Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa
Franklin Martins, em entrevista ao IG, publicada
hoje, 31 de março, cobra um gesto contundente ao Exército: “as Forças
Armadas devem um pedido formal de desculpas ao País” pelo regime militar.
Para quem se esqueceu, ou não viveu aquele período, Franklin
Martins foi membro do Frente de Trabalho Armado (FTA), do Grupo
Dissidência pela Guanabara (DI/GB), responsável pelas ações armadas,
sequestros, roubos e assaltos a bancos e à residência de um deputado, ataques a
sentinelas, roubos de armas e explosivos, assassinatos (“justiçamentos”).
Idealizou e participou do seqüestro ao embaixador
norte-americano, Elbrick, tendo fugido para Cuba e
recebido treinamento de manuseio de armamentos e explosivos,
técnicas de guerrilha, etc.
Estando em Cuba por 11 meses, voltou para atuar no Movimento
Revolucionário 8 de outubro (MR-8), em fins de 1970, tendo ainda se exilado na
Argentina e no Chile. Naquela época, a cúpula do MR-8 ditava as ordens para os
militantes que permaneciam no Brasil, diretamente do Chile. Na
ocasião, Franklin Martins esteve clandestinamente no País por duas
vezes.
O MR-8 assim se definia “Somos uma organização política
marxista-leninista, cuja finalidade é contribuir para a criação do partido
revolucionário do proletariado no Brasil, que assuma a vanguarda da luta da
classe operária e da massa explorada, pela derrubada do poder burguês, pela
supressão da propriedade privada dos meios de produção e pela construção da
sociedade socialista como transição para a abolição da sociedade de classe e o
ingresso numa sociedade comunista.”
Mais honesto foi o seu companheiro Daniel Aarão Reis
Filho, que, com ele, integrava a Direção Geral da DI/GB/ MR-8, e, em entrevista
publicada em O Globo de 23/09/2001, declarou: “As ações armadas da
esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o
outro. Eu não compartilho da lenda de que no final dos anos 60 e no início dos
70 (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática.
Acho
isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de
radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que
defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se
implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas
organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência
democrática.”
Não, guerrilheiro derrotado, você é que tem de pedir
desculpas ao Brasil, por tentar transformá-lo num país comunista e mentir que
lutava pela democracia, e recentemente, no governo Lula, lutar pelo controle da
mídia. Se tivesse vencido, hoje estaríamos como Cuba, lendo só as notícias do
Gramma, infelizes, pobres, sem liberdade, projetos e sonhos, como os
cubanos do Mais Médicos, que vieram para cá, mas suas famílias estão como
garantia, lá!
Basta de engodos e ilusionismos! Você é um infeliz, um
super-herói de um gibi andrajoso e encalhado, só editado em poucos e miseráveis
países, que têm que construir muros para evitar que o povo fuja de lá,
que, mesmo assim, se arrica ao mar e tubarões para fugir do inferno, como em
Cuba.
Veja as diferenças: ninguém quer fugir daqui para lá, mas os de lá querem
fugir para qualquer lugar; e, só mesmo num pais democrático é que lhe dão a
palavra, que não teria se gritasse pela democracia, por lá, na Plaza de la
Revolucion ou no Malecón Havanero!
Guerrilheiro que foi, a vida já deve ter lhe ensinado que a
verdadeira paz só se encontra na verdade. Basta de falsidades!
Fora daqui!!! Volte de vez para a sua querida Cuba, onde
achará a ditadura revolucionária pela qual lutava!! E volte
logo, pois ela não vai durar muito, pois, embora timidamente, começa a se
render à democracia!!!
Mas, antes, peça você, desculpas ao País, por tentar levá-lo
a uma ideologia nefasta e fracassada, neste mundo pleno de democracia, e que
clama por ela, como na sua outra queridinha, a Venezuela socialista
bolivariana.
Que vida infeliz e desperdiçada!!!!!
Luiz Sérgio Silveira Costa – almirante reformado.
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Percival Puggina
Franklin Martins foi o cara que tirou Lula do atoleiro em
2005. Atualmente com uma página ou coisa que o valha no Portal iG, o
ex-terrorista, hoje guerrilheiro no mundo da comunicação petista, comunicou a
seu indistinto público que está se afastando dessa atividade para assumir o
"Ministério" da Comunicação Social. Ou seja, volta a comandar a comunicação
social do governo num momento em que Dilma vê suas versões publicitárias serem
substituídas por fatos muito desagradáveis.
Franklin Martins já mostrou sua competência com Lula. Foi
ele que, depois de Lula haver pedido perdão pelo Mensalão, criou e difundiu a
versão de que tal crime jamais ocorreu.
Agora, certamente, Franklin Martins vai colocar os grandes
meios de comunicação com as mãos contra a parede graças à força do poder
concedente que volta a empalmar. No entanto - anote aí -, em vez de lhes esvaziar
os bolsos, vai enchê-los com verbas publicitárias. Em breve, saberemos que a
refinaria de Pasadena foi um excelente negócio e que a Petrobras era a empresa
falida, salva pelo PT. Dinheiro não compra felicidade, mas compra qualquer
falsidade.
Percival Puggina é arquiteto, empresário, escritor,
titular do site www.puggina.org,
colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor
de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas
e Gaviões, membro do grupo Pensar+.
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