COPA DO MUNDO
Simples assimA presidente Dilma Rousseff, conforme a matéria Jogo de cena entre Dilma e Blatter (24/1, A21), declarou que "estádios são obras relativamente simples". De qual cartola ela tirou isso? Muito mais simples são as obras do Minha Casa, Minha Vida, que trincam, vazam e despencam pouco tempo depois de entregues. Mais uma vez a presidente perdeu a oportunidade de se calar.
CLÁUDIO MOSCHELLA
arquiteto@claudiomoschella.net
São Paulo
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Dilma tem razão: erguer estádio é obra simples. Difícil e complicado é dar saúde, educação e segurança ao povo, o que ela não fez, não faz e decerto nunca fará.
ARNALDO DE ALMEIDA DOTOLI
arnaldodotoli@hotmail.com
São Paulo
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País do faz de conta
Era uma vez um país que pretendia sediar e fazer a chamada "Copa das
Copas". E tinha tudo para fazer dar certo, menos uma coisa:
infraestrutura. Quem quiser que conte outra.JOSÉ MARQUES
seuqram.esoj@bol.com.br
São Paulo
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Tristes jogos
Que tristeza, não tem mais jeito: teremos Copa - e também Olimpíada
- no Brasil. Tristeza por saber que os custos serão enormes para um
país de pobres e com muitas outras prioridades. Mas mesmo assim vamos
sediar eventos desnecessários e que servem tão somente para fins
eleitoreiros. Dá para entender as motivações dos megalomaníacos, dos
trabalhadores e dos atletas. O que não dá para entender é a população,
que ficará com o ônus e nem sequer chia. Não são só os grandes eventos
que promovem um país. Trabalho, educação e seriedade falam mais alto.SÉRGIO BARBOSA
sergiobarbosa@megasinal.com.br
Batatais
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Legado
Sete anos falando em Copa do Mundo,
construção de estádios e empurrando todo o resto com a barriga. Está aí
o "legado da Copa": enchentes ao primeiro sinal de chuva. Continuem
votando no PT (Perda Total)!RICARDO SANAZARO MARIN
s1estudio@ig.com.br
Osasco
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GESTÃO HADDAD
Enchentes
O nobre prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Malddad, quer eximir-se de responsabilidade e imputá-la ao contribuinte espalhando placas pelos locais de alagamento: "Se você sofrer problemas com enchentes, eu aviso que o problema é seu!".
MILTON BULACH
mbulach@gmail.com
Campinas
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Chuva, lixo e vandalismo
Queimam-se ônibus, mas se joga muito lixo na rua. Deveriam protestar de
forma civilizada contra as milionárias obras paradas de combate a
enchentes - nos Córregos Moenda e Pirajuçara -, abandonadas pelas
empreiteiras, na região de Campo Limpo e Capão Redondo, bairros
duramente afetados pelas fortes chuvas. O que o Ministério Público sabe
sobre essas obras? Aliás, o contrato bilionário da Prefeitura com as
empreiteiras de coleta de lixo e varrição, da administração anterior,
mas mantido pela gestão Fernando Haddad, é a maior prova de que quase
nada mudou. A cidade continua suja e a Amlurb finge que fiscaliza.DEVANIR AMÂNCIO
devaniramancio@ig.com.br
São Paulo
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INSEGURANÇA PÚBLICA
ViolênciaO País está entregue à bandidagem, 90% dos noticiários da TV são de casos de violência! Quando é que a presidente Dilma vai tomar alguma providência? O Executivo nem se pronuncia nessa área. As pessoas têm medo de sair de casa e circular nas ruas. Várias pesquisas já foram feitas demonstrando este terrível fato. É essa a imagem que a presidente quer que o Brasil tenha?
VIRGINIA A. BOCK SION
vickybock@hotmail.com
São Paulo
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Trabalho social
Se considerarmos o noticiário diário, parece que São Paulo está
inteiramente tomada pelos bandidos, mas não é bem assim, os malfeitores
ocupam alguns bolsões, comunidades. O que acontece é que atualmente
gozam de enorme mobilidade. Aqui, no Butantã, estamos sentindo que nas
favelas do bairro uma nova geração de bandidinhos está vindo para
substituir os antigos, que se regeneraram, morreram ou foram presos. É
sintomático o aumento da violência em torno da USP, que é vizinha da
Favela San Remo. Também nas imediações da Avenida Giovanni Gronchi todos
sabem que a fonte das ocorrências policiais é a Favela Paraisópolis.
