sexta-feira, 5 de junho de 2015

Pedagogia do oprimido, vitimização de criminosos dá nisso:Ameaça feita por vândalos faz diretora sair de escola

Em pichação dentro do CEF 33, vândalos juraram gestora de morte. Ela tentava combater o tráfico

Especial para o Jornal de Brasília


Vândalos invadiram o Centro de Ensino Fundamental 33 de Ceilândia, na EQNP 12, durante a madrugada, e destruíram a biblioteca.


Além de roubarem um computador,  picharam as paredes com as   frases “Vou matar a Renata. Só um recado, sai fora”,  referindo-se à então diretora. Renata Ferreira e o vice  pediram exoneração e as aulas foram suspensas ontem.


A ação criminosa teria ocorrido por conta da   atuação da gestão do CEF 33   no combate  ao tráfico de drogas dentro e nos arredores da escola. Há mais de um mês, a direção conseguiu colocar dois policiais do Batalhão Escolar patrulhando a área, o que teria inibido o tráfico. Além disso, a diretora chamava a polícia sempre que encontrava alunos usando ou vendendo drogas.


Segundo o relato de servidores, até o ano passado, a escola era tranquila. Mas, neste ano, depois da chegada de alguns alunos transferidos, a situação começou a mudar. Para piorar, faltam porteiros e vigilantes. “É lamentável o que aconteceu. Tentamos fazer um trabalho pedagógico diferenciado e fomos impedidos. Se a nova direção tentar enfrentar os traficantes, vai acontecer a mesma coisa, vão ameaçar de morte”, prevê a ex-diretora, que ocupava o cargo desde 2013.


Renata teme por sua família e não pretende mais assumir a mesma função em outra escola. Quer voltar à sala de aula.


Pais preocupados
O   pai de uma aluna  de 11 anos do 7º ano  está preocupado. “Minha filha gosta de estudar aqui, mas o problema é que eu e minha esposa temos que levar e buscar por causa dos traficantes que ficam nessa praça em frente à escola. Essa é a primeira vez que essa escola tem uma direção que bata de frente com os traficantes, por isso aconteceu isso”, explicou.


Para ele, falta investigação   para acabar com o tráfico: “Já denunciamos o caso várias vezes à Polícia Civil, mas nenhuma ação   é feita”.


Estudantes presenciam uso de drogas
Um aluno do 6º ano,  de 12 anos,   presenciou um colega com uma arma dentro da escola. Também já ofereceram drogas a ele.  “Um dia, quando eu estava saindo da aula, um menino me chamou no meio da pracinha e perguntou se eu não queria   maconha. Eu disse que não e fui embora”, contou.


Outro estudante, de 13 anos,  sofreu ameaça  quando    viu   alunos escondendo drogas em um bueiro. “Disseram que, se eu contasse alguma coisa, iam me quebrar na porrada”, afirmou.


O aluno já viu colegas usando entorpecentes no banheiro e até mesmo  dentro de sala, com o professor presente.


Ontem, houve uma reunião entre   docentes do CEF 33 e o Sindicato dos Professores  (Sinpro-DF) para decidir como proceder diante do problema. “Entramos em contato com a Regional de Ceilândia  e eles garantiram que vão mandar porteiros e vigilantes, além de colocar policiamento ostensivo nos arredores”, explicou Samuel Fernandes, diretor do Sinpro-DF.


Ele reforça que o problema é antigo. “Não é de hoje que alunos usam drogas dentro do CEF 33, mas, por causa do pulso firme da direção, que chamava a polícia sempre que necessário, a venda de drogas diminuiu e os bandidos acharam ruim”, conclui.



Versão oficial
Em nota, a Secretaria de Educação  informou que está fazendo reuniões, quando necessário, com a presença de diretores de unidades educacionais, para conversar sobre o assunto violência e segurança. A pasta informou que possui parceria com o Batalhão Escolar da Polícia Militar, que trabalha na prevenção, fazendo rondas até as 18h30 e visitas educativas. No período noturno, viaturas da PM estão presentes nas proximidades das instituições de ensino.


Além disso, a SE-DF conta com o Projeto Político Pedagógico, desenvolvido pela pasta, que predispõe debates com os estudantes, em salas de aula, sobre temas da atualidade e que estejam diretamente relacionados aos conteúdos desenvolvidos pelos professores. Violência, drogas, cidadania e direitos humanos são alguns dos assuntos.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília



Comentários

Fabiano Griffin

Essa é a "pedagogia do oprimido" na prática. Não aguentamos mais essa total impunidade. O Brasil acabou. Venha fazer parte do Movimento Dogma: Fora Paulo Freire

luciano

E agora? Usando o discurso que estão protegendo os 'pequenos delinquentes", transferindo o problema de uma escola para outra, os "pseudo-traficantes menores" estão expulsando os verdadeiros alunos que deveriam estar sob a proteção do estado. Essa conversa maioridade penal já deu. Falta aplicar. Professores e diretores tendo que sair para deixar os meliantes agirem. Quem mais vai defender esses bandidos

marcos aurelio

BRASILIA TEM LEI E TEM POLICIA . BASTA A POLICIA TOMAR DE CONTA DESSES VAGABUNDOS

Maria Teresa Rodrigues Rodrigues

cadê os jornalistas claudio humberto e o sr.alexandre garcia????tá vendo a realidade dos "pobres e indefesos"alunos em que os professores enfrentam todos os dias..e depois não pode adoecer..professor tem que ser "deus"..é brincadeira!!!!!!

Marco

E os pais são obrigados a manterem os filhos nestes lugares...
 

Nenhum comentário: