PARIS, 27 Jan 2014 (AFP) - A preocupação com a situação econômica de
vários países emergentes se estendia nesta segunda-feira, causando
importantes depreciações em suas moedas nacionais.
"As moedas dos países emergentes se desvalorizaram desde meados de janeiro, mas dois elementos acentuaram as pressões", disse Sébastien Barbe, especialista de economias emergentes no Crédit Agricole: a queda na produção industrial em janeiro na China e a queda do peso argentino na semana passada, "fator que deu um passo a um certo movimento de pânico nos mercados".
As divisas dos países emergentes são vítimas da mudança da política monetária dos Estados Unidos, que está passando de uma extrema flexibilidade, com queda de taxas de juros, a um gradual endurecimento.
Isso provoca nos países emergentes uma fuga de capitais, agora atraídos pelo rendimento dos títulos norte-americanos.
A isso se soma, segundo Barbe, um certo "nervosismo político" em vários países, como Turquia, mas também em outros (Brasil, Índia, África do Sul, Indonésia) onde estão previstas eleições nacionais este ano.
A China completa o panorama. Quando a segunda economia mundial, um dos motores da recuperação mundial, mostra sinais de fragilidade - como a queda de sua produção industrial - crescem as preocupações com as nações emergentes.
O impacto de todos esses fatores foi muito visível nesta segunda-feira nas moedas nacionais.
O banco central turco anunciou uma reunião de urgência para terça-feira de seu comitê monetário, em um momento em que a lira turca (LT) continua em queda livre, alcançando novos mínimos, a mais de 2,38 LT por dólar e 3,26 LT por euro.
A lira padece, além disso, há quase dois meses os efeitos da tempestade política provocada por um escândalo de corrupção que respinga no primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
Na África do Sul, o rand sul-africano atingiu nesta segunda-feira um mínimo em cinco anos, afetado pela volatilidade dos capitais que saem dos mercados emergentes, mas também em um contexto particular de greves em suas minas de platina e dificuldades orçamentárias.
A moeda sul-africana chegou a 11,25 rands por dólar na manhã de segunda-feira.
"O rand caiu 25% frente ao dólar em relação a maio passado" destacou Shilan Shah, analista de Capital Economics. "Há risco de que continua caindo mais nos próximos meses" acrescentou.
A África do Sul faz parte do clube dos cinco países considerados frágeis pelos operadores - como Brasil, Índia, Indonésia e Turquia - devido a seus importantes déficits de contas correntes.
O rublo russo também continuava com sua desvalorização nesta segunda-feira, depois de ter alcançado na sexta-feira um mínimo histórico frente ao euro, quando superou o limite dos 47 rublos, batendo seu recorde estabelecido em fevereiro de 2009.
A moeda sofre com a desaceleração da economia da Rússia. Além disso, o banco central deste país decidiu reduzir progressivamente seu arsenal de medidas que sustentam o rublo, para deixá-lo flutuar livremente a partir de 2015.
O temor de um contágio à zona do euro dos riscos à espreita dos países emergentes foi, contudo, descartado nesta segunda-feira pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
"Não acredito que haja contágio na zona do euro dos riscos nas economias emergentes", disse Dijsselbloem.
Contudo, as principais praças financeiras mundiais se orientam à queda nos últimos dias pela preocupação gerada pelas economias dos emergentes.
Também preocupa alguns economistas o fim do crescimento "a taxas chinesas" para muitos países emergentes, que entram agora em um período de turbulência sem ter reformado o suficiente suas economias.
"As moedas dos países emergentes se desvalorizaram desde meados de janeiro, mas dois elementos acentuaram as pressões", disse Sébastien Barbe, especialista de economias emergentes no Crédit Agricole: a queda na produção industrial em janeiro na China e a queda do peso argentino na semana passada, "fator que deu um passo a um certo movimento de pânico nos mercados".
As divisas dos países emergentes são vítimas da mudança da política monetária dos Estados Unidos, que está passando de uma extrema flexibilidade, com queda de taxas de juros, a um gradual endurecimento.
Isso provoca nos países emergentes uma fuga de capitais, agora atraídos pelo rendimento dos títulos norte-americanos.
A isso se soma, segundo Barbe, um certo "nervosismo político" em vários países, como Turquia, mas também em outros (Brasil, Índia, África do Sul, Indonésia) onde estão previstas eleições nacionais este ano.
A China completa o panorama. Quando a segunda economia mundial, um dos motores da recuperação mundial, mostra sinais de fragilidade - como a queda de sua produção industrial - crescem as preocupações com as nações emergentes.
O impacto de todos esses fatores foi muito visível nesta segunda-feira nas moedas nacionais.
O banco central turco anunciou uma reunião de urgência para terça-feira de seu comitê monetário, em um momento em que a lira turca (LT) continua em queda livre, alcançando novos mínimos, a mais de 2,38 LT por dólar e 3,26 LT por euro.
A lira padece, além disso, há quase dois meses os efeitos da tempestade política provocada por um escândalo de corrupção que respinga no primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
Na África do Sul, o rand sul-africano atingiu nesta segunda-feira um mínimo em cinco anos, afetado pela volatilidade dos capitais que saem dos mercados emergentes, mas também em um contexto particular de greves em suas minas de platina e dificuldades orçamentárias.
A moeda sul-africana chegou a 11,25 rands por dólar na manhã de segunda-feira.
"O rand caiu 25% frente ao dólar em relação a maio passado" destacou Shilan Shah, analista de Capital Economics. "Há risco de que continua caindo mais nos próximos meses" acrescentou.
A África do Sul faz parte do clube dos cinco países considerados frágeis pelos operadores - como Brasil, Índia, Indonésia e Turquia - devido a seus importantes déficits de contas correntes.
O rublo russo também continuava com sua desvalorização nesta segunda-feira, depois de ter alcançado na sexta-feira um mínimo histórico frente ao euro, quando superou o limite dos 47 rublos, batendo seu recorde estabelecido em fevereiro de 2009.
A moeda sofre com a desaceleração da economia da Rússia. Além disso, o banco central deste país decidiu reduzir progressivamente seu arsenal de medidas que sustentam o rublo, para deixá-lo flutuar livremente a partir de 2015.
O temor de um contágio à zona do euro dos riscos à espreita dos países emergentes foi, contudo, descartado nesta segunda-feira pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
"Não acredito que haja contágio na zona do euro dos riscos nas economias emergentes", disse Dijsselbloem.
Contudo, as principais praças financeiras mundiais se orientam à queda nos últimos dias pela preocupação gerada pelas economias dos emergentes.
Também preocupa alguns economistas o fim do crescimento "a taxas chinesas" para muitos países emergentes, que entram agora em um período de turbulência sem ter reformado o suficiente suas economias.
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