Falar
com os olhos não é novidade para os humanos. Você pode saber se alguém
está bravo, triste ou feliz só pelo olhar. E as aves, será que também
conseguem se entender desse modo?
Pelo menos a gralha-de-nuca-cinzenta (Corvus monedula), sim. Pesquisadores ingleses se encantaram com os olhos claros e brilhantes da ave e resolveram investigar o animal. Eles observaram que as gralhas conseguiam interpretar os sinais do olhar de humanos.
Se uma pessoa escondia um alimento em algum canto e indicava o lugar com os olhos, as gralhas seguiam o olhar e encontravam a comida. Então, os cientistas quiseram saber se isso também acontecia entre as gralhas.
“Ficamos curiosos para saber se as gralhas poderiam interpretar os olhares uma das outras”, conta a psicóloga Gabrielle Davidson, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Para ter uma resposta, os pesquisadores selecionaram quatro fotografias diferentes de gralhas e colocaram-nas na entrada dos buracos de alguns ninhos artificiais. A primeira imagem mostrava uma gralha normal. Na segunda, a gralha teve a cor dos seus olhos escurecida.
A terceira mostrava apenas os olhos claros da ave e a quarta era uma imagem totalmente preta.
A disputa das gralhas por ninhos é acirrada – a competição é grande para ocupar um buraquinho nas árvores disponíveis. A ideia dos cientistas com essa experiência era ver como os olhos nas fotografias iriam afetar a procura das gralhas. Será que elas se sentiram intimidadas pelos olhos claros espiando de dentro dos buracos das árvores?
“Percebemos que as gralhas não se aproximavam tanto do buraco de árvore que tinha a imagem da gralha completa ou do buraco com a imagem só dos olhos claros”, conta Gabrielle. “Havia poleiros próximos ou mais afastados do buraco, e elas ficavam distantes por mais tempo quando as imagens eram estas.”
A pesquisadora acredita que esse comportamento das gralhas mostra que elas reconheceram os olhos de suas semelhantes. “Os olhos brilhantes das gralhas parecem ter a função de servir como alerta de defesa do ninho”, explica Gabrielle.
Geralmente, os cientistas estudam o comportamento das aves em relação a potenciais predadores.
“Neste caso, a interação entre as próprias gralhas mostrou a importância da coloração do olho como forma de comunicação”, explica o ornitólogo Lorian Cobra Straker, do Museu Nacional.
“Seria interessante agora descobrir se as gralhas evitaram os ninhos por reconhecerem outra gralha ou apenas por terem a percepção de que havia um animal ali.”
Com certeza ainda há muito para saber sobre essa misteriosa troca de olhares!
Pelo menos a gralha-de-nuca-cinzenta (Corvus monedula), sim. Pesquisadores ingleses se encantaram com os olhos claros e brilhantes da ave e resolveram investigar o animal. Eles observaram que as gralhas conseguiam interpretar os sinais do olhar de humanos.
Se uma pessoa escondia um alimento em algum canto e indicava o lugar com os olhos, as gralhas seguiam o olhar e encontravam a comida. Então, os cientistas quiseram saber se isso também acontecia entre as gralhas.
“Ficamos curiosos para saber se as gralhas poderiam interpretar os olhares uma das outras”, conta a psicóloga Gabrielle Davidson, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Para ter uma resposta, os pesquisadores selecionaram quatro fotografias diferentes de gralhas e colocaram-nas na entrada dos buracos de alguns ninhos artificiais. A primeira imagem mostrava uma gralha normal. Na segunda, a gralha teve a cor dos seus olhos escurecida.
A terceira mostrava apenas os olhos claros da ave e a quarta era uma imagem totalmente preta.
A disputa das gralhas por ninhos é acirrada – a competição é grande para ocupar um buraquinho nas árvores disponíveis. A ideia dos cientistas com essa experiência era ver como os olhos nas fotografias iriam afetar a procura das gralhas. Será que elas se sentiram intimidadas pelos olhos claros espiando de dentro dos buracos das árvores?
“Percebemos que as gralhas não se aproximavam tanto do buraco de árvore que tinha a imagem da gralha completa ou do buraco com a imagem só dos olhos claros”, conta Gabrielle. “Havia poleiros próximos ou mais afastados do buraco, e elas ficavam distantes por mais tempo quando as imagens eram estas.”
A pesquisadora acredita que esse comportamento das gralhas mostra que elas reconheceram os olhos de suas semelhantes. “Os olhos brilhantes das gralhas parecem ter a função de servir como alerta de defesa do ninho”, explica Gabrielle.
Geralmente, os cientistas estudam o comportamento das aves em relação a potenciais predadores.
“Neste caso, a interação entre as próprias gralhas mostrou a importância da coloração do olho como forma de comunicação”, explica o ornitólogo Lorian Cobra Straker, do Museu Nacional.
“Seria interessante agora descobrir se as gralhas evitaram os ninhos por reconhecerem outra gralha ou apenas por terem a percepção de que havia um animal ali.”
Com certeza ainda há muito para saber sobre essa misteriosa troca de olhares!
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