Leandro Mazzini
Uma foto do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, de férias em passagem por Miami, o deixa numa involuntária toga-justa. Publicada numa rede social, espalha-se desde a manhã deste domingo e o colocou na mira dos mensaleiros condenados, como Delúbio Soares.
Na foto, publicada no Twitter de Delúbio e no site Brasil 247, Barbosa aparece sorridente ao lado do empresário brasileiro Antonio Mahfuz. Segundo reportagem do portal, Mahfuz é foragido do Brasil e responde a 221 processos.
Em sua página no Facebook, o empresário brasileiro, questionado por amigos sobre Barbosa, responde: “O próprio. O seu, o meu, o nosso candidato a Presidente do Brasil sem Pedágio!!!'' .
A Coluna o procurou pela rede social, mas ainda não obteve resposta.
A Coluna acionou a assessoria de imprensa do Presidente do STF neste domingo, que retornou.
Ainda não há uma posição oficial do ministro, que será sondado.
Mahfuz era conhecido empresário do setor de venda de eletrodomésticos no interior paulista, teve mais de 120 lojas em três Estados, mas as fechou e foi condenado a prisão pela Justiça Federal por sonegar impostos (leia aqui). Mudou-se no início dos anos 2000 para a Flórida.
O caso expõe o risco assumido por figuras públicas ao se deixarem fotografar com estranhos.
Fato é que Joaquim Barbosa tira fotos todos os dias com pessoas desconhecidas, a pedido delas, no Brasil e no exterior. Até o momento não há provas de que o ministro tenha ciência da vida pregressa do personagem.
Conforme revelou a Coluna em Junho do ano passado, o ministro Barbosa adquiriu um apartamento quarto-e-sala num bairro nobre de Miami, segundo a assessoria, financiado. Foi visto poucas vezes por lá desde então.
Os petistas e os chamados mensaleiros condenados já publicam a foto nas redes sociais, questionando se Barbosa conhece o empresário e em que situação a foto foi tirada. Neste domingo, o deputado federal João Paulo Cunha publicou um artigo titulado 'Carta aberta a Joaquim Barbosa', na qual se diz inocente na ação penal 470 e desafia o ministro a apresentar provas para sua condenação.
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