Além de
querer ressuscitar o defunto CPMF, o ministro do Bradesco Joaquim Levy
agora está de olho nos combustíveis. Quer aumentar a Cide, penalizando
ainda mais os consumidores, que vão bancar a roubalheira do PT:
O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deu pistas nesta segunda-feira de que
a alta da Cide (tributo sobre combustíveis) não é uma ideia descartada
pela equipe econômica, que busca opções para reduzir a previsão de 30,5
bilhões de dólares de déficit orçamentário para 2016. Segundo ele, a
elevação da alíquota, se ocorrer, tem que ser feita de maneira
cautelosa. "Tem que ser feito com cuidado. Mas sem dúvida nenhuma é um
indicador muito importante para a economia verde, especialmente quando
aplicada à gasolina e que, evidentemente, [há] essa possibilidade de
substituição pelo álcool."
As
declarações foram dadas no encerramento do seminário "Sistema
Financeiro, Economia Verde e Mudanças Climáticas", realizado pela
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo. Embora tenha
dito que a ideia não está descartada, o ministro não respondeu a
questões sobre uma possível alta da Cide nem sobre a recriação da CPMF, o
imposto do cheque.
Na
proposta de ajuste fiscal apresentada pelo governo na semana passada
(que soma 66,2 bilhões de reais entre cortes de gastos e aumento de
arrecadação), boa parte do acréscimo de receita viria da CPMF. O imposto
voltaria a ser utilizado, mas depende de aprovação do Congresso, que
tem se mostrado contrário à ideia. A Cide, por sua vez, pode ser elevada
sem precisar passar pelo crivo dos parlamentares, mas pode ter como
efeito colateral a alta da inflação.
Depois do
evento, Levy disse a jornalistas que apresentou nesta segunda-feira ao
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), itens de contribuição à
Agenda Brasil, que compõe um conjunto de medidas para a retomada do
crescimento econômico. Entre os itens, o ministro citou a facilitação de
grandes projetos de infraestrutura.
Sobre o
PIS/Cofins, Levy declarou que quer apresentar "em breve" um projeto de
lei para a Câmara, que, segundo ele, simplificaria a vida de empresas e
aumentaria sua segurança jurídica. "Dar mais transparência a essa
contribuição e assim uma melhor alocação de recursos do Brasil [para]
que a produtividade da economia aumente", disse.
CPMF
- Mais cedo, em Brasília, o ministro da Fazenda havia dito que o
Palácio do Planalto é que vai decidir o momento do envio da medida que
recria a CPMF ao Congresso Nacional. "Essa é decisão do governo, do
Palácio (do Planalto). Não adianta eu me pronunciar sobre isso", afirmou
ele a jornalistas ao ser questionado se a recriação de CPMF seria
encaminhada ao Congresso ainda nesta segunda-feira. A afirmação foi
feita após reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL).
A
proposta de recriação da CPMF foi anunciada na semana passada a fim de
ajudar a cobrir o rombo do orçamento de 2016, com o governo sinalizando
aos agentes econômicos que perseguirá meta de superávit primário
equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB).(Veja.com).
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