Nem tucano nem petista. Não houve “mensalão” tucano. Assim como não houve “mensalão” petista. Não se pode negar um sem negar o outro. Ou condenar um e inocentar o outro, como fazem alguns hipócritasNem tucano nem petista.
Não houve “mensalão” tucano. Assim como não houve “mensalão” petista. Não se pode negar um sem negar o outro. Ou condenar um e inocentar o outro, como fazem alguns hipócritas, jornalistas e juízes que, desgraçada e despudoradamente, assumiram inconfessáveis preferências partidárias; abandonaram os fatos e os autos para macular a toga, a magistratura e o jornalismo. Para, assim procedendo, estuprar a verdade e a Justiça.
Tá certo que, no salve geral do “jornobanditismo” organizado brasileiro, o caixa dois do PT tornou-se o “mensalão” petista”. Isso todos sabemos. Já o tucano foi eufemisticamente batizado de “mensalão mineiro”. Notou a “sutil” e conveniente distinção? Um é “petista”; o outro é “mineiro”. Sei...
Mais: o do PT foi “compra” de deputados; o do PSDB foi “financiamento de campanha”. Simples assim.
Somos todos incautos?! Ou somos todos hipócritas?
Ora! Sejamos honestos! Basta de parcialismo e/ou hipocrisia! Ambos são clássicos casos de caixa dois para financiamento centralizado de campanhas de partidos aliados!
É um absurdo condenar Eduardo Azeredo a vinte e poucos anos de prisão? Concordo. Mas não se preocupe, pois este dificilmente será julgado ou condenado – muito menos sofrerá achincalhes e linchamentos públicos diuturnos, cotidianos no horário nobre das TVs ou nas capas e nas manchetes dos jornais e revistas.
Porém, este importante político tucano de Minas terá que ser julgado pelo Supremo. Da mesma forma como foram julgados os petistas. Mas com direito à TV, teatral indignação e espalhafato? Convém duvidar.
O Supremo, na primeira e interminável etapa do julgamento da AP 470, desgraçadamente, fez “chacrinha”, mas não fez justiça.
Transformou suas herméticas e áridas sessões num triste e esdrúxulo espetáculo de auditório, para uma classe média conservadora, de duvidoso senso (e gosto) e cultura mediana, refestelar-se, inculta e bela, nas suas macias poltronas e cômodos sofás. “Tão somente” para condenar “exemplarmente” os líderes petistas.
Deplorável exemplo e “espetáculo” deu o STF na ocasião. Nobres e provectos juristas escandalizaram-se.
É um absurdo condenar Azeredo à prisão?! Assim como foi um absurdo condenar José Dirceu, Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha, cada qual com seu crime e castigo, por peculato, lavagem de dinheiro e... FORMAÇÃO DE QUADRILHA!!!
Esta última condenação então é o absurdo dos absurdos! Chega a ser inacreditável. Inaceitável! Remete-nos à obra de Franz Kafka, mas sem o aviso prévio e tranquilizador de que estamos diante de uma obra de ficção do gênio humano.
Absurdo! Reitero, com necessária e indignada ênfase. ABSURDO!
Condenar históricos líderes e referências do petismo e da política brasileira por peculato e lavagem de dinheiro pode até ser considerado, com muito boa vontade, vá lá, um viés de interpretação do magistrado, para uns; ou um suposto erro de avaliação/julgamento, para outros.
Ou – por que não? – até mesmo um excesso de rigor dos ministros da Corte que, na condição de juízes, viram crime onde delito havia.
Mas, cá entre nós, condenar por formação de quadrilha, repito, é ABSURDO, e, mais que isso, é gritante e aviltante injustiça, visto que, além de corromper os autos e os fatos, foge à lógica elementar e ao bom senso.
Quadrilha?! Faça-me um favor!!!
Vivemos num mudo de rábulas e verdugos?
A classe média, despolitizada, gorda e burra, bela e inculta terá conhecido finalmente o seu paraíso?
Vivemos num reinado de hipócritas?
Cabe-nos perguntar.
Cabe-nos perguntar ainda e por último: o que é afinal o Supremo?!
O Supremo é uma “muralha inexpugnável” que serve para zelar pela interpretação e aplicação dos ditames da Carta Magna; que serve para proteger os direitos dos indivíduos do arbítrio e desmandos do Estado e do poder econômico?
Ou é apenas uma canhestra cidadela do establishment, com suas masmorras inacessíveis e ar lúgubre, infecto, inacessível, incompreensível, cheio de sombras, onde se escondem vilezas, torpezas, hipocrisias e dosimetrias que utilizam pesos e medidas de flagrante incongruência, ao gosto do freguês da ocasião?
O Supremo terá, na próxima semana, portanto bem antes da tão esperada “folia momesca”, a oportunidade de se redimir de fragoroso e ignominioso erro histórico; de fragorosa e ignominiosa injustiça e, por que não dizer, maldade.
