(Estadão) O volume de saques da poupança voltou a superar os depósitos em maio.
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 5, pelo Banco Central, a
quantia de resgates superou a de depósitos em R$ 3,199 bilhões no mês
passado. Em abril, o resgate líquido na caderneta havia sido de R$ 5,851
bilhões e, em março, de R$ 11,438 bilhões.
Com
o resultado de maio, o saldo total da poupança ficou em R$ 648,772
bilhões, já incluindo os rendimentos do período, no valor de R$ 3,662
bilhões. Os depósitos na caderneta somaram R$ 153,235 bilhões no mês
passado, enquanto as retiradas foram de R$ 156,434 bilhões. No acumulado
do ano até abril, o resultado está negativo em R$ 32,280 bilhões.
A situação de maio só não foi pior porque, no último dia útil
do mês, a quantidade de aplicações foi R$ 3,997 bilhões maior do que o
de retiradas. Até o dia 28, o saldo da caderneta estava no vermelho em
R$ 7,196 bilhões. É comum ocorrer um aumento dos depósitos no último dia de cada
mês em função de aplicações automáticas e de sobras de salários. O que
tem ocorrido nos últimos meses, no entanto, é que essa sobra tem sido
cada vez menor.
Brilho. Além disso, com o atual ciclo de alta
dos juros básicos e do dólar tornando outros investimentos mais
atrativos, a caderneta de poupança perde o brilho. Há três anos a forma
de remuneração da aplicação mudou. Pela regra de maio de 2012, sempre que a taxa básica de juros,
a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser
70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).
Atualmente, a taxa básica está em 13,75% ao ano. Quando o juro
sobe a partir de 8,75% ao ano passa a valer a regra antiga de
remuneração fixa de 0,5% ao mês mais a TR.
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