quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Carlos Chagas-- SUCESSÃO OU SECESSÃO?


Diário do Poder
Não há hipótese de Executivo e Legislativo continuarem em conflito até o fim do ano. Nem até o fim do mês, quanto mais ao final dos mandatos de seus titulares, daqui a três anos e cinco meses. Muito antes disso o país estará posto em frangalhos, com um Poder engolindo o outro como na velha piada em que de noite um cidadão colocou dois grilos numa caixa de fósforos , imaginando que na manhã seguinte estaria vazia, já que um comeria o outro. Ignora-se apenas que segmento nacional restará por último, depois da canibalização dos demais. Militares? Igreja Católica e Igrejas Pentecostais? 


Empresariado ou centrais sindicais? Crime organizado, com os traficantes à frente? Agronegócio ou latifúndio? Ministério Público, Judiciário ou Polícia Federal? Multinacionais ou intelectualidade universitária?


Quem quiser que opine, mas pela primeira vez desde a chegada dos portugueses, com breve e limitado interregno dos holandeses, a unidade nacional encontra-se em xeque. Para sorte nossa, jamais tivemos governadores tão medíocres e incompetentes, caso contrário a secessão estaria na rua, muito antes da sucessão.



A Federação faz tempo tornou-se uma ficção, na medida da fraqueza dos Estados, mas como a União se esfacela, sobrará o quê? Um aglomerado de forças incapazes de atuar em uníssono. No máximo, cada município se tornará independente, com moeda própria, passaporte e forças armadas.


O triste nessa história de horror é não haver saída nem milagres. Desapareceram os salvadores da pátria, que só conturbariam o processo se aparecessem agora. Sequer sobrou o Lula, última das desesperanças a mergulhar nas profundezas. Das promessas imaginadas e imaginárias, ninguém emerge.


DEVOLUÇÕES FAJUTAS
Dos lados da Operação Lava Jato delatores prometem devolver à Petrobras 247 milhões de reais roubados da empresa. Outros bandidos já teriam entregue 296 milhões. Esse gesto deveria servir para agravar suas penas, pois se roubaram tanto, muito mais continuará em poder de amigos e familiares.  

O ideal para o poder publico seria confiscar-lhes todo o patrimônio, até os chinelos.

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