Então é necessário realizar nesses e em outros locais semelhantes um
profundo trabalho social para preparar profissionalmente as novas
gerações e mostrar-lhes que a honestidade vale a pena. A polícia,
principalmente a Civil, deveria deixar um pouco seu trabalho meramente
cartorial e se envolver mais em ações de inteligência para identificar e
prender os que já estão envolvidos na criminalidade.NESTOR R. PEREIRA FILHO
rodrigues-nestor@ig.com.br
São Paulo
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Meritocracia na polícia
Tendo sido policial por 35 anos e me sentindo nesse período não como
membro da polícia, e sim como servidor público, sou totalmente favorável
ao reconhecimento do mérito, não só no trabalho policial, mas em todas
as atividades. Entretanto, e considerando que o labor policial está
sustentado em três aspectos fundamentais - recursos materiais, recursos
humanos e comunicações -, como premiar o policial operacional que está
na linha de frente sem esquecer aquele que cuida dos recursos materiais,
das comunicações, etc.? Não é possível o operacional atingir um
determinado resultado sem o apoio de quem exerce atividades
administrativas. Sem munição, sem viatura, sem algemas, sem o serviço de
inteligência, sem a perícia e os seus laudos não é possível que ele
tenha resultados. Assim sendo, é fundamental que todos os que dão
suporte sejam também contemplados no reconhecimento monetário da
melhoria dos índices.JOSÉ RENATO NASCIMENTO
jrnasc@gmail.com
São Paulo
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MAIS MÉDICOS
Abra o olho, PadilhaO ministro da Saúde, em vez de importar médicos, deveria ter uma conversa com o ministro Mercadante, da Educação, e resolver o problema que se tornou o Fies (programa federal de financiamento ao estudante) para os cursos de Medicina. Parece que as faculdades "vendem" o programa aos vestibulandos, mas, na prática, não "entregam".
JOSÉ SEBASTIÃO DE PAIVA
jpaiva1@terra.com.br
São Paulo
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COPA 2014
Dilma Rousseff garantiu em Zurique, na sede da Fifa, que fazer estádio "é relativamente simples" e que o Brasil vai estar pronto para receber a Copa do Mundo
de 2014. Se é assim tão simples, a presidente poderia esclarecer por
que os gastos foram exorbitantes, sendo esta Copa a mais cara de todas?
Muitas das obras estão atrasadas, quando não paralisadas, então é de
perguntar quanto dinheiro ainda vai rolar para finalizar essas obras,
ditas "relativamente simples"?Aparecida Dileide Gaziolla
aparecidagaziolla@gmail.com
São Caetano do Sul
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A 'COPA DAS COPAS'
Em tempo de Oscar nada mais sugestivo do que a manchete "Jogo de cena
entre Dilma e Blatter" ("Estadão", 24/1, A21). Produção milionária, a
"Copa das Copas", iniciada em 2007, poderá render ao Brasil a primeira
estatueta da Academia de Hollywood. A fita consumiu, até onde se sabe,
R$ 10 bilhões, será exibida em apenas um mês e já garantiu aos "furbos"
produtores US$ 4 bilhões antecipados. Poderia ser indicado como melhor
filme, porém o título preferido, "Trapaça", já havia sido escolhido por
outro diretor. Nunca chegamos tão perto de abiscoitar uma estatueta.
Portanto, os artistas indicados não se assustem, no dia do show de
entrega dos prêmios, se o apresentador chamar ao palco, com a célebre
frase "the Oscar goes to" Dilma Rousseff, como melhor atriz, e Joseph
Blatter, melhor ator coadjuvante.Sérgio Dafré
Sergio_dafre@hotmail.com
Jundiaí
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ATRASO NA ARENA DA BAIXADA
O nome por si só é sugestivo: Arena da Baixada. Ou melhor, está na
baixada e não deve sair de lá tão cedo. Meu avô (Alfredo Labsch), um dos
fundadores do Coxa, lá do alto deve estar dizendo "se tivessem dado a
honra de nós, os coxa brancas, construirmos o estádio para a Copa, este
já estaria pronto, concluído, com jogos já efetuados", "mas, quem sabe o
CAP o consiga.Hans Dieter Grandberg
h.d.grandberg@terra.com.br
Santos
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FRANCESAS
O saudoso Emílio Santiago cantava a bela música "Verdade Chinesa".
Quanto às verdades francesas, há que se fazer uma reflexão. Charles de
Gaulle sugeriu que o nosso país não era sério e Jérome Valcke disse que
os organizadores da Copa do Mundo
2014 precisavam levar um chute no traseiro, por causa da desorganização
e da falta de planejamento. Quanto à declaração do general e estadista,
há dúvidas de que a frase foi realmente dita e, felizmente, existe
muita gente séria no País. Quanto à contundente declaração do
secretário-geral da Fifa,
parece não haver dúvidas, ou seja, o que está acontecendo com a Arena
da Baixada (PR) põe por terra a indignação que alguns políticos
demonstraram à época da afirmação. Seria pertinente que essas mesmas
"autoridades" pedissem desculpas ao sr. Jérome e tentassem minimizar o
absurdo de ter sete anos para administrar a empreitada e não darem conta
do recado.Gabriel Fernandes
gabbrieel@uol.com.br
Recife
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UM BELO DESAFORO
A Fifa
declarou um lucro de R$ 10 bilhões durante a Copa do "Submundo" que
talvez seja realizada no Brasil. Enquanto nosso país padece de educação
séria, saúde de qualidade e, principalmente, segurança pública, o
governo isentou esta entidade do pagamento de R$ 1 bilhão em impostos.
