sábado, 31 de outubro de 2015

Útero-seco é toda mulher, mãe ou não, fértil ou não, que acredita que tal órgão lhe confere especial competência para marchar em favor da morte



As que já são mães e vão às ruas em defesa do aborto estão deixando claro que seus respectivos filhos são apenas abortos que ou esqueceram de acontecer

Por: Reinaldo Azevedo

Alguns idiotas querem me atribuir o que não escrevi. É evidente que não chamei de úteros-secos as mulheres sem filhos ou que não podem ter filhos. E a prova de que não é assim é que não sei se as petistas que me hostilizaram no bar são ou não mães. O útero-seco nada tem a ver com o fato de a mulher haver ou não se reproduzido, poder ou não se reproduzir. Eu me refiro àquelas que acreditam que podem defender a morte dos fetos só porque são dotadas de um útero. Estas, portanto, usam um órgão exclusivamente feminino como condição para defender a morte, ainda que sejam mães.


Assim, pode haver mulheres sem filhos, ou que não podem ter filhos, cujos úteros são férteis. As úteros-secos são almas secas. Porque são mulheres, sentem-se especialmente qualificadas para defender a morte. E que se note: as que já são mães e vão às ruas em defesa do aborto estão deixando claro que seus filhos são apenas abortos que ou esqueceram de acontecer ou que não aconteceram porque a relação custo-benefício do nascimento era superior à do feticídio. Um filho vivo de uma militante do aborto é só uma oportunidade de negócio – ainda que negócio emocional.
Texto publicado originalmente às 4h08

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