Carol Oliveira
Com um plenário lotado de tucanos, o Congresso Nacional comemorou, nesta terça-feira (25), os 20 anos do lançamento do Plano Real. A realização da sessão solene, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e outros idealizadores do plano, foi sugerida pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Pré-candidato à Presidência da República, Aécio deu tom eleitoral ao seu discurso, que durou quase dez minutos.
O senador defendeu conquistas do governo FHC e fez duras críticas ao governo Dilma. Afirmou que a gestão petista representa um risco à estabilidade do Real e ameaça trazer de volta a hiperinflação.
“O Brasil precisa de mudanças. Precisa derrotar nas urnas a mentira e os pactos de conveniência. Precisamos recuperar a confiança nas instituições e resgatar a perspectiva de prosperidade. Se fizemos isso uma vez, quando era praticamente impossível, precisamos fazer de novo”, discursou.
Aécio ressaltou que o PT foi contra a aprovação do plano econômico, que permitiu a estabilização da moeda e o controle da inflação, lançado ainda no governo Itamar Franco. “Nós o aprovamos sob a raivosa oposição do Partido dos Trabalhadores”, afirmou. Na época da criação da nova moeda, Fernando Henrique era o ministro da Fazenda.
A política econômica de Dilma também foi o principal alvo do discurso do tucano. Na tribuna, Aécio disse que o governo do PT trouxe de volta “monstros” que rondavam a vida dos brasileiros até o início dos anos 1990. “O Real inaugurou uma jornada em direção à estabilidade econômica. Agora a hiperinflação ocupa o nosso presente e ronda nosso futuro”.
O pré-candidato do PSDB ao Planalto levou ao plenário dados negativos da economia na gestão Dilma. Segundo o senador, o Brasil é hoje um dos países que menos crescem na América Latina. “Em 2012, o Brasil só cresceu mais que El Salvador. Em 2013, só venceu o Paraguai. Em 2014, a previsão é de que só deve crescer mais que a Venezuela. A verdade é que os 12 anos de governo do PT levaram o Brasil a estar mergulhado em desesperança, até a estabilidade da moeda está ameaçada”.
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