quinta-feira, 13 de agosto de 2015

40% de propina

O PT quebrou todos os recordes.

A empresa que roubou o Ministério do Planejamento pagou propina equivalente a 40% do valor dos contratos, que totalizaram 52 milhões de reais - 20 milhões de reais de propina para o PT.


13/08/2015 10h40 - Atualizado em 13/08/2015 11h47

Esquema de corrupção atinge o Ministério do Planejamento, diz MPF

18ª fase da Lava Jato revelou novo operador: Alexandre Romano.
Até R$ 52 milhões em propina teriam sido repassados.

Do G1 PRFacebook

A 18ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira (13), investiga o desvio de até R$ 52 milhões em contratos com o Ministério do Planejamento, afirmam o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Empresas do Grupo Consist Software, que assinaram, sem licitação, contratos com a pasta, repassaram o dinheiro para operadores da Lava Jato.

Ao todo, R$ 37 milhões foram arrecadados pelo operador Alexandre Oliveira Correa Romano, um ex-vereador de Americana pelo PT, que foi preso nesta quinta. A outra parte, R$ 15 milhões, foi para Milton Pascowitch, que assinou acordo de delação premiada e está em prisão domiciliar.

O Grupo Consist fazia a gestão do software para empréstimos consignados para servidores federais. A grupo ganhava uma taxa mensal, de bancos e financeiras, por cada parcela de amortização mensal dos empréstimos que eram descontados das folhas de pagamento.

"É possível que os pagamentos sem causa da Consist a Milton Pascowitch e a Alexandre Romano estejam relacionados ao benefício por ela obtido junto ao Ministério do Planejamento", diz o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação na primeira instância, no mandado de prisão para Romano.
Milton Pascowitch recebeu o dinheiro pela Jamp Engenheiros, entre os anos de 2011 e 2014, e posteriormente destinou os valores a João Vaccari Neto, que então ocupava o cargo de tesoureiro do PT, segundo as investigações. O restante dos valores foi transferido a empresas ligadas a Alexandre Romano ou outras indicadas por ele, como empresas de fachada, consultorias e escritórios de advocacia.


"O esquema de corrupção é grande, sistemático e deve ser combatido de forma veemente", afirmou o procurador Roberson Pozzobon. Segundo ele, operadores mostraram "audácia" ao continuar desviando dinheiro mesmo com as investigações em andamento, o que justifica as prisões cautelares.


O procurador afirmou que foram descobertos pagamentos mensais de R$ 30 mil para a viúva de um então secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento

A 18ª fase é um desdobramento da fase anterior e foi batizada de "Pixuleco II". Já havia suspeitas de desvios milionários efetuados por empresas do Grupo Consist Software.

Cerca de 70 policiais federais cumprem desde a madrugada mandados desta etapa da Lava Jato. A ação ocorre em Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Curitiba.

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