Porém nem tudo é prejuízo, porque a Fifa
vai doar R$ 200 milhões como esmola a algumas entidades. É mais ou
menos como a piada do homem que se escondeu dentro do guarda-roupa para
bater no conquistador e nada fez, e quando o tarado foi embora a mulher
ficou revoltada com o marido, que tinha sua justificativa: "Não conta
prá ninguém, mulher, mas eu mijei na botina dele. Vocês queimam a minha
cara gorda de vergonha".Manoel José Rodrigues
manoel.poeta@hotmail.com
Alvorada do Sul (PR)
*
PROTESTOS DURANTE A COPA
De acordo com o manual de conduta das tropas de choque, que está sendo
elaborado pelo Ministério da Justiça, bombas de gás lacrimogêneo e balas
de borracha deixarão de ser utilizados como repressão e passarão a ser
utilizados como proteção, tanto aos militares como aos participantes das
manifestações de protesto. É mais uma propaganda enganosa do governo em
relação à chamada repressão "antidemocrática".Roberto Twiaschor
rtwiaschor@uol.com.br
São Paulo
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AS ÁGUAS E A INÉRCIA DOS GOVERNOS
As águas estão fora do controle. Depois de um janeiro mais seco que os
anteriores, picos de chuva que trouxeram pânico, destruição, sofrimento e
mortes. As autoridades, mais uma vez, fazem estatísticas, previsões e
promessas. Tudo igualzinho nos anos anteriores. O diferente é que agora,
indignada, a população começa a protestar violentamente, queimando
ônibus e fechando o trânsito em vias de grande circulação. E, da mesma
forma que não há providências para os problemas, também não ocorrem
consequências para as manifestações, que se ampliam como numa terra de
ninguém. É inadmissível, num país com tanta lei e norma para
edificações, vermos edifícios que caem, construções sem fiscalização e
vias que inundam em todas as chuvas e o prefeito não busca uma solução.
Tudo ocorre porque o governante usa o dinheiro público para fins
políticos e eleitoreiros e, com isso, deixa de cumprir a legislação e as
normas técnicas. Melhor do que partir para a violência e o confronto,
seria o povo recorrer ao Ministério Público, apontando seus problemas e
exigindo providências. Se o Ministério Público ampliar suas ações e
forçar os administradores a assinarem TACs (Termos de Ajustamento de
Conduta), a exemplo do que tem sido feito para o tratamento dos esgotos,
num tempo não muito longo poderão acabar as enchentes, os desabamentos
de obras e outras inconformidades resultantes, na maioria das vezes, da
inércia (e até da corrupção) dos governantes e dos setores encarregados
da fiscalização. Para cumprirem suas finalidades, as leis e normas não
podem ficar apenas no papel...Dirceu Cardoso Gonçalves
aspomilpm@terra.com.br
São Paulo
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E AQUELE BRASIL, LULA?
O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de cortar as projeções para
o crescimento do Brasil em 2013 e 2014, conforme relatório divulgado na
terça-feira (21/1). A expectativa anterior era de que o País crescesse
2,5% e 3,2% em 2014 e 2015. Foi, agora, reduzida para 2,3% e 2,8%,
respectivamente. Brasil e Rússia tiveram piora nas projeções. Em sentido
oposto, o FMI elevou perspectivas para China e Estados Unidos, as duas
grandes locomotivas da economia mundial. As projeções para a economia
global são de crescimento de 3,7% em 2014 e de 3,9% em 2015, levemente
superiores às perspectivas anteriores, assim diz o fundo. O crescimento
dos emergentes é bem superior ao da média global - e o Brasil é um
emergente. Todavia, um emergente com "as pernas mancas", como admitiu,
num raro rasgo de sinceridade, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De
fato, todos os indicadores mostram que aquele discurso do Brasil
Maravilha do "nunca antes na História" martelado dia sim, dia também em
discursos grandiloquentes pelo ex-presidente está com prazo de validade
vencido e seu destino parece ser a lata do lixo da História. Mas o pior
nem é isso: é saber que os responsáveis por esse absurdo atraso em que
estamos vendo o País mergulhar têm amplas chances de seguir dando as
cartas na República por mais quatro anos, a partir de 2015 - e pela
vontade popular! Haverá fôlego para suportar tanta mediocridade?Silvio Natal
