituições! Devemos reconhecer, então: há muito mais
culpados entre os omissos do que entre os efetivos agentes do processo
de destruição dos valores.
As liberdades
recuaram simultaneamente porque esse era o objetivo final do projeto de
dominação cultural: estabelecer a hegemonia política, com o Estado
avançando sobre as autonomias dos indivíduos, das famílias e da
sociedade e das liberdades econômicas. Foi assim que assistimos, durante
décadas, sucessivas derrotas dos conservadores e dos liberais, tão
numerosos quanto acomodados.
Felizmente,
a cada dia que passa, cresce o número de brasileiros conscientes das
causas da desgraça que acometeu a sociedade brasileira. São as pesquisas
que o indicam com clareza. Foi tamanha a lambança, tão generalizada a
degradação moral, tão impertinentes os abusos do Estado, a cascavel,
enfim, tanto agitou seu chocalho que acabou despertando as consciências
de sua letargia. A nação dá claros sinais de estar refletindo sobre o
que fez de si mesma.
05 de junho de 2015
Percival Puggina
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