terça-feira, 1 de abril de 2014

Espionagem contra o governo procura elos entre a “Lava Jato” e as operações "Hulk e Overseas" da PF



Terça-feira, 1 de abril de 2014


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A cúpula de “inteligência” do Palácio do Planalto ficou alarmada ontem com um assunto mais explosivo que a operação de pressão nos bastidores políticos para forçar senadores a retirarem assinaturas no pedido de abertura da CPI da Petrobras. 

Vazou a informação de que ações de espionagens privadas, interessadas em desestabilizar o governo Dilma Rousseff, estariam atrás de elementos comprobatórios para estabelecer relação entre a recente Operação Java Jato (que identificou vários crimes relacionados à lavagem de dinheiro) com as Operações Hulk e Oversea – que ontem fizeram uma apreensão de 3,7 toneladas de cocaína pura no Porto de Santos.

A ligação entre as operações pode se tornar possível no rastreamento detalhado do esquema de lavagem de dinheiro (reais, dólares e euros) para financiar a logística de exportação de drogas para a Europa, Cuba e países africanos. O pavor maior no governo é que, além da Polícia Federal (que tem pelo menos cinco “tendências” internas), o crime é investigado, extraoficialmente, por empresas privadas de segurança transnacional, com monitoramento, também, de agentes da DEA (Drug Enforcement Administration – a famosa agência anti-drogas do governo dos EUA).

A operação Hulk investiga, desde 2013, um grupo na capital paulista que comprava droga na Bolívia e a transportava para o Brasil pela fronteira com o Paraguai, realizando a remessa para a Europa (Portugal, Espanha e Itália) pelo porto de Santos. Já a operação Oversea tinha como foco o grupo que operava as inserções ilícitas da droga em cargas que partiam do Brasil pelo porto, para Cuba e Oeste da África. 

A Operação Lava Jato atinge um os principais pivôs dos escândalos que implodem a Petrobras e os doleiros que operavam para o “condomínio”. O esquema lavou a bagatela de R$ 10 bilhões em negócios escusos entre o governo e grandes empresas privadas. Se aparecer um elo de lavagem de tanta grana com o esquema logístico das drogas, o PTitanic vai parar nas profundezas abissais do inferno.

A imagem é assustadora no mar de lama. A Presidenta Dilma Rousseff está na proa do PTitanic, barco que está afundando e com ratos já fugindo dos porões, prontinha para ser empurrada do poder pelos grandes investidores internacionais contrariados e prejudicados, no bolso, pela arrogância, desgovernança, incompetência e corrupção de governo. Dilma será jogada aos tubarões sem direito à boia de salvação reeleitoral. 

Seu Presidentro Lula, que sabe não navegar rumo a um Porto Seguro, tende a ser arremessado logo em seguida. O Rosegate, difícil de abafar, e os inúmeros escândalos na Petrobras tendem a assassinar as reputações dos maiores e dos menores líderes petistas. O Mensalão, que terminou com ares de impunidade, vai parecer um mero roubo das galinhas dos ovos de ouro.

Dilma, Lula e o PT já eram! O problema é quem vai para o lugar dela... O próximo Presidente terá a governabilidade complicadíssima, se bobear inviabilizada, com a máquina e os poderes aparelhados pelo petralhismo. 

A previsível derrota de Dilma em outubro pode lançar o Brasil em um clima de grande instabilidade política.

Muito mais grave que aquela balbúrdia dos idos de 1964, quando os militares intervieram, e os inimigos reais, da oligarquia financeira transnacional, lhes comeram o governo pelas beiradas, até a entrega para a corrupta "Nova República", em 1985.

O Alerta Total insiste: Dilma Rousseff só conquista a reeleição pela via milagrosa de uma fraude eletrônica. Seu governo não tem mais credibilidade. A efetiva oposição do poder econômico lhe será fatal. 

Dilma está fatalmente ferida por crimes bilionários comprovados pelas Operações Lava Jato e Porto Seguro, o repique do Mensalão que não puniu o verdadeiro chefão e vários escândalos ainda por brotar na Petrobrás e Eletrobras, junto com problemas a estourarem no Bolsa Família, no Minha Casa, Minha vida e na desorganização da Copa do Mundo.