silvionatal49@gmail.com
São Paulo
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PERDA DE INVESTIMENTOS
Após a observação do conceituado jornal "Financial Times", que publicou
que o Brasil perdeu quase US$ 285 bilhões em investimentos estrangeiros
nos últimos três anos, que nome poderíamos dar a esse derretimento dos
investimentos? Seria efeito Dilma, efeito poste, herança maldita de Lula
ou simplesmente Mantega derretida?Ronaldo Gomes Ferraz
ronferraz@globo.com
Rio de Janeiro
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DEUS E O DIABO
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que os juros elevados
afetarão o crescimento. Não há por que se preocupar por enquanto. Até a
data da eleição dona Dilma e sua turma farão o diabo para que a
população não perceba a fria em que estão nos metendo. Depois do dia 5
de outubro, se os brasileiros se deixarem enganar de novo, aí, sim, será
um Deus nos acuda...Victor Germano Pereira
victorgermano@uol.com.br
São Paulo
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PIADA DO CRESCIMENTO
Num ano definido pelos especialistas como atípico para o Paraguai, em
2013, a economia do país se descolou da brasileira, à qual
tradicionalmente é ligada, e registrou um crescimento muito maior do que
o do Brasil. Segundo relatório do Banco Mundial, o Paraguai teve, no
ano passado, o terceiro maior crescimento econômico do mundo: 14,1%. O
Brasil, no mesmo período, cresceu 2,2%. Isso só pode ser piada, pelo
potencial do Brasil e do Paraguai, ou incompetência de Mantega, que só
fala e faz besteiras. Durma-se com um crescimento desses...Antonio Jose Gomes Marques
a.jose@uol.com.br
São Paulo
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OBSTÁCULOS
Para citar apenas três setores vitais da economia do Brasil abençoado
por Deus e bonito por natureza, cerca de 40% (!) da água tratada é
desperdiçada por deficiências na infraestrutura das redes de
distribuição. Na energia elétrica, perde-se 10% da produção por mau uso,
com lâmpadas acesas sem necessidade. Na agricultura, 10% da safra de
grãos fica pelo caminho devido à falta de silos de armazenamento
adequados, à má conservação das rodovias e ao uso de veículos
desabilitados para o transporte. A falta de planejamento e de
investimentos de longo prazo dos governos, bem como a corrupção
generalizada que assola o País, desviando o grosso dos recursos públicos
necessários para a melhoria de suas condições básicas, fazem com que,
infelizmente, o Brasil continue a ser "o país do futuro" que nunca
chega. Até quando?!J. S. Decol
decoljs@globo.com
São Paulo
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OS RUMOS DA ECONOMIA BRASILEIRA
Embora não tenha sofrido maiores consequências com o abalo sistêmico
ocasionado pelo estouro da "bolha imobiliária" em outros países - nações
estas que possuem resistência bem maior a crises que o Brasil, diga-se
de passagem -, o governo brasileiro vem tomando medidas que tendem a
conduzir para os mesmos destinos. Se, por um lado, a oferta de crédito
imobiliário teve, em 2013, aumento aproximado de 34%, atingindo mais de
49 bilhões apenas no primeiro semestre; por outro, deve-se sopesar que a
inserção de mais capital na economia conduz, diretamente, a expansão
dos índices inflacionários - que já atingem gravemente setores como o
alimentício, e cuja previsão é de sucessiva piora. Além disso, foi
induzido o crescimento de uma bolha imobiliária que já apresenta sinais
comprometedores de inchaço: os preços dos imóveis apenas dilatam, e
chegam, em alguns casos, a níveis desproporcionais - conduzidos pela
desmedida procura de mercado. Se, por um lado os dados apontam a queda
nos índices de desemprego, levando a uma comemorada "mínima histórica";
por outro, cresce o número de pessoas que ocupam, hoje, o quadro dos
inativos - aqueles que não trabalham, nem desejam trabalhar. De acordo
com informações do IBGE, o número de inativos aumentou em 126 mil, de
outubro para novembro de 2013. Não se pode perder de vista também que a
inflação é o fio condutor principal dos reajustes salariais - que, a
propósito, raramente cumprem os fins de compensação a que se destinam, e
forçam, consequentemente, a perda de poder de compra, pela população.
