terça-feira, 22 de setembro de 2015

A volta da censura! E depois falam mal dos militares dizendo que na ditadura não havia liberdade de expressão.Projetos que punem quem falar mal de político na web tramitam a passos largos no Congresso





A cada dia as informações correm mais rápido, na velocidade da “internet”. Internet essa que tem sido uma pedra no sapato de muitos políticos, fato que provocou a produção de alguns projetos que punem severamente, até mesmo transformando em “hediondo” o crime de quem falar mal de políticos na internet, e que vem tramitando a passos largos nas casas legislativas.


O principal projeto que trata do assunto é de autoria da Deputada Federal Soraya Santos (PMDB-RJ) – PL 1589/2015


Ronaldo Lemos, da Folha, fala sobre o projeto, e observa que, o que o Marco Civil da Internet trouxe de bom, que foi a necessidade de uma ordem judicial para ter acesso aos dados do usuário da rede, cai por terra caso esse projeto seja aprovado, já que, segundo o texto a ser analisado pelo Congresso, qualquer “autoridade competente” tem poder para acessar os dados de qualquer usuário sem maiores controles, assim como o inteiro teor das comunicações dos usuários sem ordem judicial prévia.



Outro aspecto do projeto é colocar os crimes contra a honra cometidos por meio da internet (em palavras mais simplórias >>falar mal<<) em condição de maior gravidade do que os cometidos por outros meios, já que estes passam agora a ser conduzidos mediante Ação Penal Pública INCONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO, ou seja, sem a necessidade de queixa prévia do suposto ofendido.


O projeto cria também, segundo análise de Ronaldo Lemos, o direito dos políticos solicitarem ao judiciário que as postagens que considerarem que transgridam sua honra sejam imediatamente apagadas da internet.


Ao fim, o colunista termina dizendo que o PL 1589/2015…
“…é como se o diretor da agência de espionagem dos Estados Unidos, a NSA, tivesse se sentado à mesa com o ditador Kim Jong-Un  da Coreia do Norte, para redigirem juntos um projeto de lei para o Brasil.”

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