Colunistas
Coisas estranhas pairam no céu do país
“A qualidade de uma nação se mede pela qualidade de suas instituições. O futuro depende visceralmente da confiança que a sociedade tem em seus líderes e no ambiente institucional reinante”
Não é comum um cinegrafista morrer em praça pública exercendo
a profissão que tanto amava fruto de um ataque selvagem, difuso e por
motivos que não lhe diziam respeito.
Não é normal o fusca de um serralheiro, evangélico e pobre, ser queimado em plena avenida pela mesma explosão irracional de um movimento sem bandeiras e objetivos claros.
Não é aceitável a sociedade ficar refém de uma minoria barulhenta e raivosa, em plena democracia, que quebra lojas, bancos e agências de automóveis, por não querer a Copa no Brasil ou reajustes nas tarifas do transporte coletivo.
Não é usual a população do Rio de Janeiro ficar sem o direito de trafegar por uma das principais vias da cidade porque a guerra do tráfico incendiou uma das entradas de um túnel.
Não é normal o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal ficarem sitiados por uma ruidosa manifestação do MST.
Não são confortáveis cenas dramáticas como as do presídio do Maranhão e as declarações prostradas de autoridades prisioneiras de uma situação lamentável do sistema penitenciário brasileiro.
É estranho um país como Brasil, com enorme potencial energético, conviver com apagões. Não é compreensível uma poderosa empresa como a Petrobras, diante da descoberta do pré-sal, conviver com queda contínua de produção, aperto de caixa e ações despencando.
Não é confortável conviver com níveis alarmantes de corrupção contaminando as instituições em todos os níveis. Não é edificante ver o aparelhamento e o fatiamento político rasteiro da máquina pública, com inaceitáveis e inexplicáveis 39 ministérios.
Não é desejável ver o Brasil no segundo lugar da lista de emergentes mais vulneráveis, no relatório do BC dos EUA, em um país dinâmico como o nosso, fruto de contabilidades criativas e intervencionismos atabalhoados.
Não é possível compreender as baixas taxas de investimento e crescimento, que sacrificam a renda e o emprego de qualidade, em um Brasil cheio de potencialidades. Não é possível aceitar a desmoralização do discurso oficial, que anuncia por 11 anos conquistas que não saem nunca do papel.
Não é normal uma federação estraçalhada com a maioria dos municípios à míngua e a arrecadação federal batendo recordes.
Às vezes, a gente se acostuma, mas não devia.
A qualidade de uma nação se mede pela qualidade de suas instituições. O futuro depende visceralmente da confiança que a sociedade tem em seus líderes e no ambiente institucional reinante. O valor do governo, dos políticos e dos partidos se mede não por suas intenções ou por sua retórica, mas por seus resultados.
Alguma coisa está fora da ordem. Os ventos da mudança começam a soprar. O contraponto dos defensores do atual estado das coisas é poderoso. Mas a mudança é inexorável.
A morada da mudança é a consciência e a atitude de cada um. Cada um faz a sua parte. Mas a mudança só nascerá a partir da vontade coletiva.
O futuro do país é uma obra em construção.
Não é normal o fusca de um serralheiro, evangélico e pobre, ser queimado em plena avenida pela mesma explosão irracional de um movimento sem bandeiras e objetivos claros.
Não é aceitável a sociedade ficar refém de uma minoria barulhenta e raivosa, em plena democracia, que quebra lojas, bancos e agências de automóveis, por não querer a Copa no Brasil ou reajustes nas tarifas do transporte coletivo.
Não é usual a população do Rio de Janeiro ficar sem o direito de trafegar por uma das principais vias da cidade porque a guerra do tráfico incendiou uma das entradas de um túnel.
Não é normal o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal ficarem sitiados por uma ruidosa manifestação do MST.
Não são confortáveis cenas dramáticas como as do presídio do Maranhão e as declarações prostradas de autoridades prisioneiras de uma situação lamentável do sistema penitenciário brasileiro.
É estranho um país como Brasil, com enorme potencial energético, conviver com apagões. Não é compreensível uma poderosa empresa como a Petrobras, diante da descoberta do pré-sal, conviver com queda contínua de produção, aperto de caixa e ações despencando.
Não é confortável conviver com níveis alarmantes de corrupção contaminando as instituições em todos os níveis. Não é edificante ver o aparelhamento e o fatiamento político rasteiro da máquina pública, com inaceitáveis e inexplicáveis 39 ministérios.
Não é desejável ver o Brasil no segundo lugar da lista de emergentes mais vulneráveis, no relatório do BC dos EUA, em um país dinâmico como o nosso, fruto de contabilidades criativas e intervencionismos atabalhoados.
Não é possível compreender as baixas taxas de investimento e crescimento, que sacrificam a renda e o emprego de qualidade, em um Brasil cheio de potencialidades. Não é possível aceitar a desmoralização do discurso oficial, que anuncia por 11 anos conquistas que não saem nunca do papel.
Não é normal uma federação estraçalhada com a maioria dos municípios à míngua e a arrecadação federal batendo recordes.
Às vezes, a gente se acostuma, mas não devia.
A qualidade de uma nação se mede pela qualidade de suas instituições. O futuro depende visceralmente da confiança que a sociedade tem em seus líderes e no ambiente institucional reinante. O valor do governo, dos políticos e dos partidos se mede não por suas intenções ou por sua retórica, mas por seus resultados.
Alguma coisa está fora da ordem. Os ventos da mudança começam a soprar. O contraponto dos defensores do atual estado das coisas é poderoso. Mas a mudança é inexorável.
A morada da mudança é a consciência e a atitude de cada um. Cada um faz a sua parte. Mas a mudança só nascerá a partir da vontade coletiva.
O futuro do país é uma obra em construção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário