26/01/2014
às 13:23 \ Opinião
Reynaldo-BH: A mulher que insiste nos erros só porque odeia ser contrariada
REYNALDO ROCHA
Ninguém gosta de ser contrariado. É da natureza humana. Mas é também
humano reconhecer que a contrariedade pode servir de alerta e, mesmo
indesejada, oferece uma chance de repensar a própria vida.
Dilma odeia ser contrariada. A psicanálise explica. O sentimento de
menos valia (neste caso não é só sentimento) transforma em ofensa uma
opinião contrária, mesmo que baseada em fatos.
Quem admite ser marionete de um presidente que não desencarna sabe
que é uma figura menor. Isso talvez explique a reação de Dilma a
qualquer discordância.
Exemplos? É por isso que Dilma mantém Guido Mantega no posto de czar
da economia do Brasil. O ministro sem nenhuma credibilidade,
indispensável a quem exerce tais funções o de quem ocupa a função, erra
10 em 10 previsões. E erra 11 em 10 decisões. Mas permanece no cargo.
Mantega é ministro da revista inglesa The Economist. Não de
Dilma, que se recusa a demiti-lo para mostrar que tem força e não se
dobra a uma publicação estrangeira. Mantega só continua ministro porque
Dilma odeia ser contrariada.
O que a ministra Maria do Rosário faz no governo, além de envolver-se
em episódios que causam desconforto até à presidente? Uma fábrica de
asneiras e provas de incompetência expostas diariamente.
Não se conhece
uma única ação (nem mesmo uma declaração) da senhora Rosário que tenha
alguma relevância. É provável que até companheiros de partido pensem
assim da boquirrota que não mede o que diz por não ter neurônios para
pensar no que dizer.
É movida pelo desejo ardente de ser caninamente
fiel à presidente, embora exponha o governo ao ridículo toda vez que
abre a boca.
Como cada ação de Maria do Rosário corresponde a uma onda de
contrariedade, Dilma não a afasta do emprego. A gerentona não admite
interferência. Só de Lula. Nesse caso, são ordens.
Não haveria mudanças notáveis se o ministério que cuida dos Direitos
Humanos fosse transferido das mãos de uma desequilibrada para o deputado
Marcos Feliciano, que preside a comissão parlamentar encarregada do
mesmo assunto porque o PT apoiou a indicação do pastor.
Um movido pelo fundamentalismo pseudo-religioso, outra pela
subserviência xiita que a tornou uma ministra-bomba, ambos se igualam em
irresponsabilidade e incompetência.
Dilma precisa entender que, se ninguém gosta de ser contrariado,
ninguém suporta ser ofendido. A permanência de Maria do Rosário é uma
ofensa a todos nós.
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