Comprando menos, vende-se menos. E produz-se menos. Desestimulado, o
setor secundário da economia tende a retrair, levando a desemprego. Em
dois anos, cerca de 200 mil postos de trabalho do setor industrial - que
é essencial para a manutenção de uma economia ascendente - foram
fechados. Com o aumento do desemprego, aumenta também o inadimplemento
em virtude dos débitos imobiliários contraídos. A dívida força, então, a
venda dos imóveis recém-adquiridos, e a oferta massiva leva ao estouro
da bolha, com rápida e fulminante desvalorização dos preços dos imóveis,
que haviam sido comprados a valores exorbitantes, quando a "bolha
imobiliária" ainda se sustentava. Toda essa conjuntura conduz a iminente
crise econômica. Apesar do desnorteamento na tomada de medidas e
controle dos recursos públicos, o governo arrecadou em 2013, em
impostos, o montante de 1,7 trilhão de reais. Some-se isso ao fato de
que a dívida pública bateu recordes, voltando a ultrapassar 2 trilhões
de reais. A melhor saída para evitar que consequências funestas
sobrevenham à economia brasileira é a tomada de medidas que voltem a
reativar intensa participação dos setores primário e secundário, na
economia; e o aumento da oferta de efetivo emprego - com políticas de
diminuição de inativos e estímulo à produção. Além disso, providências
de proteção à moeda e incentivo aos investimentos podem ser apropriadas,
se acompanhadas de controle e maior critério na concessão de crédito
financeiro. Ao contrário do que a presidente Dilma afirmou em seu
discurso de final de ano, os fatos estão postos e os dados são claros: a
guerra não é "psicológica" nem irreal. Agir com precaução, definindo os
pontos de reparo não é "mergulhar em pessimismo". Expostos os sintomas
negativos, o tratamento contra a moléstia econômica que se avizinha deve
ter início imediato. Do contrário, poderá ser tarde demais para tentar
remediar.Juvencio Almeida
juvencio.almeida@hotmail.com
João Pessoa
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A VERDADE SEMPRE APARECE
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) acaba de
divulgar números sobre mercado de trabalho que somente a crônica surdez
do Planalto não admitia. Em 2013, apenas 1,1 milhão de empregos foi
criado no País. E se levarmos em conta que por ano 1,8 milhão de jovens
atingem a idade para entrar no mercado de trabalho, por si só o déficit
de criação de empregos é desastroso. Esse é o resultado do artifício da
soberba, populismo, e imaturidade administrativa da Dilma. Em que seu
destrambelhado governo, por mais que se esforce, jamais será capaz de
esconder a realidade dos fatos, como dos equívocos na condução da nossa
economia. Apesar das advertências dos nossos especialistas em
macroeconomia e administração pública, que há muito, e quase que
diariamente, através do importante espaço da nossa imprensa
generosamente vem oferecendo ao governo sugestões para que se corrijam
os graves erros estruturais que a equipe econômica com aval da
presidente vem cometendo. Além, lógico, das desprezíveis traquinagens
contábeis que vêm tirando o sono e a confiança do investidor. E o placar
a olho nu é este dos PIBs que não passam dos 2%, déficit fiscal nas
alturas, investimentos abaixo do mínimo ideal, entre outras debilidades.
Agora, para coroar o estrago, a dolorosa conta de que foi criado o
insuficiente 1,1 milhão de empregos em 2013. Qual será a próxima
decepção?Paulo Panossian
paulopanossian@hotmail.com
São Carlos
*
2013
O ano de 2013 terminou, para sorte de dona Dilma. A criação de empregos
foi a pior dos últimos 10 anos. Nem é preciso ser pessimista, afinal, o
que foi bom em 2013? As previsões para 2014 não são nada alvissareiras,
justamente no ano das eleições. Reeleição, nem pensar. A inflação em
alta, PIB em baixa, gastos públicos nas alturas e maquiados, "rombo" na
Previdência Social, Petrobrás literalmente no fundo do poço (nada que
ver com o pré-sal) são as notícias que lemos diariamente. Aonde vamos
chegar? Será que ainda vai ser pior?Maria Teresa Amaral
mteresa0409@2me.com.br
São Paulo
*
CRISE E DESEMPREGO
Não sejamos tolos em relembrar que uma das hipóteses sobre o advento da
crise econômica de 2008 era de que esta teria sido "planejada" por
banqueiros. 202 milhões de desempregados vítimas da "trapaça" assistem a
1% da população deter 50% do PIB mundial. Pior! As 85 maiores fortunas
do mundo acumulam renda equivalente à de 3,5 bilhões de pessoas.
Acreditem, a distribuição de riqueza não vai mudar. Um sistema monetário
gerido por bancos centrais inevitavelmente padecerá de crises
financeiras recorrentes. Serão salvos pelos governos corruptos e a
população pagará caro sempre. Até o dia em que os governos sejam
completamente retirados do negócio de fabricar dinheiro. A ética do
enriquecimento deveria, portanto, ser esta: "Não roubarás!", ao invés de
ser "não roubarás, exceto pelo voto da maioria". O mundo está nos
ensinando. E o Brasil, no quesito roubalheira, aprende e contempla tudo
rapidamente! Quem nos salvará?Rafael Machado Cury
machadocury@gmail.com
São Paulo
*
O PIB MUNDIAL
É inaceitável que apenas 1% da população controle 50% do PIB mundial. É
a exata medida da desigualdade, injustiça, exclusão e da péssima
distribuição de renda no planeta na época em que vivemos. Por aí se vê o
processo de "brasilização" do mundo, que vai se tornando cada vez mais
desigual e injusto, com o aumento da concentração de renda e do fosso
entre ricos e pobres. Sabemos que outro mundo é possível, com justiça,
solidariedade, inclusão e ética. Hoje, no mundo, os grandes grupos
econômicos colocam o Estado para agir em seu benefício e não no do povo.