E assim, quem sabe, mostrar, para a sociedade brasileira, não somente para os correligionários do partido “x” ou “y”, que seus ministros, ao menos os mais honrados, virtuosos e humanos, não devem servir como heróis caricatos, como “Chacrinhas” e ou “chacretes” para desfrute e entretenimento de uma sociedade hipócrita, ou, tampouco, como meras máscaras a serem utilizadas pelos falsos virtuosos, os hipócritas, que pululam por aí, em eternos carnavais, nessa nossa sociedade farsesca, de duas faces e pouca moral.
Para que estes “heróis” de um triste e catártico espetáculo não mais se esbaldem em sua débil e fugaz alegria, que não mais se assumam e celebrem a sua mediocridade foliã apenas no carnaval – de qualquer maneira, a qualquer tempo.
Quem sabe um ou outro ministro, de
preferência um dos mais novos, imune aos vícios e pretensas virtudes
dos velhos, traga um pouco de luz àquela Corte de sombras?
Quem sabe um destes não diga para a
sociedade toda ouvir, agora, para valer, em caráter definitivo, em alto
e bom, a verdade que já não pode calar: que o país necessita de uma
reforma política URGENTE; que o financiamento privado
de campanhas manieta e criminaliza a política – pois as instituições, os
políticos, a mídia, os jornalistas, os promotores, o Judiciário
inclusive, são, muitas vezes, tratados como meros títeres do poder
econômico.
Pois a realidade, a verdade tarda,
mas chega. Algum dia. Por vezes, logo depois de breve “desconforto”, ou
mesmo ressaca de um “porre” de civismo, como nas Diretas Já.
Mas vem
acompanhada/seguida de irrefreável e libertadora alegria.
Pode até tardar, demorar aos olhos
e expectativas dos mais impacientes, mas sempre há de vir o sol, por
mais longa e tenebrosa que tenha sido a noite.
E, com ele, sempre chega a luz, que a tudo ilumina, esclarece, redime.
Como a inadiável, inconveniente e inexorável alvorada de uma quarta-feira de cinzas.
Comentários
Comentários em "A inadiável alvorada de uma quarta-feira de cinzas"Os comentários aqui postados expressam a opinião
dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247
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OK - entao vamos traduzir para o
portugues o que este senhor fala.
Primeiro ficar comparando dois crimes nao leva a lugar nenhum.
So reforca que dois bandidos da mesma familia deveriam estar presos. Como acusacao perfeito, mas se a intencao era defender alguem ...
Segundo, antes da politica vem a moral. Politica sem moral eh tirania.
Ou tudo vale desde que seja para o bem do partido? Pelo que vemos na Venezuela, apoiada pelo Foro de Sao Paulo, jah sabemos a resposta.
Terceiro, artigo 288 do codigo penal, afirma que uma comprovação de vinculo associativo estável de mais de tres pessoas para cometer crimes caracteriza o crime de formacao de quadrilha.
Quarto, o próprio estatuto do PT pune com a expulsão do partido quem for condenado e o partido preferiu ser conivente com o crime ao invés de seguir o estatuto, elevando a formação de quadrilha para o nivel institucional
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Tem gente ofendendo os animais por aqui. Calma pessoal, o Lula ainda não decidiu se voltará ou não.
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Lula Miranda é irmão do Daniel Dantas.
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Tambem acho que "foi um absurdo condenar
José Dirceu, Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha por ... FORMAÇÃO
DE QUADRILHA!!!", pois esqueceram o chefe, Lula! É um absurdo que
paguem sozinhos...
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Enquanto cheira o rabo da dilma e estica a
lingua pra lamber o cu do Rui Falcao este "colunista" e obrigado a
puxar o saco de Lula com apenas uma mao, visto que a outra esta esticada
para receber o capile da bolsa-blogueiro-sujo, diretamente da cota de
caixa 2 do Franklin Martins. Todos farinha do mesmo saco. Todos
ninguens, penas compradas, consciencias de aluguel, fingindo que sao
burros (o problema do mensalao petista nao foi o caixa 2, esse ate a
vovozinha pratica, o problema foi tentar comprar o legislativo, mas eles
continuam fingindo que nao entenderam) quando sao apenas corruptos,
canalhas e picaretas baratos. Nao duvido que essa cavalgadura tenha
adotado esse apelido para puxar o saco do patrao ate quando esta
dormindo. Vergonha.
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[BABA OVO DE] LULA MIRANDA: DE FATO, EU
TAMBÉM PENSO QUE NÃO SE PODE ADMITIR A EXISTÊNCIA DE UM MENSALÃO E A DO
OUTRO. É POR ISSO QUE ESTOU CONTANDO AS HORAS PARA VER EDUARDO AZEREDO
IR FAZER COMPANHIA A JOSÉ DIRCEU E DELÚBIO SOARES.
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