31/01/2014 20h22
- Atualizado em
31/01/2014 20h32
Documento era concedido sem cumprimento de exigências, diz polícia.
O ex-governador do Distrito Federal Paulo Octavio, o empresário Luiz Bezerra, os ex-administradores Carlos Sidney, Carlos Jales e Rubens Tavares e mais 11 pessoas foram indiciados pela por suposta fraude na concessão de alvarás de construção para empreendimentos em Taguatinga e Águas Claras.
Entre os acusados estão ainda empresários e servidores públicos.
Os ex-adminsitradores de Taguatinga, Carlos Jales, e de Águas Claras, Carlos Sidney, e os servidores das administrações vão responder por associação criminosa, corrupção passiva e falsidade ideológica; Paulo Octavio e Luiz Bezerra, por associação criminosa, corrupção ativa e falsidade ideológica; e Rubens Tavares, por falsidade ideológica.
O diretor de comunicação do Grupo Paulo Octavio nega irregularidades. Na época em que a polícia realizou a operação “Átrio”, de combate ao suposto esquema, o ex-governador afirmou que nunca havia participado de fraudes para a concessão de alvarás.
saiba mais
“Nossa empresa nunca foi procurada por nenhum administrador, pedindo
qualquer tipo de ajuda. Há outras empresas também citadas. Acho
importante ajudar a polícia nessa investigação”, afirmou.- Preso suspeito de corrupção, ex-gestor de Águas Claras é internado
- Foragido, ex-gestor de Taguatinga, no DF, passa noite em hospital
- GDF exonera servidores investigados em suposto esquema de corrupção
- Ex-governador do DF fala à polícia em investigação sobre alvarás
- Polícia prende administrador do DF por fraude em licenças de construção
- Administrador do DF é exonerado por suposto desvio de verba em festas
O G1 não localizou os outros envolvidos no caso para comentar o assunto. Na época em que aconteceram as prisões dos ex-administradores Carlos Sidney e Carlos Jales foram procurados, suspeitos de chefiarem o suposto esquema, os gestores não se pronunciaram.
O empresário Luiz Bezerra negou participação em irregularidades. Rubens Tavares não foi localizado.
Segundo o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Jorge Xavier, os alvarás para construção eram liberados rapidamente, mesmo sem os documentos exigidos, em troca de dinheiro e benefícios a servidores públicos, como vantagens políticas, presentes e possibilidades de emprego.
"Segundo os investigadores, acontecia uma verdadeira bandalheira, ou seja, nada do que era indispensável para uma obra era exigido desses empresários. Em troca disso, havia uma concessão de favores", diz Xavier.
De acordo com a polícia, os administradores emitiam o alvará de construção sem que os empresários cumprissem as normas exigidas. Um exemplo é o shopping JK, empreendimento do Grupo Paulo Octavio.
A corporação informou que o documento foi liberado mesmo sem o relatório de impacto no trânsito do Detran e as autorizações do Corpo de Bombeiros, CEB e Caesb. A policia diz que o grupo chegou a falsificar informações na planta do prédio.
O inquérito será analisado pelo Ministério Público, que deve decidir se oferece denúncia à Justiça.
Carros da polícia em frente à administração de Taguatinga, durante a operação 'Átrio'
(Foto: Lucas Salomão/G1)
(Foto: Lucas Salomão/G1)
Duas mansões no Lago Sul e os hotéis Manhattan e Kubitschek, que pertencem ao ex-governador Paulo Octávio, também foram vasculhados pelos policiais. Na casa do administrador de Águas Claras a polícia apreendeu R$ 50 mil em dinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário