quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Aliados de Cunha preparam reação à aliança de Renan com o governo Dilma

PAINEL FOLHA DE SÃO PAULO

12/08/15 02:00

 

Sistema bicameral Aliados de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) definiram, em almoço com o presidente da Câmara nesta terça, uma estratégia para bombardear a aproximação de Renan Calheiros (PMDB-AL) com o governo Dilma Rousseff. Passarão a incentivar que os grupos que organizam as manifestações de domingo incluam o presidente do Senado como alvo dos protestos. O discurso será o de que Renan atua para salvar a presidente num “acordão” que inclui preservá-lo das investigações da Lava Jato.



Minions A tropa de Cunha vai desengavetar na CPI da Petrobras requerimento que pede quebra de sigilo telefônico de José Eduardo Cardozo e Rodrigo Janot.


Esquadrão… O Planalto quer incluir a União na PEC do pacto federativo, que define que Estados e municípios só assumirão encargos delegados pelo governo federal se houver garantia de recursos.



… anti-bomba A ideia, defendida na reunião com líderes nesta terça, é que o texto estabeleça a mesma restrição para o governo federal, impedindo que o Legislativo aprove medidas que onerem a União sem indicar recursos.


Desarmamento No encontro, conduzido pelo vice Michel Temer, Jandira Feghali (PC do B-RJ) propôs que todos assinassem documento se comprometendo a barrar pautas-bomba na Câmara.



Porte de arma O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), disse que precisava consultar a bancada antes.



Mapa Tucanos que integram a CPI do BNDES vão consultar ex-presidentes do banco na era FHC para que ajudem a traçar um plano de ação para as investigações.



Vale mais PSDB, PMDB e DEM acertaram a criação de sub-relatorias para a CPI dos Fundos de Pensão. Se a ideia vingar, o tucano Marcus Pestana (MG) ficará com uma das vagas e o partido perderá a vice-presidência da comissão.



Debandada 1 O PRB da Câmara, que lidera bloco com 38 deputados, começou a discutir o rompimento com Dilma. Vão esperar para ver no que dá a Agenda Brasil.



Debandada 2 “Não é ministério o que vai nos segurar. Tem mais comunista do que republicano no Esporte”, diz um dirigente da sigla. O PC do B comandou a pasta no primeiro mandato de Dilma.



Indigesto No dia seguinte ao jantar oferecido por Dilma aos aliados no Senado, três dos convidados deram entrada no serviço médico da Casa com queixas de indisposição alimentar.


Outro mundo Senadores que participaram do evento saíram com a sensação de que a presidente não enxerga a gravidade do momento.


Sandálias Mais de uma vez, Dilma pediu “humildemente apoio” aos presentes para superar a crise.


Pra já Para os senadores, apesar da recessão econômica, mais urgente é discutir uma reação política aos atos que pedirão a saída da presidente do poder no domingo.
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Lencinho Em meio à crise, o Itamaraty contratou um grupo musical de nome sugestivo para se apresentar em solenidades com Dilma e Temer: Choro & Companhia.


Climatempo O secretário Benedito Braga (Recursos Hídricos) disse ao governador Geraldo Alckmin que apresentará o plano de contingenciamento para a seca no início de setembro –quando, espera-se, começa a temporada de chuvas.


Passa por baixo Miguel Torres, presidente da Força Sindical, sugeriu a Fernando Haddad que seja adotado o passe livre nos ônibus para quem está desempregado. O prefeito ficou de pensar.


Visita à Folha Flávio Dino, governador do Maranhão, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Aline Louise, assessora de imprensa.

TIROTEIO
Não estamos em tempo de ir a um encontro apenas para ouvir e aplaudir a presidente. Estamos em tempo de conversar de fato.
DE CRISTOVAM BUARQUE (PDT-DF), ao explicar por que um grupo de senadores independentes recusou convite para jantar segunda-feira com Dilma Rousseff.

CONTRAPONTO
No dia seguinte a ter dito que era necessário alguém para “reunificar” o país, o vice-presidente Michel Temer foi homenageado pelo governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, por ter criado, há 30 anos, a primeira delegacia de atendimento à mulher do país.


Na sua vez de discursar, Temer pediu licença ao governador para não repetir a extensa nominata.


–São tais e tantas as autoridades aqui presentes que eu correria o risco de não mencionar a todos –justificou.
E, fazendo jus à fama de conciliador, emendou:
–Vocês sabem como é isso: quem é esquecido jamais se esquece de quem se esqueceu.

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