É preciso uma revolução mundial e planetária para que se derrube um
sistema político, social e econômico falido, cruel e desumano que só
beneficia os ricos e poderosos e que permite a exploração e submissão da
imensa maioria das pessoas.Renato Khair
renatokhair@uol.com.br
São Paulo
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A PRODUÇÃO DA PETROBRÁS
Vem sendo noticiado na grande imprensa que a Petrobrás triplicará a
produção até 2035, daqui a 21 anos! Projeção impossível de fazer e
declaração ridícula. No longo prazo estaremos todos mortos. Se o governo
deixasse de usar politicamente a Petrobrás, a nossa Petrobrás, ela
triplicaria a produção em muito menos tempo. Ocorre que o PT pensa que a
Petrobrás é deles. No momento, até álcool está importando dos Estados
Unidos. É o mesmo que importar jabuticaba!Paulo Roberto P. Santos
prsantos1952@bol.com.br
Niterói (RJ)
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O ETANOL NO BURACO
Montadora chinesa se instala no Estado de Sao Paulo. Ao mesmo tempo,
indústria quase que centenária como a Dedini - sucroalcooleira de base,
enfrenta greves por atraso em pagamentos a seus mais de 2 mil
funcionários e fornecedores. Dado a este contexto, a metalurgia de
Piracicaba, dependente exclusivamente da Dedini, enfrenta grave crise de
ociosidade e, consequentemente, financeira também. Situação que põe em
risco empregos e, dada a sua importância, uma região do Estado de São
Paulo. Há toda uma série de fatores que hoje privilegiam o setor
automobilístico, tornando-o atrativo até em momentos adversos da
economia. Já o setor alcooleiro de base amarga prejuízos de uma política
de preços artificiais aplicados ao setor de combustível pelo governo
federal que minimiza o uso do etanol como combustível viável na maioria
dos Estados brasileiros. Essa política artificial de preços inviabiliza
também o repasse de custos inflacionários e cambiais crescentes. A
Petrobrás tem o governo para tirá-la do buraco em que se encontra, já
para as empresas privadas o benefício potencial não se nivela ao obtido
pela estatal. Empresas referência brasileiras merecem nossa atenção e
nosso apoio.Sergio Holl Lara
jrmholl.idt@terra.com.br
Indaiatuba
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'ETANOL - UM BECO SEM SAÍDA'
"Etanol - um beco sem saída" (artigo de Xico Graziano em 21/1, A2) é
uma formulação sofista e eufemista. A situação foi criada "por vontade
política" de Lula para enganar a percepção pública da realidade da
inflação. Prejudica a Petrobrás e a indústria sucroalcooleira, a
cogeração com queima do biocombustível bagaço de cana, o investimento em
renovação e em novas de centrais de geração, destrói oportunidades de
trabalho e, portanto, prejudica o PIB, a arrecadação de impostos e as
balanças comercial e de pagamentos. A subvenção ao preço da gasolina
também pesa no orçamento. O eufemismo está na limitação da apresentação
das consequências funestas, em especial para a economia do Estado de São
Paulo. Sofista é a insinuação da dificuldade de solução. Basta voltar à
verdade dos preços.Harald Hellmuth
hhellmuth@uol.com.br
São Paulo
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CHEIRANDO MOFO
Décadas se passam e as autoridades passam discorrendo sobre o déficit da Previdência Social da iniciativa privada (RGPS), e que não passa de um imbróglio da Constituição de 1988, em que somam-se os que contribuem com os que não contribuem, com os que se beneficiam de renúncias previdenciárias por serem exportadores do agronegócio ou por serem clubes de times de futebol, ou ainda micro empresas. Têm ali, ainda, casos típicos que a todo ano ouvimos dizer que é necessário regulamentar e não surge um competente a fazê-lo: como o chamado "fenômeno" das novas viúvas, ou a perenização de benefícios através de casamentos de beneficiários idosos com moças jovens que herdarão o benefício. Há décadas se fala disso no Brasil, golpe tanto praticado no RGPS quanto no RPPS do serviço público, e ninguém regulamenta os regimes, como o é em qualquer republiqueta de bananas, onde existe a carência mínima de cinco, dez ou até quinze anos de convívio (casamento). Além de idade mínima para que o cônjuge possa fazer jus a herdar o benefício. Tudo isso além de considerar se o casal possui filhos menores de idade também. Acidente de trabalho: aqui uns chegam a cortar o dedo para se aposentar, e outros, que nunca trabalharam, recebem "auxílio para detentos" pelo RGPS tendo feito apenas uma única contribuição, e ironicamente recebem mais do que aqueles que trabalharam e contribuíram por mais de três ou quatro décadas. Como assim? Antes da sentença proferida o gatuno e nos "conformes" judiciais brasileiros não é culpado de nada, podendo assim se inscrever e fazer sua única contribuição ao INSS, isso se não contribuiu nos últimos seis meses, trata-se do bilhete da sorte - quase R$ 1 mil por mês e com direito a 13.º salário, pagos por você contribuinte que ainda é chamado de causador do déficit da Previdência Social do Brasil.
