Diario do Poder
Glauco Fonseca
Já confiar nas pessoas é sempre um risco e não tem sido saudável confiar em algumas. Entregamos, por exemplo, o governo federal a um torneiro mecânico e sindicalista que afundou o país em dívidas, corrupção e está enroladíssimo ele próprio num sem-número de denúncias. Ele tinha dois ministros que haviam sido sequestradores, um ministro que havia sido terrorista e fazia parte de assaltos a bancos. Um outro membro da turma do presidente foi delator no Araguaia, um outro tinha apelido de Land Rover. Uma ministra virou presidente e essa turma toda teve total confiança dos brasileiros.
Portanto, na maior das boas-fés, confiamos em terroristas, ladrões, assassinos.
Até num pedófilo confiamos (segundo sugerido no capítulo 16 do Livro Assassinato de Reputações, de Romeu Tuma Jr.). Fizemos o elogio dos que lutaram contra a ditadura, acreditamos em muitos deles, achando que devíamos a eles a nossa democracia e nosso estado de liberdades, de direitos e deveres. Tornamo-los ministros, presidentes de estatais, senadores, deputados e governadores. Tudo na melhor das intenções, pensando que ninguém seria capaz de comandar nosso país melhor do que eles.
O resultado está aí: recessão profunda, inflação crescente e emprego em queda. Indústria nacional sucateada e pouco competitiva. Corrupção aos borbotões, Petrobrás destruída, fronteiras osmóticas à passagem de drogas e armas, conluios com o que há de pior no planeta em termos diplomáticos. Peleguismo, preguiça, incompetência. Eis os resultados.
Agora, vamos a um papo franco, de pé de orelha: Elegemos um bando de quadrilheiros e queríamos o quê? Colocamos José Dirceu como Ministro Chefe da Casa Civil, com promessa de ser o sucessor de Lula, ele é preso e lá colocamos Dilma Vana, a terrorista e queríamos o quê? Dilma vira presidente e Erenice Guerra vira ministra. Queríamos o que em termos de resultados para uma nação? E não chegamos ainda ao fundo do poço. Pimentel era ministro e virou Governador. Queremos o quê?
Tomara que tenhamos aprendido a lição: as evidências não mentem. Nem a matemática. Se na casa da gente é difícil entrar uma funcionária que tenha furtado uma banana na quitanda, se na nossa empresa não deixamos entrar nem motoboy de capacete, como é que colocamos bandidos de mãos dadas, “camaradas de armas” para governar nosso país?
Será que um dia vamos aprender que lugar de bandido é na cadeia e não nos Palácios da República?
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