Sessão da polêmica Diario do Poder
Publicado: 1 de abril de 2014 às 14:45
Logo no início da sessão, houve uma interrupção por causa de uma faixa parabenizando os militares que dizia: “Graças a vocês o Brasil não é Cuba”. Durante o discurso do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), defensor dos militares, vários manifestantes, incluindo seu desafeto, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), viraram de costas para o orador em forma de protesto.
De acordo com o presidente da sessão, deputado Amir Lando (PMDB-RO), essa atitude é proibida pelo RI. Lando pediu algumas vezes para que os manifestantes ou virassem de frente ou se retirassem do Plenário, afirmando que a democracia é um conflito de ideias e que um lado deve ouvir o outro. Enquanto isso, os manifestantes exibiam cartazes com os dizeres “A voz que louva a ditadura calou a voz da cidadania” e fotos de desaparecidos da época.
Bolsonaro continuou seu discurso e chegou a dizer que os contrários seriam “torturados com algumas verdades”. O deputado se referia ao livro do coronel Ustra “A Verdade Sufocada” que conta a história de um homem que recebeu a missão de defender o Brasil dos fanáticos terroristas. A obra seria uma autobiografia contando “a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”.
O deputado Jean Wyllys, um dos que ficou de costas, disse apenas que não queriam impedir o discurso de Bolsonaro, mas não iriam dar ouvidos a ele. Após a confusão, Amir Lando encerrou a sessão e os deputados se dirigiram ao Salão Verde para continuar informalmente.
Sessão solene acaba em conflito na Câmara.
A sessão solene da Câmara foi suspensa, por alguns
minutos, após confusão gerada por uma faixa estendida na galeria do Plenário,
parabenizando os militares pelo golpe de 1964. "Graças a vocês o Brasil
não é Cuba", dizia a faixa, estendida por duas pessoas.
Cidadãos e deputados se manifestaram contra a faixa e houve
início de tumulto no Plenário, quando participantes da sessão solene arrancaram
um cartaz das mãos de Ivone Luzardo, presidente da União Nacional das Esposas
de Militares. O cartaz estampava as frases “Fora corruptos, comunismo aqui não”
e “Feliz a Nação cujo Deus é o Senhor”. Chorando muito, Ivone criticou um clima
de “revanchismo” no País.
O presidente da sessão, deputado Amir Lando (PMDB-RO),
chegou a cogitar recolher todos os cartazes no Plenário, mas após críticas dos
líderes, voltou atrás. A sessão solene foi retomada após a faixa estendida na
galeria ser recolhida pelos seguranças da Câmara, por determinação da Mesa.
Em seguida, a sessão foi encerrada, após
parlamentares e manifestantes se recusarem a virar de frente para ouvir o
discurso do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), favorável ao golpe.
Deputados e outros convidados viraram de costas quando
Bolsonaro começou a discursar. Mas, conforme Lando, isso é proibido pelo
Regimento. Ele pediu para os manifestantes que não quisessem ouvir Bolsonaro se
retirassem, mas não foi atendido. “Democracia é conflito”, disse Lando. “As
partes têm que ouvir as outras”, completou. Manifestantes mostraram cartazes com os dizeres “A voz que
louva a ditadura calou a voz da democracia”, com fotos de desaparecidos
políticos.
"A gente não queria que ele [Bolsonaro] não falasse. O
que não queríamos era dar ouvido a ele", disse o deputado Jean Wyllys
(Psol-RJ), um dos que viraram de costas quando o deputado do PP começou o
discurso. (Portal da Câmara)
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