Oswaldo Colombo Filho
colomboconsult@gmail.com
São Paulo
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PROTESTAR CONTRA O QUÊ?
Os aposentados brasileiros devem estar tendo a vida que pediram a Deus,
pois, na sua data comemorativa (24/1), ninguém fez protestos contra o
assalto em seus benefícios, e o sistema público de saúde também deve
estar dando um atendimento padrão Fifa. Reclamar do que, não é mesmo?Ademar Monteiro de Moraes
ammoraes57@hotmail.com
São Paulo
*
O EMBLEMÁTICO CASO DA PREVI
Um fato ocorrido neste mês de janeiro, que afetou um contingente
considerável de pessoas, deixou nítidas as perspectivas sombrias que
rondam a nossa já cambaleante economia, assolada por seguidas quedas da
Bolsa de Valores, visível diminuição da atividade industrial, inflação
descontrolada, gastos improdutivos da parte do governo que visa apenas à
sua continuidade no poder; e por aí vai. A Caixa de Previdência dos
Funcionários do Banco do Brasil (Previ), concebida por servidores do
banco, em 16 de abril de 1904, com o escopo de assegurar aos seus
participantes uma complementação dos proventos ao se aposentarem, para
cobertura da diferença entre o que a previdência pública lhes pagava e o
montante de seus ganhos quando na ativa; o custeio era feito mediante
generosa contribuição de mais de 10% sobre tudo o que do Banco recebiam,
cabendo a este igual participação. Com maciça adesão do funcionalismo,
então facultativa, com o passar do tempo tornou-se obrigatória a
inscrição para os novos funcionários. Historicamente bem administrada
pelos próprios segurados, na quase totalidade da sua vitoriosa
existência - à exceção são os últimos anos -, ela construiu um invejável
patrimônio e é hoje considerada o maior fundo de previdência privada da
América Latina e o 3.º do mundo, um inquestionável gigante. O seu
crescimento se deu não só pelo valor das contribuições dos funcionários e
do banco, mas, sim, de forma incomensurável por inteligentes
participações em empresas colossais (entre elas a hoje incrivelmente
combalida Petrobrás e a Vale do Rio Doce, em boa hora privatizada na
gestão FHC), como também em produtivas aplicações no mercado acionário.
Por força disso, vinha apresentando um superávit bilionário que a levou,
há sete anos, a isentar os aposentados, entre os quais me incluo, das
contribuições regulamentares. Em vista do constante e significativo
aumento do superávit e, apesar de o Banco do Brasil dele ter abocanhado
parcela considerável, a Previ resolveu, em 2010, distribuí-lo
mensalmente aos participantes, na forma de um Benefício Temporário
(BET). Argumentando que as rendas advindas das suas participações e
aplicações já apresentam sensível diminuição, alcançadas pela
indisfarçável queda da atividade econômica no País, cujos índices,
apesar de acintosamente manipulados pelo governo, estão aí para quem
quiser ver, resolveu a Previ cancelar a isenção das contribuições dos
participantes e suspender o pagamento do BET, já a partir deste mês de
janeiro, visando a resguardar a saúde financeira da instituição e
assegurar a continuidade do pagamento da complementação ("que se vão os
anéis, mas que fiquem os dedos"), posto que, no seu entender, a queda da
sua receita colocou em xeque a continuidade do superávit. Apesar de,
como tantos outros colegas, sofrer uma não desprezível diminuição nos
meus proventos, não discuto a justeza da resolução. O que me incomoda e
me preocupa é a possível continuidade dessa "administração"
incompetente, deletéria, desonesta, corrupta, que o lulopetismo vem
impingindo a este país que, não fosse por esse infortúnio que o está
levando, a passos largos, para o abismo - os fatos estão diariamente na
mídia -, teria tudo para ser próspero. As inacreditáveis pesquisas de
intenção de votos aí estão para dar razão ao meu pessimismo, a mostrar
que aqueles que alienaram a sua consciência em troca de bolsas esmola e
outras prebendas, não vão dar-se conta de que, ao escolherem por nós, na
sua cegueira voluntária, nos levarão, de braços dados com eles, ao
fundo do poço. O caso da Previ que relatei acima é uma cabal
demonstração do que poderá vir por aí. Precisamos do surgimento de um
líder corajoso, descompromissado com essa corja de políticos mal
intencionados e que faça uma feroz e vitoriosa oposição a esse
desgoverno. "Elles" estão "fazendo o diabo" e, se Deus ainda for
brasileiro, será nossa última esperança.Rubens Guiguet Leal
rubensgleal@uol.com.br
Americana
*
PEC 308/2008
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 308/2008, com o apoio de 125
deputados, está à espera de solução. Trata-se de militares do Estado e
da Federação que, quando em cargo eletivo, aposentam compulsoriamente
(inciso I e II do parágrafo 8.º do artigo 14 da Constituição federal),
trazendo prejuízos aos próprios servidores e ao País, pois tanto o
Estado quanto a Federação gastam com esses servidores em escolas de
soldados, cabos, sargentos, oficiais, além de outros cursos técnicos ou
de aperfeiçoamento. Relembro, senhores deputados, esse pedido de justiça
existe desde 14 de agosto de 1995 ("O Estado de S. Paulo", página A2).