Se o Brasil ganhar a Copa, o governo pode ganhar uma sobrevida popular. Se perder, sai de baixo... O inferno será o limite...

O esquema das drogas


A exportação de cocaína utiliza a logística tradicional do carregamento de contêineres em “portos secos privados”, conhecidos como Redex (Recintos Alfandegários de Exportação), onde são lacrados e enviados para embarque no Porto de Santos.

A droga era colocada em mochilas e sacolas, que eram inseridas nos contêineres por funcionários particulares, sem o conhecimento dos donos das cargas ou dos navios.

A cocaína seguia junto com um lacre clonado e, no local de destino, outros integrantes das quadrilhas rompiam os lacres, recuperavam a cocaína e colocavam os lacres clonados, para não gerar suspeitas.


Providencial Scaner


As Operações Hulk e Oversea tiveram uma inestimável ajuda tecnológica da Receita Federal.

Os Scaners de alta penetração nos terminais do Porto de Santos, que funcionam desde 19 de setembro de 2013, conseguem localizar drogas em meio a mercadorias legalmente exportadas.

Antes desse procedimento, apenas pela sorte da amostragem se conseguia achar malas colocadas em um contêiner, aparentemente utilizando-se a técnica "rip-on - rip-off", na qual a droga é introduzida à revelia do dono da carga.

Táticas do crime

Colocar mochilas recheadas de drogas dentro de contêineres não é a única tática usada por criminosos para tentar embarcar drogas pelo porto de Santos.
Também escondem tabletes de cocaína nas paredes de contêineres que saem vazios do país.

Marinheiros de grandes navios cargueiros também são usados como “mulas” pelos traficantes - que levam a cocaína em mochilas para navios em plena navegação, depois que já passaram pelos mecanismos de controle brasileiros.

Pressão espúria

Senadores prometem chutar o balde se a turma do Palhaço do Planalto continuar com pressões espúrias para que eles retirem suas assinaturas do pedido de abertura da CPI da Petrobras.
 
Ontem, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), repetiu que o governo vai trabalhar até o fim pela retirada de assinaturas, que hoje somam 29.

O senador Clésio Andrade (PMDB-MG) já gritou ontem que não retira sua assinatura...
Outros, ameaçados com dossiês que revelariam desde amantes até supostos negócios escusos, ameaçam detonar o governo se a pressão espúria não parar...

Haja Graça?

A máquina de propaganda financiada pela Petrobras tenta fabricar a “gerentona” Graça Foster como a santa guerreira que fará o milagre de livrar a empresa de todos os problemas de má gestão e corrupção.

A marketagem vende a tese de que Graça agora atua com rigor, como se  não tivesse pleno conhecimento de tudo que acontecera na empresa antes de sua gestão, quando era diretora da Petrobras.

Será que essa mágica marketeira dará certo, para salvar o PTitanic do afundamento?

Sem estádio

A chance de São Paulo sediar a abertura da Copa do Mundo fica cada vez mais ameaçada...
A Fast Engenharia, responsável montagem das arquibancadas provisórias da Arena Corinthians, promete "uma análise técnica" das solicitações da Superintendência Regional do Trabalho que interditou a obra, depois da morte de um operário.

As condições de trabalho na apressada obra foram classificadas de “precárias”...

Gol contra

Lamentável foi a irônica especulação sobre o acidente com o operário lançada pelo cartola Andrés Sanchez, dirigente do Corinthians responsável por gerir a construção do estádio, ao canal Bandsports.
Sanchez, indiretamente, atribuiu o acidente a uma imprudência do operário Fábio Hamilton da Cruz, de 23 anos, dando a entender que o jovem trabalhava embriagado:

“Na vida, cometemos erros e excessos. Já dirigi carro a 150 km/h. Eu não bebo. Vocês já devem ter dirigido mamados. Infelizmente, cometemos erros que acabam em fatalidade... Realmente, é padrão na construção civil. De repente, a obra vai ficar parada dois, cinco dias. Espero que, nos próximos dias possamos, resolver.



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