Até quando, senhores deputados, vamos esperar pelo que é justo e
perfeito? Até quando vão ficar dormindo em berço esplêndido da pátria
amada?José Messias da Silva
fhrc92@hotmail.com
Santana de Parnaíba
*
MOBILIDADE URBANA
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, está provocando uma revolução
no trânsito de São Paulo com a implantação das faixas exclusivas para
ônibus. Para complementar a mobilidade urbana, sugiro que, ao lado das
faixas exclusivas para os ônibus, acrescente também uma faixa exclusiva
para os diversos grupos que vão às ruas, pontes e vias marginais para
protestar e impedem que o trânsito circule livremente, tal como tem
ocorrido nos últimos dias.Claudio Juchem
cjuchem@gmail.com
São Paulo
*
PREFEITO LATA DE TINTA
A epopeia de um casal de paulistanos num domingo tranquilo: minha
mulher e eu, ambos acima dos 65 anos, tínhamos de ir para o bairro da
Consolação, e resolvemos fazê-lo de ônibus. Moramos no Alto da Lapa
(onde o prefeito pretendia um aumento de 35% no IPTU), a 50 metros de
casa passava um ônibus que nos atenderia perfeitamente, mas algum gênio
do transporte modificou o trajeto da linha, não nos serve mais. Como
resultado, tivemos de andar por uns 400 metros, subindo uma rampa de 37°
(tenho um aplicativo que mede essas coisas) para ir a outro ponto de
ônibus. Esperamos 15 minutos por um ônibus (chacoalhento) que nos levou à
Estação Vila Madalena do metrô, onde pegaríamos outro carro, que nos
levaria ao destino (Rua da Consolação). Depois de aguardar por mais de
meia hora, resolvemos mudar de tática, tomar o metrô, descer na Estação
Consolação e, de lá, tomar um ônibus até o destino. Resultado: gastamos 1
hora e 17 minutos para fazer um trajeto que leva, no máximo, 20 minutos
de carro (à noite, voltamos de táxi, levou 17 minutos marcados no
cronômetro). Se pintar faixa no chão resolvesse o problema do transporte
coletivo (sem aumentar o número e a qualidade dos veículos), a questão
estaria solucionada há muito tempo. Da próxima vez, irei de carro.Luis Carlos Kfouri
cacalo.kfouri@uol.com.br
São Paulo
*
TRANSPORTE PÚBLICO NA AGENDA
A agenda deste novo milênio não deveria ser o transporte público, que é
finito e está próximo à saturação, mas a acessibilidade da população
para as oportunidades que a metrópole lhes oferece. Ainda há a
possibilidade de usar a infraestrutura existente e alterar a lógica de
sua utilização para melhorar o desempenho, mas não se pode garantir o
"direito" de se morar em São Miguel e ir trabalhar em Alphaville.
Deve-se incentivar a moradia perto dos centros de negócios, promover um
leque de usos em pólos locais com moradias que atendam a um amplo
espectro de renda e ofertas de trabalho, serviços públicos, opções de
lazer e esportes, educação, etc.; com isso a demanda de viagens (que
serão mais curtas) pode ser mais bem equacionada e atendida.Corinto Luis Ribeiro
corinto@corinto.arq.br
São Paulo
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PARA A PUBLICIDADE TEM
O prefeito Fernando Haddad (PT), em seus pronunciamentos, alega sempre
que a falta de verba na Prefeitura pode paralisar seus projetos de
governo. A carência de verbas pode até haver, mas os gastos com
propaganda de sua gestão, que até o momento não mostrou a que veio, já
são destaques em horários nobres na mídia televisiva. Já está na hora de
repensarem essa política do "me engana que eu gosto", pois o dinheiro
do contribuinte não cai do céu.Francisco Zardetto
fzardetto@uol.com.br
São Paulo
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PROPAGANDA NEGATIVA
O ex-presidente Lula está reclamando da falta de divulgação dos feitos
de prefeito Haddad. Ele está enganado. Quanto menos divulgação, melhor,
são erros em cima de equívocos.Luiz Frid
luiz.frid@globomail.com
São Paulo
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